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segunda-feira, 14 de julho de 2014
Casa funde-se à floresta no Quênia
Morada mistura técnicas modernas e artesanato
Para o arquiteto Urko Sánchez, todo prédio deve revelar de onde é - ou seja, assumir a herança cultural e construtiva do local onde está. O profissional segui o princípio à risca no projeto do Hotel Red Pepper. O edifício usa técnicas construtivas da cultura suaíli para responder a uma necessidade moderna: o conforto dos turistas.
Localizado em Lamu, uma das cidades mais antigas habitadas pela etnia suaíli, o Red Pepper foi pensado originalmente para ser uma casa cujos quartos o proprietário alugaria para viajantes de luxo. O lar transformado em hotel foi implantado próxima ao Oceano Índico, no meio de um denso mangue.
Protegido pelas árvores de acácia e neem, o hotel não tem paredes. Seu interior é definido por um enorme teto de folhas de palmeira, sustentado por colunas de madeira que foram deixadas à mostra. Assim, o design cria nos hóspedes a sensação permanente de proximidade com a vegetação.
A área de convivência conta com banheira de ofurô e uma cama protegida por dossel e adornada com pavões - símbolos da paixão. Os ambientes foram decorados com máscaras africanas, antiguidades coloniais e móveis de madeira construídos com técnicas dos artesãos locais. Lustres de cristal aumentam a sofisticação da morada durante o dia e despejam uma luz quente durante a noite.
O espaço está centrado no living, delimitado por um banco circular construído com o mesmo material do piso. Mantas de fibras naturais e almofadas servem para os hóspedes se aninharem sem perder o despojamento.
Somente os quartos são isolados. Esses cômodos mimetizam características da arquitetura local: foram construídos com as pedras empregadas nas casas da região, são pintados de branco e decorados com alto-relevos geométricos. Os ambientes são dispersos pela planta, disposição semelhante às casas na vila próxima.
Para evitar a derrubada de árvores, os arquitetos desenharam a morada respeitando os limites de uma clareira no terreno. Como resultado, o espaço de 1.500 m² tem formato orgânico.
As grandes aberturas permitem ao ar fresco cruzar os ambientes. Assim como a decoração, a brisa marinha soprando no rosto dos hóspedes não os deixa esquecer da fascinante beleza da África subsaariana.
Fonte: Casa Vogue
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