Esta frase é de Machado de Assis, ou melhor, Bentinho, personagem-narrador do clássico ‘Dom Casmurro’. Para tentar clarear a lógica machadiana, ninguém melhor que seu contemporâneo Friedrich Nietzsche, filósofo alemão cujas ideias encontram-se – e existem alguns trabalhos tentando ilustrar isto – interpenetradas em algumas obras do autor brasileiro. Mas meu objetivo, aqui, não é complicar o texto fazendo voos em teses literárias ou filosóficas. O objetivo, isto sim, é tentar explicar a relação vaidade x corrupção – e como isto tem a ver com o caráter de alguns juízes brasileiros.
Sobre a vaidade, Nietzsche explicou mais ou menos o seguinte: pelo fato de o vaidoso necessitar, pela aparência, abastecer sua alma com elogios e, por outro lado, sofrer com uma crítica negativa, ele acaba se tornando submisso às opiniões alheias a ponto de subverter suas próprias convicções. Em outras palavras, o vaidoso é capaz de mudar suas convicções baseando-se nas opiniões alheias. A isto se dá o nome de corrupção. Nesse sentido, a corrupção não deve ser definida apenas como o crime tipificado no Código Penal, mas sim na sua raiz; no seu aspecto mais profundo. A corrupção, enfim, não se apresenta somente na transgressão da lei.
Sobre a vaidade, Nietzsche explicou mais ou menos o seguinte: pelo fato de o vaidoso necessitar, pela aparência, abastecer sua alma com elogios e, por outro lado, sofrer com uma crítica negativa, ele acaba se tornando submisso às opiniões alheias a ponto de subverter suas próprias convicções. Em outras palavras, o vaidoso é capaz de mudar suas convicções baseando-se nas opiniões alheias. A isto se dá o nome de corrupção. Nesse sentido, a corrupção não deve ser definida apenas como o crime tipificado no Código Penal, mas sim na sua raiz; no seu aspecto mais profundo. A corrupção, enfim, não se apresenta somente na transgressão da lei.
Para ilustrar, pense, por exemplo, no vício do cigarro. Para todos nós, pode ser normal ver um adulto fumando; mas não seria normal se, de repente, você flagrasse aquele ente próximo seu, antitabagista convicto, fumando; entregue ao vício. Corrupção? Sim, corrupção. Confira no dicionário.
O que dizer então de juízes que, em troca de elogios na mídia ou para beneficiar seus aliados, contrariam suas convicções (que outrora norteavam seus veredictos) para condenar alguém, mesmo sabendo que suas decisões podem estraçalhar vidas alheias?
O que dizer então de juízes que, em troca de elogios na mídia ou para beneficiar seus aliados, contrariam suas convicções (que outrora norteavam seus veredictos) para condenar alguém, mesmo sabendo que suas decisões podem estraçalhar vidas alheias?
Nenhum comentário:
Postar um comentário