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A ARTE RENOVA O OLHAR!

sábado, 29 de agosto de 2009

No Rio de Janeiro, festival Back 2 Black celebra a cultura africana.









Rio de Janeiro, 28 ago (EFE).- Gilberto Gil, o cantor senegalês Youssou N'Dour e a ativista moçambicana Graça Machel, esposa do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, são alguns dos convidados de destaque do festival Back 2 Black, que celebra a cultura africana entre esta sexta-feira e domingo no Rio de Janeiro. Nesta primeira edição do evento, apresentações de música e dança de artistas diversas partes do mundo, com destaque para brasileiros e africanos, e conferências sobre política e cultura terão a África como ponto em comum. O festival começa com um debate entre o cantor, compositor e ativista irlandês Bob Geldof - famoso por organizar os megafestivais beneficentes Live Aid (1985) e Live 8 (2005) - e o artista sul-africano Breyten Breytenbach mediado pelo renomado escritor angolano José Eduardo Agualusa.Gilberto Gil abre os shows do Back 2 Black a partir das 22h de hoje em um show acústico, seguido por uma apresentação de Youssou N'Dour, um dos intérpretes africanos mais famosos no mundo e vencedor de um prêmio Grammy em 2005 por seu álbum "Egypt". Além de seus shows, Gil também estará no Back 2 Black para participar de uma das conferências. O ex-ministro da Cultura dividirá a última mesa de debates do evento com Graça Machel e a economista zambiana Dambisa Moyo para falar sobre o papel da África na construção do mundo. Outro convidado ilustre do evento é o cineasta sul-africano Gavin Hood, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2005 por "Tsotsi" e diretor de "X-Men Origens: Wolverine". Ele, N'Dour e o rapper MV Bill falarão sobre cultura e desenvolvimento na conferência que abre a noite de sábado. Os três dias de festival serão encerrados no domingo com um grande show em homenagem ao samba com apresentações de artistas de diferentes partes do mundo. A célebre cantora cubana Omara Portuondo (que gravou um álbum com Maria Bethânia lançado em 2008), a beninense Angélique Kidjo e artistas brasileiros como Luiz Melodia, Dona Ivone Lara e Marina Lima, entre outros, dividirão o palco no encerramento sob o comando de Mart'nália.
Fonte de pesquisa: www.g1globo.com

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Pizza Sarney

Estudantes da USP distribuem pizzas com alusão à José Sarney. Como deve ser o sabor, hein?






Após 9 anos "Morte" escrito em 2000 continua atual, e é com pesar que o deixarei registrado aqui. Gostaria que fosse tudo diferente...

MORTE
Entre o menor abandonado e a marginalidade existe a FEBEM,
entre a cela do pobre e do diplomático subsiste um DIPLOMA;
que nunca foi usado em favor do POVO.
Entre a vaga da UNIVERSIDADE FEDERAL e o aluno lucrativo,
está inclusa a miséria do analfabeto.
Entre o salário do trabalhador e o ordenado do SENADO,
está explícita uma política vergonhosa.
Entre o canavial e o dono da terra,
permanece o suor das CRIANÇAS que fizeram o trabalho escravo.
Entre as leis que regem o nosso PAÍS e sua aplicação,
está subordinada a burocracia.
Entre a burguesia e os senhores feudais,
continua o HOMEM SEM TERRA.
Entre o aluguel e a política de habitação,
está o IMPOSTO angariado com o dinheiro do TRABALHADOR.
Entre a favela e o apadrinhamento especulativo,
está o voto subornado.
Entre o apagão e a ENERGIA ELÉTRICA,
está a PRIVATIZAÇÃO.
Entre a tecnologia e a FOME,
está a desesperança do êxodo rural.
Entre o abstrato e o concreto da informação;
Persiste a conexão das multinacionais.
Entre o racional e irracional;
Estão impregnadas as marcas omissas da hierarquia “eclesiástica”.
Entre o empregado e o desempregado;
Está o eco do grito:
INDEPENDÊNCIA OU MORTE!
A morte está retratada em nosso cotidiano.
E você independência onde está?

(Aline Carla)

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

AMANHÃ... Como será o amanhã?

Amanhã
Guilherme Arantes
Composição: Guilherme Arantes
Amanhã!
Será um lindo dia
Da mais louca alegria
Que se possa imaginar
Amanhã!
Redobrada a força
Prá cima que não cessa
Há de vingar
Amanhã!
Mais nenhum mistério
Acima do ilusório
O astro rei vai brilhar
Amanhã!
A luminosidade
Alheia a qualquer vontade
Há de imperar!
Há de imperar!
Amanhã!
Está toda a esperança
Por menor que pareça
Existe e é prá vicejar
Amanhã!
Apesar de hoje
Será a estrada que surge
Prá se trilhar
Amanhã!
Mesmo que uns não queiram
Será de outros que esperam
Ver o dia raiar
Amanhã!
Ódios aplacados
Temores abrandados
Será pleno!
Será pleno!

Brincadeiras retratadas por Portinari.

Meninos brincando.

Menino com pião.

domingo, 16 de agosto de 2009

Mais imagens de Bárbara Manhães!




Sebastião Salgado

O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado é um dos repórteres fotográficos contemporâneos mais respeitados no mundo. Salgado, que foi nomeado Representante Especial da Unicef em 3 de Abril de 2001, dedicou-se a fotografar as vidas dos deserdados do mundo. Esse trabalho está documentado em 10 livros e muitas exposições que lhe valeram a maioria dos prêmios de fotografia em todo o mundo. “Desejo que cada pessoa que entrar numa das minhas exposições seja, ao sair, uma pessoa diferente.”, comenta Sebastião Salgado. “Creio que toda a gente pode ajudar, não necessariamente dando bem materiais, mas também tomando parte do debate e preocupando-se pelo que sucede no mundo.”
Natural de Aimorés, Minas Gerais, onde nasceu em 1944, Sebastião Salgado é o sexto e o único filho homem de uma família com oito filhos. Estudou economia no Brasil entre 1964 e 67. Fez mestrado na mesma área na Universidade de São Paulo e na Vanderbilt University (EUA). Após completar os seus estudos para o doutoramento em economia pela Universidade de Paris, em 1971, trabalhou para a Organização Internacional do Café até 1973. Depois de pedir emprestada a câmera da sua mulher, Lélia, para uma viagem a África, Salgado decidiu, em 1973, trocar a economia pela fotografia. Trabalhou para as agências Sygma (1974-1975) e Gamma (1975-1979). Eleito membro da Magnum Photos, uma cooperativa internacional de fotógrafos, permaneceu na organização de 1979 a 1994. De Paris, onde vivia, Salgado viajou para cobrir acontecimentos como as guerras na Angola e no Saara espanhol, o sequestro de israelitas em Entebbe e o atentado contra o presidente norte-americano Ronald Reagan. Paralelamente, passou a dedicar-se a projeto de documentários mais elaborados e pessoais. Viajando pela América Latina durante sete anos (1977-1984), Salgado foi a pé a povoados remotos. Neles capturou as imagens para o livro e a exposição Outras Américas (1986), um estudo das diferentes culturas da população rural e da resistência cultural dos índios e de seus descendentes no México e no Brasil. Nos anos 80, trabalhou 15 meses com o grupo francês Médicos Sem Fronteiras durante a seca na região do Sahel, na África. Na viagem produziu Sahel: O Homem em Pânico (1986), um documento sobre a dignidade e a perseverança de pessoas nas mais extremas condições. Entre 1986 e 1992, fez Trabalhadores (1993), um documentário fotográfico sobre o fim do trabalho manual em grande escala em 26 países. Em seguida, produziu Terra: Luta dos Sem-Terra (1997), sobre a luta pela terra no Brasil, e Êxodos e Crianças (2000), retratando a vida de retirantes, refugiados e migrantes de 41 países.
Após estudarmos a vida e obra de Sebastião Salgado foi proposto aos educandos um desafio de tirar fotos sob um novo olhar, e o trabalho da aluna Bárbara Manhães destacou-se nesta perspectiva. A foto postada aqui é de sua autoria.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O que é folclore?










"O folclore diz respeito à vida de cada um de nós, já que pertencemos a grupos sociais que levam adiante costumes, saberes e valores. Da mais simples receita culinária ao mais complexo ritual de casamento, tudo é compartilhado por um grupo e levado adiante com o passar do tempo e das gerações. Isso acontece somente por uma razão: essas tradições continuam a fazer sentido, inclusive para os mais jovens."






A revista Nova Escola deste mês trouxe um Quiz interessante sobre o tema folclore, que é comemorado no dia 22 de agosto através do calendário escolar, muitas pessoas acreditam que o folclore se limita às lendas, o que resulta em um grave erro de informação. Folclore é um gênero de cultura de origem popular, constituído pelos costumes e tradições populares transmitidos de geração em geração. Por isso, caros amigos, façam o Quiz e irão gostar do resultado. Endereço do site: www.ne.org.br


RECOMENDO A LEITURA!
Foi lançado ano passado, em São Paulo, o livro Marysia Portinari- A Invenção da Memória, de autoria de Jacob Klintowitz. A publicação faz parte da série –“Resgatando a Cultura”, projeto do Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural” que contribui com a educação, inclusão social, cultural e geração de renda para jovens com deficiência intelectual. A receita gerada com a comercialização do livro foi revertida para as Oficinas de Arte do Instituto. O belo livro reúne e documenta a obra de Marysia nos seus cinquenta anos dedicados à arte e apresenta ao público sua história e seu trabalho. Além da reprodução de suas obras, há trechos de críticas, depoimentos, correspondências inéditas e históricas de Carlos Drummond de Andrade, Cândido Portinari, Manuel Bandeira e muitos outros.
Marysia Portinari nasceu em 1937, em Araçatuba. Começou a pintar na década de 50. Estudou no Museu de Arte de São Paulo com Waldemar da Costa e Flávio Mota, sempre sob a orientação de Candido Portinari, seu tio. Marysia começou pintando cenas rurais típicas do interior de São Paulo, fazendo do universo infantil seu tema recorrente nesta época. Participou de mais de cinquenta exposições em vários países.
A pintora Marysia Portinari está com mais de 71 anos e fala com muito humor sobre esta fase começa citando Shakespeare: Hamlet fala para a mãe dele “Na sua idade a razão fala mais alto do que o coração”.
Então, a gente tem mais tranquilidade para fazer as coisas. Quando se é mais jovem o coração fala mais alto. Os sentidos, as emoções falam mais alto. Na idade da gente a razão vem em primeiro lugar. Então mudam os conceitos. Tem seus defeitos, lógico. De protagonista principal você passa a ser coadjuvante, daqui a pouco começa a fazer figuração. Não tem aquela disposição de quando tinha 20, 30, 40. Eu tenho muita sorte porque tenho saúde boa, tenho uma disposição incrível. Eu nem lembro que tenho essa idade porque se eu começar a lembrar aí começo a falar, puxa, já estou com 71! Mas eu nem lembro, a gente trabalha tanto que não dá tempo de se preocupar com isso. O segredo é esse.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

“Quando a cor atinge sua riqueza, a forma atinge sua plenitude”. Cézanne


Natureza-morta com maçãs e laranjas
Paul Cézanne, Natureza-morta com maçãs e laranjas, 1895-1900, óleo sobre tela, 74 x 93 cm. Musée d’Orsay, Paris – França: www.musee-orsay.fr
Para criar suas naturezas-mortas, Cézanne estudava atentamente a disposição dos objetos que iria pintar. Apesar desse cuidado, a ordenação dos elementos resulta despretensiosa, como neste quadro Natureza-morta com maçãs e laranjas. O artista não pretendeu realizar uma representação naturalista, mas propositadamente expressou-se pelo artificialismo da própria pintura. Cézanne não utilizou o mesmo ponto de vista para construir a perspectiva e preencher o espaço da tela, como ocorre na perspectiva científica. Antes trabalha em diferentes pontos de vista, produzindo vários planos, e permitindo uma angulação de visão diversificada dos objetos. Esse conceito de ponto de vista múltiplo atingirá sua plenitude no Cubismo. Mas, já aqui, a distorção resultante reforça o entendimento de que existe uma grande distância entre realidade e visão, entre o objeto e a imagem criada a partir dele, questão já levantada pelo Impressionismo. Nesse quadro, as maçãs e laranjas são simplificadas em formas esféricas, definidas pela cor. Basicamente o amarelo e o vermelho modelam a fruta, tornando forma e cor uma única coisa. Assim, em vez da maçã ser uma forma colorida, a cor é usada para formar a imagem da fruta. Uma famosa frase do artista sintetiza seu pensamento sobre a cor: “Quand la couleur est à sa richesse la forme este à sa plenitude”, ou seja, “quando a cor atinge sua riqueza, a forma atinge sua plenitude”. Cézanne incorpora a luz na cor, uma abordagem da iluminação nova na época de Cézanne. Para ele, o volume das formas não depende mais do claro-escuro tradicional. São as cores as responsáveis pela sensação de avanço e recuo das superfícies, como vemos nas frutas desta imagem. Os tecidos, toalhas e cortinas dão um vigor especial ao conjunto, suas dobras criam uma sucessão de planos que se articulam uns com os outros e dão solidez à composição.Cézanne resgatou o gênero de pintura de natureza-morta, que havia sido abandonado no século XIX. Diferente das obras do início deste gênero, durante o período barroco, que, juntamente com as chamadas pinturas de gênero, visavam abordar o cotidiano da classe média em ascensão, Paul Cézanne encontrava na natureza-morta ótimas condições para desenvolver seu trabalho, na medida em que tinha maior liberdade de interação com o seu modelo. Diz-se que, muitas vezes, o tempo que o artista levava para realizar uma destas obras era tão prolongado que as frutas chegavam a apodrecer. Além disso, por seu aspecto trivial, tais temas eram bastante compatíveis com as pesquisas objetivas de Cézanne, a busca de reter a essência formal de cada personagem de sua obra sem envolvimentos de outras ordens. Através desses seres inanimados, o artista alcançou a existência duradoura que tanto almejava.
Fonte de pesquisa: www.casthalia.com.br

domingo, 9 de agosto de 2009

Curiosidades sobre o pai de Amadeus Mozart.


Leopold Mozart: o pai de Amadeus.
Se Wolfgang Amadeus Mozart não tivesse se tornado um dos maiores e mais famosos gênios musicais, qual teria sido o destino de Leopold Mozart, pai e artífice do filho genial? Talvez ficasse conhecido apenas pelo seu método de violino ou estaria na relação dos mestres secundários da Alemanha do Sul, de meados do século XVIII. Entretanto, Johann Georg Leopold Mozart (1719-1787), filho de um encadernador, nascido em Augsburg, foi um compositor hábil e admirado, um teórico eminente e sobretudo, um pedagogo incomum.
Durante muito tempo, Leopold Mozart exitou entre a teologia e a música e, em 1743, depois de ter passado três anos a serviço do Conde Thurn und Taxis, instalou-se em Salzburg-Áustria, onde faleceu em 1787, apenas 4 anos antes de seu famoso filho Wolfgang Amadeus.
Em 1756, ano em que nasceu Wolfgang Amadeus, Leopold Mozart publicou pela primeira vez seu “Método Experimental de Violino (Versuch einer grünlichen Violinschule), obra revista em 1770 e traduzida em vários idiomas.(Uma tradução inglesa apareceu recentemente em 1948 ). Leopold Mozart compôs música em várias formas, mas é lembrado mais por suas obras ligeiras como as Suítes Orquestrais, O Passeio de Trenó, As Bodas Campestres, Sinfonia da Caccia e a discutida Sinfonia dos Brinquedos, muitas vezes atribuída a Franz Joseph Haydn। Em 1951, o musicólogo Ernst Fritz Schmidt anunciou a existência em Munich, de uma cópia de uma “Cassatio“ em Sol Maior, de Leopold Mozart, em que, dos 7 movimentos da obra, o terceiro, o quarto e o sétimo são idênticos aos três movimentos da Sinfonia dos Brinquedos atribuída a Haydn.
Como quer que seja, Leopold Mozart gostava muito de divertimentos populares e essa obra correu o mundo agradando a todos até os dias atuais.
LEOPOLD MOZART: AUTOR DAS PRIMEIRAS SINFONIAS DE AMADEUS?
Quando Wolfgang Amadeus contava 4 anos, Leopold Mozart era violinista do Arcebispo de Salzburg e, já então, começou a ensinar ao menino os elementos de harmonia além de exercícios já bem avançados de violino e piano. Assim, ainda criança Wolfgang Amadeus começou a compor suas primeiras obras. Alguns biógrafos mais antigos rejeitaram, indignados a suspeita surgida entre os contemporâneos, de que Leopold Mozart teria colaborado naqueles primeiros trabalhos de Amadeus, para enganar o mundo, visando à promoção do filho como “menino-prodígio". Atualmente essa colaboração é admitida, até em obras posteriores, fato que na verdade não importa, em se tratando de um gênio musical como Wolfgang Amadeus Mozart. Em 1762, Leopold levou o menino e sua irmã Nanerl a Munique e Viena, obtendo grande sucesso que se repetiu nos anos seguintes em Paris e Versalhes.
A OBRA DE LEOPOLD MOZART Leopold Mozart compôs também, muita música religiosa, infelizmente pouco conhecida. Grande parte de sua “música de divertimento“ foi destinada ao círculo de amigos de Augsburg sua cidade natal. Muitas dessas obras foram encontradas na “Ohrevergnugendes Tafelconfect“ (Aperitivo para encantar ouvidos e alegrar espíritos), recolhidas naquela cidade pelo editor Johann Jakob Lotter, e de que faz parte a famosa “Schlittenfahrt” (Passeio de Trenó). Essa obra foi estreada 15 dias antes do nascimento de Wolfgang Amadeus, em Salzburg. Outra obra, além das citadas acima, muito executada atualmente é o “Concerto em Ré Maior para Trompete e Orquestra". Independente do mérito de seus métodos pedagógicos que perduram até hoje, sem dúvida, a realização mais importante foi o preparo dos filhos - Wolfgang Amadeus e Maria Anna ou “Nanerl".
Leopold aconselhava e comentava as atividades do filho, até o dia em que morreu.
Leopold teve o prazer de ouvir Franz Joseph Haydn afirmar:
“Perante Deus, digo-lhe que seu filho foi o maior compositor que conheci em nome e em pessoa...”.

sábado, 8 de agosto de 2009

Lembranças de meu pai. Saudades...



Noite estrelada de Van Gogh, Vincent
Ano:1889
Técnica:Óleo sobre Tela
Dimensões:73,66 x 92,08 cm
Descrição:Pintada durante a internação do artista num asilo do sul da França, durante três noites. A paisagem retratada mistura o real com imagens de sua memória, como uma igreja tipicamente holandesa. É notável o contraste entre a calma do vilarejo e o caos celestial. Os ciprestes são o elo de ligação entre terra e céu. Segundo o pintor, "a noite é muito mais viva e colorida que o dia".

Local:Museu de Arte Moderna, Nova York
Website:http://www.moma.org/
Meu pai não existe mais fisicamente, mas nas noites estreladas do meu coração ele ficará sempre presente.
MEMÓRIA
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.

Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Carlos Drummond de Andrade

Noite estrelada sobre o Ródano.



Vincent van Gogh, 1888
Óleo em tela 72,5 x 92 cm – Musée d’Orsay, Paris


"(...) Pai. Deixaste-te ficar em tudo. (... )Agora, és o rio e as margens e a nascente; és o dia, e a tarde dentro do dia, e o sol dentro da tarde; és o mundo todo por seres a sua pele. Pai.(...) "
José Luis Peixoto in Morreste-me


sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Dia dos Pais! Pai presente.

As Mãos do Meu Pai
As tuas mãos têm grossas veias como cordas azuis
sobre um fundo de manchas já cor de terra
— como são belas as tuas mãos —
pelo quanto lidaram, acariciaram ou fremiram
na nobre cólera dos justos...

Porque há nas tuas mãos, meu velho pai,
essa beleza que se chama simplesmente vida.
E, ao entardecer, quando elas repousam
nos braços da tua cadeira predileta,
uma luz parece vir de dentro delas...

Virá dessa chama que pouco a pouco,
longamente,vieste alimentando na terrível solidão do mundo,
como quem junta uns gravetos e tenta acendê-los contra o vento?
Ah! Como os fizeste arder, fulgir,
com o milagre das tuas mãos.

E é, ainda, a vida
que transfigura das tuas mãos nodosas...
essa chama de vida — que transcende a própria vida...
e que os Anjos, um dia, chamarão de alma.
(Mario Quintana)

Aos pais que de uma forma ou de outra sempre fizeram questão de estarem presentes na vida de seus filhos a minha singela homenagem.
"Toda a boa dádiva e todo dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação".
(Tiago 1:17)

Contribuição valoroza de minha amiga Adriana Ramos.

OS OLHOS DE QUEM VÊ
Um dia, um pai de família rica, grande empresário, levou seu filho para viajar até um lugarejo com o firme propósito de mostrar o quanto às pessoas podem ser pobres. O objetivo era convencer o filho da necessidade de valorizar os bens materiais que possuía, o status, o prestígio social; o pai queria desde cedo passar esses valores para seu herdeiro. Eles ficaram um dia e uma noite numa pequena casa de taipa, de um morador da fazenda de seu primo... Quando retornavam da viagem, o pai perguntou ao filho: - E aí filhão, como foi à viagem para você? - Muito boa papai. - Você viu a diferença entre viver na riqueza e viver na pobreza? - Sim pai! – Retrucou o filho, pensativamente. - E o que você aprendeu com tudo o que viu naquele lugar tão pobre? O menino respondeu: - É pai, eu vi que nós temos só um cachorro em casa, e eles têm quatro. Nós temos uma piscina que alcança metade do jardim, e eles têm um riacho que não tem fim. Nós temos uma varanda coberta e iluminada com lâmpadas fluorescentes e eles têm as estrelas e a lua no céu. Nosso quintal vai até o portão de entrada e eles têm uma floresta inteirinha. Nós temos alguns canários numa gaiola e eles têm todas as aves que a natureza pode oferecer-lhes, soltas! O filho suspirou e continuou: - E além do mais papai, observei que eles oram antes de qualquer refeição, enquanto nós sentamos à mesa e falamos de negócios, dólar, eventos sociais, daí comemos, empurramos o prato e pronto! No quarto onde fui dormir com o Tonho, passei vergonha, pois não sabia sequer orar, enquanto ele se ajoelhou e agradeceu a Deus por tudo, inclusive a nossa visita na casa deles.Lá em casa, vamos para o quarto, deitamos, assistimos TV e dormimos. Outra coisa papai, eu dormi na rede do Tonho e ele dormiu no chão, pois não havia rede para cada um de nós. Na nossa casa colocamos a Maristela, nossa empregada, para dormir naquele quarto onde guardamos entulho, apesar de termos camas macias e cheirosas sobrando. Conforme o garoto falava, o pai ficava estupefato, sem graça e envergonhado. O filho na sua sábia ingenuidade e o seu brilhante desabafo abraçou o pai e ainda acrescentou: - Obrigado papai, por ter me mostrado o quanto somos pobres! MORAL DA HISTÓRIA: Não é o que você tem, o que você faz ou onde está, que irá determinar sua felicidade; mas o que você pensa sobre isto.Tudo o que você tem, depende da maneira que você olha, da maneira que você valoriza.Se você tem amor e sobrevive nesta vida com dignidade tem atitudes positivas e partilha com benevolência suas coisas, então... Você tem tudo!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Poética x arte russa de Nathália.


Não sei palavras dúbias.
Meu sermão chama ao lobo verdugo
e ao cordeiro irmão.

Com duas mãos fraternas, cumplício
A ilha prometida à proa do navio.

A posse é-me aventura sem sentido
Só compreendo o pão se dividido.

Não brinco de juiz, não me disfarço em réu.
Aceito meu "inferno", mas falo do meu céu.
(José Paulo Paes)

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ilustração de Yasmin para Fadas e Bruxas.




Roseana Murray



FADAS E BRUXAS




Metade de mim é fada,


a outra metade é bruxa.


Uma escreve com sol,


a outra escreve com a lua.


Uma anda pelas ruas


cantarolando baixinho,


a outra caminha de noite


dando de comer à sua sombra.


Uma é séria, a outra sorri;


uma voa, a outra é pesada.


Uma sonha dormindo, a outra sonha acordada.


in Pêra, Uva ou Maçã, ed. Scipione, 2005

Traduzir-se de Ferreira Gullar

Ferreira Gullar além de ser poeta, também é desenhista e chama este seu outro lado de B. Vejam um de seus desenhos:Traduzir-se
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.

Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.

Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.

Uma parte de mim
é permanente:
outra parte se sabe
de repente.

Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.

Traduzir uma parte
na outra parte
— que é uma questão
de vida ou morte
—será arte?

Homenagem ao nosso baterista Pedro José (Zé).

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Impressão do nascer do sol -1872


Auguste Renoir



Le moulin de la galette-1876


O camarote -1873


Mulher com sombrinha 1867


Auguste Renoir -1893

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