Normal, sinto falta do Alasca!

Por um segundo e tudo começa a deixar de ser,

aquela alegria que insiste em não sair grita pela dor da saudade,

o medo invade a solidão,

e o brilho da luz oposta sobressai em meio a escuridão.

Não! Definitivamente não quero meus pensamentos em desarmonia!

Clamo por equilíbrio!

Eu planejei tudo quando o dia apareceu,

era para dar tudo certo.

Mas... essa longitude parece não se esquecer da minha existência.

Respiro... Ah! quero a calma dos madrigais,

a chuva que canta sobre os meus lençóis,

a pérola que nunca foi utilizada,

a palavra que desmitifica a insanidade verbal.

Quero tão pouco e ao mesmo tempo intensamente anseio pelo despertar da memória,

aquela que tem sabor de amora, de aurora, de namora...

É isso! "Coloque o seu amor para fora!"

Diz-me uma voz terna e mansa,

"Ah! E não se arrependa de ser feliz."

Ouço, espantada e respondo:

Eu sou feliz!

Somente sinto falta de estar de vez em quando no Alasca.

Aline Carla Rodrigues.