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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Blog da Professora Edilene divulga fatos interessantes sobre histórias em quadrinhos. Comprovem!


As histórias em quadrinhos exercem um fascínio muito grande sobre as crianças por trazerem uma linguagem fácil, alegre e divertida. Hoje, estão presentes nos livros didáticos, mas alguns professores ainda não aceitam a linguagem dos quadrinhos como recurso pedagógico.
Uma HQ narra a história quadro a quadro através de desenhos e textos, utilizando o discurso direto,  uma característica de língua falada. A linguagem verbal é tão importante quanto à não-verbal na transmissão da mensagem. Todos os elementos dos quadrinhos são necessários para a compreensão da narrativa.
Um pouco da história dos quadrinhos:

Desde o início da civilização, o homem tinha o costume de narrar histórias através de desenhos. A Coluna de Trajano data do século II e traz em si uma faixa helicoidal que sobe pela coluna contando os feitos militares do imperador romano Trajano.

As História em quadrinhos só se tornaram um produto cultural de massa após 1895, quando começaram a ser publicadas nos EUA em suplementos dominicais, atingindo um número maior de leitores. Muitos estudiosos consideram a tira The Yellow Kid como o marco inicial das histórias em quadrinhos. Seu criador, Outcault, foi o primeiro a sequenciar os desenhos para narrar uma história e a empregar balões para as falas.


No final da década de 30, com a iminência da guerra, era preciso um herói com super-poderes para vencer o nazismo. Surge o Superman, personagem que deu impulso à criação de inúmeros outros, como BatmanThe Spirit e Capitão América.
 
Após a guerra, novos temas começaram a fazer parte do mundo dos quadrinhos (terror, erotismo e suspense). Como o consumo entre os adolescentes era muito grande, a sociedade americana começou a rejeitar os quadrinhos e acusá-los da delinquência juvenil. Os editores, pressionados, elaboraram um código de ética para as revistas.
Com isso, na década de 50, as personagens se tornaram mais infantis, utilizando crianças ou animais humanizados.
Ainda assim, os quadrinhos não perderam o rótulo de leitura prejudicial ao desenvolvimento intelectual dos jovens e só começaram a ser valorizados a partir do início da década de 60, por conta de estudos feitos por intelectuais europeus.

O quadrinista Stan Lee colaborou de forma intensa para a revalorização das histórias em quadrinhos ao mostrar ao mundo super-heróis com desejos e defeitos como os de qualquer ser humano.

Com a crise do petróleo nos anos 70, os comic books sofreram uma queda e ganharam força as tirinhas de jornal.


No Brasil, as histórias em quadrinhos iniciam seu percurso no começo do século XX, com a Revista Tico-Tico. Esta revista não era só composta por quadrinhos, trazia também jogos, quebra-cabeças e textos infantis.

Em meados da década de 30, começaram a ser publicados suplementos coloridos nos jornais voltados para o público juvenil. Foi lançada também a Revista Gibi, de onde vem o nome pelo qual conhecemos os quadrinhos atualmente;
Assim como nos EUA, a crise moralista dos quadrinhos atingiu o Brasil, que encontrou uma brecha na publicação de História em quadrinhos  com cunho educativo, como as que traziam a História do Brasil ilustrada.


Todos os meios de comunicação e produções artísticas são veículos de idéias, de modo de vida e de valores sociais. Com as histórias em quadrinhos não é diferente; elas serviram de colaboradoras na Segunda Guerra Mundial, a pedido do governo de Roosevelt, e ajudaram a difundir o modelo capitalista através das histórias da Disney.
Na década de 60, começaram a ser publicadas as História em quadrinhos da Disney, que dominaram o setor até o surgimento de Maurício de Sousa, cujas personagens fazem muito sucesso até hoje.



O papel da mulher também vem mudando através da evolução das História em quadrinhos , desde a aparência física até os valores morais.

As História em quadrinhos já são usadas como material pedagógico desde a década de 40, mas por muito tempo pais e professores insistiram com a idéia de os quadrinhos eram nocivos ao desenvolvimento intelectual. Atualmente, os órgãos de educação e pesquisadores do assunto são favoráveis ao uso deste recurso no ambiente de ensino, apesar de ainda existirem posições contrárias, os quadrinhos já estão presentes nos livros didáticos e recomenda-se o seu uso em sala de aula.

2 comentários:

Edilene disse...

Olá Aline, obrigada por divulgar meu trabalho novamente. Me sinto muito honrada por estar presente em um blog desse nível. Você é muito especial. Um lindo final de semana. Beijos

Aline Carla Rodrigues disse...

Você é merecedora de todo crédito! Beijos.

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