Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim, que seja doce.
Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo; repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante.
Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada.
A tira é um gênero textual em que uma sequência de quadrinhos apresenta personagens fictícios, em situações também fictícias.
A tira ou tirinha surgiu como alternativa à falta de espaço nos jornais para a publicação de entretenimento e a denominação tirinha remete à forma do texto, que é produzido em praticamente todo o mundo, pois tem espaço garantido nos jornais, em revistas, agradando leitores de todas as faixas etárias.
No Brasil, o autor Maurício de Sousa criou personagens de tirinhas muito conhecidos, como a Mônica, a Magali, o Cascão, o Cebolinha. Outra personalidade das tirinhas é a Mafalda, uma garotinha questionadora e preocupada com a humanidade. Criada pelo cartunista argentino Quino, está presente com frequência em questões de provas e vestibulares.
Atualmente, a tirinha tem ganhado cada vez mais espaço nas escolas. Esse gênero textual recebeu, nos últimos anos, evidência nas redes sociais por chamar a atenção dos leitores por meio do humor e da sátira, fazendo-os refletir sobre os temas propostos.
Charge
A charge é um tipo de texto de humor que utiliza notícias do cotidiano e trabalha, em geral, com figuras reais (pessoas públicas, conhecidas) representadas de forma caricata. A charge satiriza situações específicas, situadas no tempo e no espaço. De modo crítico, esse gênero textual recria o acontecimento de uma forma ficcional e cria com a notícia uma afinidade intertextual. Desse modo, a charge torna-se importante, pois critica, satiriza episódios reais e atuais, muitas vezes no campo da política, ciência, economia, futebol, relacionamentos, artes, consumo e evidencia aversão e descontentamento em relação a alguma situação. A caricatura aparece muitas vezes na construção de charges e é quase sempre utilizada para descrever personagens. Com a larga utilização da internet, vários sites passaram a apresentar as charges também animadas em modo flash.
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Em resumo
Charge e tira são textos vinculados pelo caráter humorístico, mas diferentes quanto a determinadas particularidades de produção. A tira apresenta personagens e situações fictícias enquanto a charge baseia-se em situações e personagens reais.
A primeira geração modernista ou primeira fase do modernismo no Brasil é chamada de "fase heroica" e se estende de 1922 até 1930, ou seja, até quando começa a segunda fase do modernismo.
O modernismo foi um movimento artístico, cultural, político e social bem amplo, o qual fora dividido em três fases, posto que cada uma apresentava suas singularidades, de acordo com o contexto histórico inserido.
A Semana de Arte Moderna de 1922 foi, sem dúvida, o marco inicial da estética moderna no Brasil.
Esse evento, ocorrido em São Paulo no Teatro Municipal durante os dias 11 a 18 de fevereiro de 1922, representou uma ruptura com os padrões artísticos tradicionais, de forma que os artistas envolvidos tinham como principal intuito apresentar uma estética inovadora, pautada nas vanguardas artísticas europeias (cubismo, futurismo, expressionismo, dadaísmo, surrealismo, etc.), iniciadas a partir do final do século XX.
Os artistas modernistas que merecem destaque nessa primeira fase é denominado de “Grupo dos Cinco”, composto pelos escritores Mário de Andrade (1893-1945), Oswald de Andrade (1890-1954), Menotti Del Picchia (1892-1988) e as pintoras Tarsila do Amaral (1886-1973) e Anita Malfatti (1889-1964).
Importante lembrar que muitos artistas foram estudar na Europa, sobretudo em Paris (centro irradiador cultural e artístico da época) e trouxeram inovações no campo das artes.
Ainda que estivessem características das vanguardas europeias, o evento buscava apresentar uma arte mais brasileira (brasilidade) e por esse motivo, a primeira fase priorizava o nacionalismo, portanto a cultura e a identidade do Brasil.
O evento, composto de apresentações de dança, música, exposições e recitação de poesias, chocou grande parte da população brasileira, por estar avesso ao tradicionalismo vigente estabelecendo assim, novos paradigmas de arte.
Uma importante característica desse período de afirmação nacional foi a disseminação de diversos grupos e manifestos, além das revistas que auxiliaram na divulgação dos ideais modernos.
Das Revistas divulgadoras dos ideais modernistas as principais foram: a Revista Klaxon (1922-1923) e a Revista de Antropofagia (1928-1929). Contexto Histórico
O modernismo foi um movimento artístico e literário que surge em muitos países no final do século XX. Ele nasce no período denominado entre guerras, posto que a primeira guerra mundial ocorreu de 1914 a 1918 e a segunda de 1939 a 1945.
No Brasil, o período vigente é a primeira fase da República, chamado de República Velha (1889-1930), a qual esteve marcada pelas oligarquias cafeeiras (São Paulo) e as oligarquias do leite (Minas Gerais).
Nesse momento, as oligarquias dominavam a cena política se alternado no poder e impedindo a eleição de indivíduos de outros estados.
Ademais, a queda da bolsa de Nova York, em 1929 resultou numa grande crise mundial, refletida nas sociedades de diversos países, que faria despontar a segunda guerra mundial e os governos totalitários que surgiram: nazismo, fascismo, franquismo e salazarismo na Europa. Características
As principias características da primeira geração modernista são: Nacionalismo crítico e ufanista; Valorização do cotidiano; Resgate das raízes culturais brasileiras; Críticas à realidade brasileira; Renovação da linguagem; Oposição ao parnasianismo e ao academicismo; Experimentações estéticas; Renovações artísticas; Ironia, sarcasmo e irreverência; Caráter anárquico e destruidor; Uso de versos livres e brancos. Autores e Obras
Além do “Grupo dos Cinco” (Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti Del Picchia, Tarsila do Amaral e Anita Malfatti) na primeira geração modernista outros artistas se destacaram: Graça Aranha (1868-1931): escritor e diplomata brasileiro, sua obra de maior destaque é “Canaã” (1902). Victor Brecheret (1894-1955): escultor ítalo-brasileiro. O “Monumento às Bandeiras” (1953), na cidade de São Paulo é, sem dúvida, sua obra mais importante.
Já que a arte existe para que a realidade não nos destrua (como dizia Nietzsche), aqui vai uma lista para um melhor entendimento sobre a arte, pintores e momentos históricos. Que agucemos e eduquemos nossa sensibilidade:
1) Carnival in Flanders, 1935
A obra retrata a chegada dos soldados espanhóis a Flandres e aspectos da escola barroca holandesa e espanhola.
2) Rembrandt, 1936
A obra retrata a mudança de vida do pintor Rembrandt e a morte de sua companheira.
3) The moon and sixpence, 1943
Obra adaptada da vida Paul Gauguin.
4) Cinco mulheres ao redor de Utamaro, 1946: adaptação da vida do pintor japonês Utamaro.
5) Moulin Rouge, 1952
Baseada na novela de Pierre La Mure, o filme retrata momentos da vida do pintor Toulouse-Lautrec.
6) Lust for Life, 1956
Adaptação sobre a vida de Vincent Van Gogh.
7) O mistério de Picasso, 1956
Adaptação sobre a vida de Pablo Picasso.
8) Montparnasse 19, 1958: adaptação sobre a vida do escultor e pintor Amadeo Modiglani.
9) El Greco, 1966: adaptação da vida de Donénikos Theotokópoulos, El Greco.
10) Frida: natureza viva, 1984
Adaptação da vida de Frida Kahlo.
11) Caravaggio, 1985
Adaptação da vida e obra de Michelangelo Merisi, Caravaggio.
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda consolação, que nos consola em todas as nossas tribulações, para que, com a consolação que recebemos de Deus, possamos consolar os que estão passando por tribulações. Pois assim como os sofrimentos de Cristo transbordam sobre nós, também por meio de Cristo transborda a nossa consolação.
Menos de dois anos depois de estrear nas passarelas, Madeline Stuart, uma modelo com síndrome de Down, lançou sua própria grife neste domingo, durante a Semana da Moda de Nova York, embora o desfile não fosse parte do calendário oficial. A modelo australiana, de 20 anos, desafiou as normas da indústria da moda com sua primeira aparição nas passarelas, em 2015, e alterou as percepções sobre as pessoas com síndrome de Down.
“Ela tem a última palavra em tudo, sabe o que quer, tem síndrome de Down e uma deficiência intelectual, mas realmente sabe o que quer afinal”, disse Roseanne Stuart, mãe de Madeline, diretora e colaboradora de design. Os objetos só serão vendidos via Internet.
O nome da coleção, 21 Reasons Why, é uma alusão à própria Stuart, que completa 21 anos em 2017, e ao cromossomo 21, envolvido na síndrome de Down. “Mamãe, eu, modelo”, foram as palavras que a agora manequim, que também sofre de problemas cardíacos, pronunciou há pouco mais de três anos. E o que algumas pessoas teriam encarado como uma história pitoresca, sua mãe levou a sério. Assim começou a luta para realizar o sonho da filha, que tem uma limitada capacidade de expressão oral. "Madeline faz esportes todos os dias da semana, e eu a levo a todas as partes. Ela quer participar de tudo, fez paraquedismo, esqui aquático... Tudo o que eu considere que é seguro para ela”, contou sua mãe. Madeline Stuart faz selfie com outras modelos. ANDREW KELLY REUTERS
Esse transtorno genético que afeta o desenvolvimento ocorre em aproximadamente 1 a cada 700 nascimentos, segundo os Centros para o Controle de Doenças dos EUA. Cerca de 6.000 bebês nascem com a síndrome de Down a cada ano nos Estados Unidos.
Depois de sua estreia na passarela, Madeline Stuart não olhou para trás e apareceu em desfiles no mundo todo. Depois de Nova York, será vista em Paris, Los Angeles e outras cidades norte-americanas antes de retornar à Austrália no final de abril.
A Semana da Moda de Nova York, um evento semestral que termina na quinta-feira, atrai 100.000 pessoas a seus desfiles e gera 880 milhões de dólares (2,7 bilhões de reais) em faturamento para a cidade. Madeline Stuart, entre os modelos do desfile da sua marca. ANDREW KELLY REUTERS
Em julho de 2016, a mãe de Asher Nash enviou fotos do seu bebê de então 15 meses a uma agência de modelos da cidade de Buford na Geórgia (Estados Unidos). A empresa respondeu que ele havia sido descartado “devido a sua condição” – o menino tem Síndrome de Down. Meagan Nash, de 27 anos, compartilhou a história na ocasião junto com as fotografias do filho no Facebook. Seu post logo se tornou viral. O esforço acabou dando resultados. O pequeno se tornou modelo e, em dezembro passado, foi o garoto-propaganda da marca de roupas norte-americana OshKosh B’Gosh. Agora, no Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado neste 21 de março, seu adorável rosto volta a estampar um vídeo do canal A&E para lembrar a data, ao lado de outras crianças portadoras da síndrome.
“Ter pessoas com necessidades especiais em uma campanha mostra ao mundo que eles valem exatamente o mesmo que uma pessoa típica”, declarou a mãe de Asher à rede CBS News. A história do pequeno monopolizou as redes sociais nos EUA e, graças a isso, chegou aos ouvidos da marca de roupas infantis. Foi então que a empresa decidiu convidá-lo como modelo para sua campanha publicitária de Natal.
“Desde o dia que nasceu eu soube que ele estava destinado a ser grande e a fazer coisas geniais”, declarou Meagan Nash, acrescentando que estava muito orgulhosa de poder compartilhar a imagem de seu filho com mundo.
Mas o que a mãe de Asher realmente quer é continuar colaborando com organizações que trabalham com portadores de Síndrome de Down e, por meio da publicidade, esclarecer dúvidas e mal-entendidos que cercam essa condição. “O mundo está mudando e a percepção que temos da Síndrome de Down também precisa mudar”, acrescentou Meagan. “Quero que as pessoas vejam meu filho como qualquer outro e não sintam pena dele nem digam ‘oh, tem Síndrome de Down!’, o que eu quero é que, quando o virem, pensem que linda a camisa que esse bebê está usando”, disse.
Cada vez mais marcas querem promover a diversidade dentro da indústria da moda. Foi o que demonstrou a FTL Moda, que na Semana da Moda de Nova York colocou na na passarela uma modelo com Síndrome de Down, Madeline Stuart. No ano seguinte, a jovem lançou sua primeira coleção como estilista na mesma passarela que a lançou como modelo.
O historiador Leandro Karnal vem sendo, em nosso momento político conturbado, “um descanso na loucura”. Sua inteligência, ironia e ao mesmo tempo, gentileza e cuidado no trato, trazem a tona cada vez mais uma nova forma de fazer pensamento: através do afeto. Uma aproximação quase íntima dos leitores e um cuidado nos formatos em que se vai dizer, faz com que Karnal consiga a exata mediação entre rigor teórico e penetração popular. Assim, é um grande prazer ter o professor como um iluminador das zonas sombrias de um mundo contemporâneo um tanto quanto obscuro.
Leandro Karnal, em sua página no Facebook, postou uma lista de 10 livros que mudaram a sua vida para sempre. Tratam-se de clássicos da literatura, formadores de gerações de leitores, e que refletem grandes questões humanas essenciais para a formação moral de um ser como indivíduo e de um cidadão, pronto para viver em seu coletivo. O NotaTerapia, sempre preocupado em indicar livros e formar leitores, separou a lista com um breve resumo de cada uma dê-las para, quem sabe, fazer você abrir um desses livros! 1- Hamlet, de Shakespeare
Após ter visto o espírito do pai morto, Hamlet se encontra insatisfeito com o decorrer da trama na corte, na qual a sua mãe casa-se com o irmão do marido falecido poucos meses após sua morte. O desfecho do rei choca o filho, que deixa os estudos na Universidade de Wittenberg para retornar à corte, em Elsenor. Inconformado com as corrupções a sua volta, Hamlet tem Horácio e Ofélia como únicos confidentes, sendo esta a mulher que ama, mas que promete ao pai Polônio não se casar com Hamlet.
Em uma vídeo-aula no facebook, Karnal afirma que Hamlet é uma chance de despertar no aluno a consciência para seu mundo interior. Afirma ainda que “há seis anos morreu meu pai e eu vivi a experiência de ser um órfão, exatamente como Hamlet, e finalmente a peça adquiriu um sentido totalmente novo, porque agora eu estava numa situação similar da dor de perder a identidade paterna”. (Leia a resenha aqui!)
2- A Paixão segundo GH, de Clarice Lispector
Numa determinada manhã G.H. resolve fazer uma arrumação em sua casa, e inicia pelo quarto da empregada que não mais trabalhava para ela, ao entrar no quarto, se surpreende, pois imaginara que encontraria tudo bagunçado, no entanto, é tomada por uma enorme surpresa ao encontrar tudo em ordem. Ela se depara com uma barata que havia saído do armário, e imediatamente a esmaga com a porta do armário. Diante dela, estava aquela barata morta, sem a casca jorrando uma secreção branca. (Leia a resenha aqui!)
Em uma postagem no Facebook, Karnal afirma: Quando descobri e entendi A Paixão Segundo GH, há quase 20 anos, chorei muito pela beleza da escrita, bem como pela escritora atormentada que ali despejava seu gênio e sua dor. Chorei pelo retrato difícil da alma humana. 3- O Livro de Jó
O Livro de Jó é um dos livros sapienciais do Antigo Testamento e da Tanakh, vem depois do Livro de Ester e antes do Livro de Salmos. É considerada a obra prima da literatura do movimento de Sabedoria. Também é considerada uma das mais belas histórias de prova e fé. Conta a história de Jó, onde o livro mostra que era um homem temente a Deus e o agradava.
Sobre a figura de Lúcifer no monoteísmo do Judaísmo, Karnal, em uma entrevista, usa como exemplo o Livro de Jó: O monoteísmo absoluto do Judaísmo transforma o demônio em auxiliar de Deus, como no livro de Jó. Os judeus acreditavam em espíritos imundos que tomavam as pessoas, mas não deram ao demônio a autonomia de um reino.
4- A Divina Comédia, de Dante Alighieri
“O Poema Sagrado de Dante”, séculos após registrado como A Divina Comédia é um poema de viés épico e teológico da literatura italiana e da mundial, escrito por Dante Alighieri no século XIV e dividido em três partes: Inferno, Purgatório, Paraíso. Em uma vídeo-aula, Karnal analisa os pecados dos homens a partir da imagem do purgatório de Dante:
5- Dom Quixote, de Cervantes
Dom Quixote de la Mancha é um livro escrito pelo espanhol Miguel de Cervantes y Saavedra (1547-1616). Com sua primeira edição publicada em Madrid no ano de 1605. O protagonista da obra é Dom Quixote, um pequeno fidalgo castelhano que perdeu a razão por muita leitura de romances de cavalaria e pretende imitar seus heróis preferidos. O romance narra as suas aventuras em companhia de Sancho Pança, seu fiel amigo e companheiro, que tem uma visão mais realista.
Em um post em seu Facebook, em que compara Quixote a Hamlet, afirma que “Quixote e um idealista que não encontra mais lugar na sua época” em que “o mundo é prático e pouco idealista, como o cavaleiro da triste figura soube pela Dulcineia encantada.”
6- Madame Bovary, de Flaubert
O romance francês publicado por Gustave Flaubert em 1857 que carrega o nome da protagonista tornou-se um paradigma para as histórias de amor infelizes cujo cenário é o adultério. Embora o romance carregue o nome da grande protagonista, Emma Bovary só aparece a partir do capitulo dois e só assume o lugar de protagonista principal do romance depois de casada. Quando solteira Emma morava no campo com seu pai viúvo, era uma jovem e bela provinciana cuja educação que recebera se resumia à obediência aos pais e ao marido. Emma conhece o médico Charles Bovary com quem se casa e vai morar em uma pequena cidade chamada Tostes. (Leia a resenha aqui!)
Em um post no Facebook, Karnal indica um livro de Mario Vargas Llosa que trata exatamente do clássico de Flaubert: termino um lindo texto peruano sobre Flaubert e ganho uma viagem quase inédita ao mundo do casal Bovary. Duplo presente. 7- Ensaios, de Montaigne
Montaigne fundou um gênero – o ensaio – em que a pena do autor é deixada à vontade, guiada pelo senso comum, misturando instinto com experiência, circulando pelos temas mais diversos, sem compromissos com a autoridade mas sim com a liberdade. Tratava-se do registro das suas experiências, de observações, reflexões que ele tratava da vida. Nada lhe foi estranho; o amor, a luta, a religião, a coragem, a amizade, a política, a educação.
Em um vídeo, Karnal fala sobre o problema do mundo segundo Montaigne:
8- O mal estar na civilização, de Freud
O mal-estar na civilização é um texto do médico e fundador da psicanálise Sigmund Freud que discute o fato da cultura – termo que o autor iguala à civilização – produzir um mal-estar nos seres humanos, pois que existe uma dicotomia entre os impulsos pulsionais e a civilização. Portanto, para o bem da civilização, o indivíduo é oprimido em suas pulsões e vive em mal-estar. É um dos principais escritos onde Freud esboça a relação entre os elementos de sua teoria da consciência com uma teoria social, o outro texto é O futuro de uma ilusão.
Karnal, no programa Provocações, de Antônio Abujamra, inicia sua fala discorrendo sobre sobre a felicidade. Ele cita Freud ao dizer que “Sem a infelicidade, a frustração e o trauma não haveria cultura”.
9- Confissões, de Agostinho
Confissões é uma das obras mais conhecidas de Santo Agostinho e um dos mais importantes livros da história, sendo considerada uma autobiografia na qual o santo relata sua vida antes de se tornar cristão e sua conversão. A respeito desta obra, Santo Agostinho diz que a palavra confissões, mais que confessar pecados, significa adorar a Deus. É, portanto, um hino de louvor. O livro é considerado um clássico, tanto da literatura mundial, quanto da teologia cristã e até mesmo da filosofia. (Leia mais aqui!)
No mesmo curso já citado acima sobre os pecados, Karnal cita uma frase de Agostinho:
“o orgulho é a fonte de todas as fraquezas, por que é a fonte de todos os vícios.”
10- A poesia de Fernando Pessoa
Fernando Pessoa é o mais universal poeta português. Por ter sido educado na África do Sul, numa escola católica irlandesa, chegou a ter maior familiaridade com o idioma inglês do que com o português ao escrever os seus primeiros poemas nesse idioma. O crítico literário Harold Bloom considerou Pessoa como “Whitman renascido”, e o incluiu no seu cânone entre os 26 melhores escritores da civilização ocidental, não apenas da literatura portuguesa mas também da inglesa.
Neste vídeo, Karnal comenta lindamente sobre o Poema em Linha Reta, de Pessoa:
"Uma das coisas que torna os livros tão poderosos é o fato deles nos permitirem entrar em contato com outras culturas e experiências que nunca poderíamos viver em nossas vidas. E quem há de negar que essas experiências podem mudar a gente e o mundo a nossa volta? Com isto em mente, que tal expandir a sua leitura um pouquinho? Provavelmente você gostaria de sair da sua zona de conforto de leituras e conhecer livros escritos ao redor de todo o mundo. Vamos?
Bom, apresentamos um incrível mapa-mundi da literatura elaborada por Backforward24. Confira(clique na imagem acima para ampliar)!"
*Os títulos dos livros estão em inglês. Use aplicativos de tradução para saber os nomes em português.