(SPAECE).
Leia o texto abaixo.
[...]
O celular destruiu um dos grandes prazeres do século passado: prosear ao
telefone.
Hoje,
por culpa deles somos obrigados a atender chamadas o dia todo. Viramos uma
espécie de telefonistas de nós mesmos: desviamos chamadas, pegamos e anotamos
recados...
Depois
de um dia inteiro bombardeado por ligações curtas, urgentes e na maioria das
vezes irrelevantes, quem vai sentir prazer numa simples conversa telefônica? O
telefone, que era um momento de relax na vida da gente, virou um objeto de
trabalho.
O
equivalente urbano da velha enxada do trabalhador rural. Carregamos o celular
ao longo do dia como uma bola de ferro fixada no corpo, uma prova material do
trabalho escravo.
O
celular banalizou o ritual de conversa à distância. No mundo pré-celular, havia
na sala uma poltrona e uma mesinha exclusivas para a arte de telefonar. Hoje,
tomamos como num transe, andamos pelas ruas, restaurantes, escritórios e até
banheiros públicos berrando sem escrúpulos num pedaço de plástico colorido.
Misteriosamente,
uma pessoa ao celular ignora a presença das outras. Conta segredos de alcova
dentro do elevador lotado. É uma insanidade. Ainda não denunciada pelos
jornalistas, nem, estudada com o devido cuidado pelos médicos. Aliás, duas das
classes mais afetadas pelo fenômeno.
A
situação é delicada. [...]
O
Estado de S. Paulo, 29/11/2004.
Qual
é o argumento que sustenta a tese defendida pelo autor desse texto?
A)
A arte de telefonar se tornou prazerosa.
B)
A sociedade destruiu velhos costumes.
C)
A vida moderna priorizou o telefone.
D)
O celular elitizou todos os profissionais.
E) O homem tornou-se escravo de celular.
------------------------------------------------------------
(SAEPI). Leia o texto abaixo.
Etanol
de cana é o que menos polui
O
etanol de cana-de-açúcar produzido pelo Brasil é melhor que todos os outros. A
conclusão é de um estudo divulgado pela Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne 30 países entre os mais
industrializados do mundo e da qual o Brasil não faz parte. A pesquisa mostra
que o etanol brasileiro reduz em até 80% as emissões dos gases que provocam o
efeito estufa. “O percentual de redução na emissão de gases é muito mais baixo nos
biocombustíveis produzidos na Europa, nos Estados Unidos e no Canadá”, afirmou
Stefan Tangermann, diretor de Agricultua da OCDE. O etanol do milho americano
reduz em apenas 30% as emissões. Já o trigo utilizado pelos europeus tem efeito
de 50% na diminuição da poluição.
A
pesquisa também critica os subsídios dados por europeus e americanos a seus
produtores – US$ 11 bilhões por ano e que devem chegar US$ 25 bilhões até 2015.
[...] É uma vitória da postura brasileira de defesa incessante da cana como
energia alternativa.
Revista
da semana.
nº 28. 24 jul. 2008. p. 34.
O
argumento que sustenta a tese de que o etanol da cana de açúcar brasileira é
melhor que todos os outros é que
A) o nosso etanol reduz em
até 80% as emissões de gases.
B) o etanol americano reduz apenas 30%
das emissões.
C) o etanol europeu tem efeito de 50%
na poluição.
D) o Brasil defende a cana-de-açúcar
como energia alternativa.
E) os Estados Unidos
subsidiam em muito os produtores.
------------------------------------------------------------
(PROEB). Leia o texto abaixo.
Cultura
e sociedade
(Fragmento)
A importância da água tem sido notória ao
longo da história da humanidade, possibilitando desde a fixação do homem à
terra, às margens de rios e lagos, até o desenvolvimento de grandes
civilizações, através do aproveitamento do grande potencial deste bem da
natureza. A sociedade moderna, no entanto, tem se destacado pelo uso irracional
dos recursos hídricos, o desperdício desbaratado de água potável, a poluição
dos reservatórios naturais e a radical intervenção nos ecossistemas aquáticos,
de forma a arriscar não só o equilíbrio biológico do planeta, mas a própria natureza
humana.
CEREJA, William Roberto e MAGALHAES, Thereza
Cochar. Português: Linguagens, 8ª série. 2. ed. São Paulo: Atual, 2002.
Um argumento que sustenta a tese de que “a
sociedade moderna tem utilizado de forma irracional seus recursos hídricos” é
que
A) a
água acompanha a história através dos séculos.
B) a
água possibilitou o surgimento de grandes civilizações.
C) a
importância da água é reconhecida ao longo da história.
D) o equilíbrio biológico do planeta está em grande risco.
E) o homem tem sempre se fixado às margens dos rios.
------------------------------------------------------------
(PROEB). Leia o texto abaixo.
Projeto
de lei da pesca é aprovado e causa polêmica no MS
Lei
da Pesca libera o uso de petrechos, como redes e anzol de galho, para qualquer
tipo de pescador.
Foi aprovada na manhã desta terça-feira, 24, o
projeto de lei estadual nº 119/09, a “Lei da Pesca”, na Assembleia Legislativa
de Campo Grande. O documento concede uma série de benefícios aos pescadores de
Mato Grosso do Sul, entre eles a pesca com petrechos antes considerados
proibidos, como anzol de galho e redes, para qualquer pescador munido de carteira
profissional.
A aprovação foi quase unânime, 20 votos favoráveis
contra apenas três contrários. Mesmo assim, a “Lei da Pesca” gerou muita
polêmica entre deputados e os mais de 400 pescadores que acompanharam de perto
o plenário.
Um dos deputados opositores mais ferrenhos da
nova lei disse que a liberação da pesca com petrechos irá acelerar em poucos
meses o processo de extermínio de algumas espécies que antes podiam ser
capturadas apenas pelos ribeirinhos. Em seu discurso de defesa à proibição aos
petrechos, ele destacou que o artigo 24 da Constituição Federal diz que quando
existem conflitos entre interesses econômicos e ambientais, o ambiental deve
sempre prevalecer.
O Presidente da Associação de Pescadores de
Isca Artesanal de Miranda (MS), Liesé Francisco Xavier, no entanto, é favorável
à liberação dos petrechos. “Nós só queremos trabalhar conforme está na
Constituição Federal, que libera o uso dos petrechos nos rios”, argumenta ele.
Pesca
& Companhia. nov. 2009. Fragmento. *Adaptado: Reforma
Ortográfica.
Nesse texto, no discurso de defesa à proibição
aos petrechos, o argumento utilizado pelo deputado se fundamenta
A) na constituição.
B) na economia.
C) na sociedade.
D) no ambiente.
E) no conflito.
------------------------------------------------------------
Leia
o texto, abaixo e responda.
Preferência
alimentar das crianças é altamente influenciada pelos desenhos nas embalagens
dos produtos
Estudo
desenvolvido na Universidade da Pensilvânia mostrou que o sabor dos alimentos
nem sempre é fator decisório na hora de escolher a marca. Quem faz a melhor
embalagem é quem vende mais.
Redação Época
Um
estudo feito pela Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, descobriu
que as crianças são altamente influenciáveis pelos desenhos contidos nas
embalagens de produtos alimentícios e tendem sempre a preferir aqueles que
contenham representações de seus personagens preferidos, não importando qual
seja o sabor do alimento. Embalagens com desenhos famosos, como Shrek ou
os pinguins do filme Happy Feet, fazem as crianças terem hábitos errados
de alimentação.
“Personagens
comerciais fazem com que seja mais fácil para as crianças lembrarem e
identificarem os produtos. São uma identidade visual”, afirma Sarah Vaala, uma
das autoras da pesquisa. O problema, diz ela, é que a indústria de alimentos
usa isso de forma errada, colocando nas embalagens dos produtos menos saudáveis
e nutritivos os desenhos mais populares entre as crianças.
“As
crianças transferem sua preferência pelo personagem para o produto e querem
comprá-lo mais (que outro que até tenha um gosto melhor)”, disse Vaala. “O que
queríamos saber era se essa preferência se refletia também no sabor do produto;
se colocando esses personagens as empresas estavam, na verdade, influenciando
subconscientemente o julgamento das crianças”.
Para
comprovar a tese, os pesquisadores convidaram 80 crianças entre quatro e seis
anos para fazer um teste de sabor cego. Colocaram, em quatro embalagens, o
mesmo cereal – um tipo saudável e que não costuma ser vendido em supermercados
–, sendo que em duas dessas embalagens lia-se “flocos saudáveis” e, nas outras
duas, “flocos doces”. Também em uma embalagem de cada suposto tipo de flocos
foram desenhados personagens do filme Happy Feet.
O
resultado mostrou que as crianças tendiam a preferir o conteúdo das embalagens
com os desenhos e, dentre essas duas, aquela que continha o aviso “flocos
saudáveis”. Segundo os pesquisadores, esse fato talvez seja explicado pelo fato
de que, desde muito pequena, a criança é ensinada que comer produtos com mais
açúcar faz mal. [...]
Disponível
em: Acesso em: 10 mar.
2011.
Qual
é a frase que sintetiza o conteúdo desse texto?
A) A aparência dos alimentos é superior
ao seu sabor para as crianças.
B) A alimentação infantil é ruim
devido à má fé das indústrias de alimentos.
C) Os personagens comerciais são
capazes de vender qualquer produto.
D) Os alimentos com
rótulos de informação saudável são mais consumidos.
------------------------------------------------------------
Leia o texto a seguir
e responda.
É difícil superar a
tecnologia do livro
O
fundador da Wikipédia diz que ela não causará o fim do saber no papel.
Um
grande sonho da Antiguidade era reunir todo o conhecimento do mundo na
Biblioteca de Alexandria, no Egito.
Depois
de 2.300 anos, a empreitada parece ser possível com a Wikipédia, enciclopédia
online criada em 2001 pelo norteamericano Jimmy Wales, junto com Larry Sanger.
Com mais de10 milhões de artigos em 263 línguas e dialetos, ela pode receber a
colaboração de qualquer internauta. Wales lança nesta semana, em São Paulo , o Instituto
Wikimedia Brasil, capítulo local da Fundação Wikimedia. O instituto vai
incentivar a disseminação de conhecimento gratuito no país. Mesmo com a imensa
massa de informação virtual de hoje, Wales diz não acreditar que o livro em
papel será um dia substituído como fonte de conhecimento. “Não é tão caro, não
precisa de bateria e pode ser levado à praia ou carregado na chuva.”
Entrevista
com Jimmy Wales. Época, n.º 547, nov./2008, p. 98-100 (com adaptações)
Assinale
a opção correta de acordo com as ideias do texto.
(A) A enciclopédia online Wikipédia
possui limites quanto à quantidade de informações processadas.
(B) Há no texto evidências de que as
informações da Internet superarão o conhecimento contido no livro.
(C) Jimmy Wales, criador da Wikipédia,
afirmou que o livro não será superado como fonte do conhecimento.
(D) O livro será substituído pela
enciclopédia virtual.
Leia o texto a seguir
e responda.
Índio plantando soja?
Causou sensação nos
jornais, há poucos dias, a divulgação de síntese do estudo publicado na revista
Science por Michael Heckenberger e outros pesquisadores, dando conta de que
entre 1250 e 1400 havia na região do Xingu “aldeias gigantescas”, com até 500
mil metros quadrados e 5 mil pessoas, interligadas por estradas de até 5 quilômetros de
extensão por 50 metros
de largura. Nesses lugares havia ainda, segundo o artigo, represas, pontes,
aterros e fossas. [...]
De qualquer forma, o
estudo voltou a pôr em evidência o tema indígena, num momento em que se
multiplicam os conflitos envolvendo muitas etnias, na Amazônia, nos dois Matos
Grossos, no Paraná, na Bahia, em Pernambuco, em Santa Catarina , em
quase toda parte.[...]
Também preocupante é
uma declaração atribuída pelos jornais ao novo presidente da Funai (o 33o em 35
anos), em sua posse. Disse ele – assegura o noticiário – que o grande desafio “é
transformar as economias indígenas para que elas tenham auto-sustentação”. Para
ele, “os índios devem produzir um excedente para que possam vender e não
precisem mais pedir ajuda”.
Complicado. Para produzir excedentes e vender, as culturas indígenas têm de modificar-se profundamente, provavelmente complexificar-se socialmente, adquirir tecnologias que não geram eles mesmos, tornar-se dependentes por esse e outros motivos. Provavelmente, deixar de ser índios. Será esse o objetivo da Funai? Integrar as culturas indígenas à cultura externa, transformá-las, levá-las a perder a identidade e tantas características que deveríamos lutar para que subsistam, na medida em que apontam para várias utopias humanas? Para quê? As razões invocadas são quase vergonhosas: “Não temos recursos financeiros para a assistência indígena nem para demarcação.”
Complicado. Para produzir excedentes e vender, as culturas indígenas têm de modificar-se profundamente, provavelmente complexificar-se socialmente, adquirir tecnologias que não geram eles mesmos, tornar-se dependentes por esse e outros motivos. Provavelmente, deixar de ser índios. Será esse o objetivo da Funai? Integrar as culturas indígenas à cultura externa, transformá-las, levá-las a perder a identidade e tantas características que deveríamos lutar para que subsistam, na medida em que apontam para várias utopias humanas? Para quê? As razões invocadas são quase vergonhosas: “Não temos recursos financeiros para a assistência indígena nem para demarcação.”
É grave. A se
configurarem essas palavras, o órgão encarregado da política indígena confessa
sua impotência. E propõe caminhos que nascem não das necessidades nem dos
desejos do País, mas de problemas orçamentários. [...]
Quanto à Amazônia, a política de fomento agrícola deve concentrar-se em áreas já desmatadas, e não provocar novos desmatamentos; o modelo deve ser o da agricultura ecológica e dos sistemas agroflorestais; a política agrícola deve estimular o cumprimento da legislação ambiental, especialmente a manutenção de áreas de preservação permanente e reserva legal.
Nessa moldura, não cabe índio plantando soja.
Quanto à Amazônia, a política de fomento agrícola deve concentrar-se em áreas já desmatadas, e não provocar novos desmatamentos; o modelo deve ser o da agricultura ecológica e dos sistemas agroflorestais; a política agrícola deve estimular o cumprimento da legislação ambiental, especialmente a manutenção de áreas de preservação permanente e reserva legal.
Nessa moldura, não cabe índio plantando soja.
(Washington Novaes, O Estado de S.Paulo, 26/9/2003, p. A 2)
Observe
como são curtos os períodos “Complicado.” e “É grave.” Eles têm a função de
introduzir o 4º e o 5º parágrafos, ao mesmo tempo em que, em relação ao texto
como um todo, enfatizam a
(A)
preocupação do articulista em destacar a insegurança econômica dos índios.
(B)
discordância do articulista em relação às declarações do novo presidente da
Funai.
(C)
necessidade de integrar à cultura indígena as novas tecnologias.
(D)
desconfiança do articulista quanto ao financiamento de recursos para os índios.
------------------------------------------------------------
Leia o texto a seguir
e responda.
Coragem de menina
Graças
à história de Valéria Polizzi, com 28 anos de idade, autora do livro Depois
Daquela Viagem, muitos adolescentes deixam ou deixarão de contrair o vírus HIV.
Adotado em escolas, é um trunfo da luta contra a AIDS. O livro vendeu 60 mil exemplares,
foi adotado em escolas e é um sacolejo no preconceito e na prevenção da AIDS.
Valéria contaminou-se aos 16 anos na primeira relação sexual. Com o livro, ela
ganhou carisma e visibilidade. Nas mais de cem palestras que já deu, é assediada
com pedidos de autógrafos e beijos. “Sinto-me livre ao ver que a minha história
saiu do gueto. Sou reconhecida na rua, as pessoas querem passar a mão no meu
cabelo”.
Valéria
sabe da influência que exerce sobre uma geração: “AIDS sempre foi vista como
uma coisa feia. Quando me veem com um astral legal, percebem que sou como
eles”, diz. Ao incentivar o uso da camisinha, afirma: “As campanhas deveriam
falar mais de amor. Entrei nessa burrada porque estava apaixonadíssima”. Mas
frisa: “Na vida sexual, quem manda é a gente. A liberdade e a responsabilidade
são nossas. Ninguém é contaminado, a gente é que se contamina”.
Elas fazem a diferença. In: Istoé, n.º
1.536, 10/3/1999 (com adaptações)
De
acordo com as ideias do texto,
(A) Valéria Polizzi escreveu o livro
Depois Daquela Viagem como alerta para os adolescentes quanto à possibilidade
de contaminação pelo vírus HIV.
(B) o vírus HIV não se transmite na
primeira relação sexual.
(C) falar de amor aos adolescentes é
desnecessário.
(D) Valéria sente-se triste por ver
que sua história é mais um caso estatístico.
------------------------------------------------------------
Leia o texto a seguir
e responda.
UM NOVO
ABC
Aquela velha carta de
ABC dava arrepios. Três faixas verticais borravam a capa, duras, antipáticas;
e, fugindo a elas, encontrávamos num papel de embrulho o alfabeto, sílabas,
frases soltas e afinal máximas sisudas.
Suportávamos esses
horrores como um castigo e inutilizávamos as folhas percorridas, esperando
sempre que as coisas melhorassem. Engano: as letras eram pequeninas e feias; o
exercício da soletração, cantado, embrutecia a gente; os provérbios, os graves
conselhos morais ficavam impenetráveis, apesar dos esforços dos mestres
arreliados, dos puxavantes de orelha e da palmatória.
“A preguiça é a chave
da pobreza”, afirmava-se ali. Que espécie de chave seria aquela? Aos seis anos,
eu e meus companheiros de infelicidade escolar, quase todos pobres, não conhecíamos
a pobreza pelo nome e tínhamos poucas chaves, de gaveta, de armários e de
portas.Chave de pobreza para uma criança de seis anos é terrível.
Nessa medonha carta,
que rasgávamos com prazer, salvavam-se algumas linhas. “Paulina mastigou
pimenta.” Bem. Conhecíamos pimenta e achávamos natural que a língua de Paulina
estivesse ardendo. Mas que teria acontecido depois? Essa história contada em
três palavras não nos satisfazia, precisávamos saber mais alguma coisa a
respeito de Paulina.
O que ofereciam,
porém, à nossa curiosidade infantil eram conceitos idiotas: “Fala pouco e bem:
Ter-te-ão por alguém!” Ter-te-ão? Esse Terteão para mim era um homem, e nunca
pude compreender o que ele fazia na última página do odioso folheto. Éramos
realmente uns pirralhos bastante desgraçados.
RAMOS, Graciliano. Linhas Tortas.13a
edição, Rio de Janeiro: Record, 1986
Percebe-se que o objetivo central do texto é
(A) relatar histórias
comuns nas salas de aula de meninos pobres.
(B) mostrar como eram
os professores, antigamente.
(C) revelar quais as
chaves que uma criança de seis anos possui.
(D) mostrar todos os
conceitos idiotas oferecidos às crianças, na escola.
(E)
criticar como era, no passado, o ensino nas primeiras séries de leitura e
escrita.
------------------------------------------------------------
Leia o texto a seguir e responda.
A
língua está viva
Ivana Traversim
Na gramática, como
muitos sabem e outros nem tanto, existe a exceção da exceção. Isso não quer
dizer que vale tudo na hora de falar ou escrever. Há normas sobre as quais não
podemos passar, mas existem também as preferências de determinado autor –
regras que não são regras, apenas opções. De vez em quando aparece alguém
querendo fazer dessas escolhas uma regra. Geralmente são os que não estão bem
inteirados da língua e buscam soluções rápidas nos guias práticos de redação.
Nada contra. O problema é julgar inquestionáveis as informações que esses
manuais contêm, esquecendo-se de que eles estão, na maioria dos casos, sendo
práticos – deixando para as gramáticas a explicação dos fundamentos da língua
portuguesa.
(...)
Com informação,
vocabulário e o auxílio da gramática, você tem plenas condições de escrever um
bom texto. Mas, antes de se aventurar, considere quem vai ler o que você
escreveu. A galera da faculdade, o pessoal da empresa ou a turma da balada? As
linguagens são diferentes.
Afinal, a língua está
viva, renovando-se sem parar, circulando em todos os lugares, em todos os
momentos do seu dia. Estar antenado, ir no embalo, baixar um arquivo, clicar no
ícone – mais que expressões – são maneiras de se inserir num grupo, de
socializar-se.
(Você S/A, jun. 2003.)
A tese da dinamicidade da língua
comprova-se pelo fato de que:
(A) as regras
gramaticais podem transformar-se em exceção.
(B) a gramática permite
que as regras se tornem opções.
(C) a
língua se manifesta em variados contextos e situações.
(D) os manuais de
redação são práticos para criar idéias.
(E) é possível buscar
soluções praticas na hora de escrever.
------------------------------------------------------------
(3ª P.D – SEDUC-GO). Leia o texto abaixo e responda.
Amor
à primeira vista
Papel,
plástico, alumínio. Modernas embalagens industrializadas são essencialmente
confeccionadas com essas três matérias-primas. Mas o resultado está longe de
ser monótono.
Desde
que os especialistas em vendas descobriram que a embalagem é um dos primeiros
fatores que influenciam a escolha do consumidor, ela passou a ser estudada com
mais atenção. Atualmente, estampa cores fortes, letras garrafais e formatos curiosos
na tentativa de chamar a atenção nas prateleiras dos supermercados. Produtos
infantis, por exemplo, apelam para desenhos animados ou super-heróis da moda
para derrubar a concorrência. Provavelmente é o caso do achocolatado que você
toma de manhã, do queijinho suíço do meio da tarde e até mesmo da sopinha da
noite.
Essas
embalagens despertam o interesse dos consumidores muitas vezes, eles levam o
produto para casa mais porque gostaram de sua roupagem do que pelo fato de
apreciarem o conteúdo. [...]
Um argumento que
sustenta a tese de que “a embalagem agora é uma forma de conquistar o
consumidor” é que
A) a embalagem passou a ser mais bem
cuidada.
B) a embalagem tem formatos muito
curiosos.
C) a embalagem objetiva vestir bem os
produtos.
D) os produtos infantis trazem os
super-heróis.
E) os consumidores são atraídos pela
embalagem
------------------------------------------------------------
Um comentário:
excelentes atividades
Postar um comentário