Então, em reações surrealistas, culpando as minorias oprimidas, surgirão mil profetas fatalistas e uma legião de suicidas.
Pessoas perderão os seus empregos e o mercado, coitado, temo que não suporte, porque no triste mundo dos apegos, deixar de possuir já é a morte.
O monstro mostrará suas feições, mas alguns terão plena consciência de que a falência é de instituições, e que não nos atinge em nossa essência.
A crise irá roer as estruturas das duras engrenagens do problema e a Natureza, em suas vestes puras, dirá quão duro e doce é o seu sistema.
O mundo todo será nosso lar e quem se der à vida por inteiro não pode acreditar que é por dinheiro que a parte boa tem que se acabar.
Nos sentiremos bem nos desarmando, a mando de uma onda que há no ar, e quem se ama seguirá amando, mas quem odeia aprenderá amar.
(Luis Fernando Praga)
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