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sábado, 27 de outubro de 2018

Dizer o amor [Ana Jácomo]


Se você ama, diga que ama. Não tem essa de não precisar dizer porque o outro já sabe. Se sabe, maravilha, mas esse é um conhecimento que nunca está concluído. Pede inúmeras e ternas atualizações. Economizar amor é avareza. Coisa de quem funciona na frequência da escassez. De quem tem medo de gastar sentimento e lhe faltar depois. É terrível viver contando moedinhas de afeto. Há amor suficiente no universo. Pra todo mundo. Não perdemos quando damos: ganhamos junto. Quanto mais a gente faz o amor circular, mais amor a gente tem. Não é lorota. Basta sentir nas interações do dia a dia, esse nosso caderno de exercícios.

Se você ama, diga que ama. A gente pode sentir que é amado, mas sempre gosta de ouvir e ouvir e ouvir. É música de qualidade. Tão melodiosa, que muitas vezes, mesmo sem conseguir externar, sentimos uma vontade imensa de pedir: diz de novo? Dizer não dói, não arranca pedaço, requer poucas palavras e pode caber no intervalo entre uma inspiração e outra, sem brecha para se encontrar esconderijo na justificativa de falta de tempo. Sim, dizer, em alguns casos, pode exigir entendimentos prévios com o orgulho, com a bobagem do só-digo-se-o-outro-disser, com a coragem de dissolver uma camada e outra dessas defesas que a gente cria ao longo do caminho e quando percebe mais parecem uma muralha. Essas coisas que, no fim das contas, só servem para nos afastar da vida. De nós mesmos. Do amor.

Se você ama, diga que ama. Diga o seu conforto por saber que aquela vida e a sua vida se olham amorosamente e têm um lugar de encontro. Diga a sua gratidão. O seu contentamento. A festa que acontece em você toda vez que lembra que o outro existe. E se for muito difícil dizer com palavras, diga de outras maneiras que também possam ser ouvidas. Prepare surpresas. Borde delicadezas no tecido às vezes áspero das horas. Reinaugure gestos de companheirismo. Mas, não deixe para depois. Depois é um tempo sempre duvidoso. Depois é distante daqui. Depois é sei lá.



Ana Jácomo, é carioca, mora no Rio de Janeiro e é formada em Jornalismo. Lançou seu primeiro livro, "Parto de Mim", uma produção independente.

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Proposta de possível tema de redação Enem sobre a Questão indígena no Brasil. Confira!


QUESTÃO INDÍGENA NO BRASIL – REDAÇÃO ENEM

Atualmente, os povos indígenas do Brasil enfrentam diversos problemas, principalmente no contexto político moderno. Infelizmente, esses problemas vêm de longa data e incluem desde a discriminação cultural até a negação de direitos constitucionais.

Destacam-se também os casos de violência e a paralisação dos processos de demarcação de terras, que têm afetado o povo indígena, tornando sua luta por sobrevivência ainda maior na sociedade brasileira.

Tendo em vista essas questões, a temática desperta reflexões e discussões, podendo ser um forte candidato a tema de redação do Enem deste ano.

SITUAÇÃO ATUAL DO ÍNDIO NO BRASIL

Os indígenas representam 0,47% da população brasileira e usufruem apenas 13% do território nacional. Apesar da Constituição de 1988 garantir os direitos dos índios no Brasil, a atual situação desses povos é preocupante.

A população indígena enfrenta hoje conflitos agrários, preconceito étnico, além da marginalização, que leva a insegurança e à falta de acesso à educação dessa população. Sem contar os atentados contra sua cultura, já que, segundo dados do IBGE, seus costumes sofreram influências de outros países e até mesmo o idioma, que passou de 1,5 mil para apenas 274.

Mesmo a Constituição Federal de 1988 reconhecendo aos índios o direito de manter sua cultura, o que se nota é uma agressão generalizada por parte dos latifundiários, fazendeiros e ruralistas e também da sociedade que vive alheia a essas questões.

Um exemplo do descaso com a questão indígena no Brasil é o fato das crianças só conhecerem o índio no dia 19 de abril. Em vez de aprender sobre a importância desse povo na formação da identidade do país e na necessidade de integrá-los à sociedade, a questão é tratada apenas com rostos pintados e cocar feito de cartolina.
Ademais a isso, as mortes de indígenas os últimos seis anos somaram mais de 350. Isso se deve na maioria das vezes pelo conflito gerado pela demora na política de demarcação de território. Estima-se, inclusive, que existam atualmente 72 terras aguardando decreto presidencial e mais 116 demarcações em estudo pela Funai — Fundação Nacional do Índio.

Parece até contraditório o índio lutando pela terra quando eles foram os primeiros a ocupar este território. Infelizmente, essa situação vem dizimando diversas tribos, principalmente porque a bancada ruralista – principal representante dos latifundiários no congresso – vem tomando as terras indígenas para atividades comerciais.

Desse modo, com tanto conflito de interesses, fica difícil para o governo brasileiro e para as ONGs implementar ações a favor desses cidadãos.

O que se percebe é um abandono político, além de descaso social com a questão indígena. As políticas públicas que deveriam garantir e criar direitos para dar o mínimo de dignidade a essas pessoas esbarram em outros interesses.

TEMA DE REDAÇÃO: QUESTÃO INDÍGENA NO BRASIL

Para construir uma boa redação a respeito da questão indígena no Brasil é imprescindível abordar questões como:
>invisibilidade indígena;
>descaso social quanto à cultura indígena;
>falta de políticas públicas de acesso à saúde e educação de qualidade aos índios;
>genocídio indígena; 
>e o conflituoso processo de demarcação de novas reservas.

Este último ponto talvez seja o mais polêmico, já que se opõe aos interesses dos latifundiários representados em sua maioria pela bancada ruralista.

É importante ter conhecimento sobre dados, principalmente de órgãos como IBGE e Funai. Para ajudá-lo, trouxemos alguns exemplos:
Segundo o Censo do IBGE realizado em 2010, existem atualmente 305 etnias no Brasil, que falam 274 línguas indígenas; (Fonte)
Ainda segundo o IBGE, foi de 817,9 mil em 2011 para 896,9 mil em 2012;
42% dos índios brasileiros vivem fora de terras indígenas, sendo que 36% deles estão em áreas urbanas.
No Censo de 2010, apenas 0,4% da população brasileira se autodeclarou indígena.

Isso significa que que o tema deve ser desenvolvidos com fatos concretos, propondo uma reflexão sobre a situação atual, de modo a construir uma argumentação e conclusão coerentes.

PROPOSTAS DE INTERVENÇÕES E SOLUÇÕES

É verdade que reconhecimento das terras indígenas no Brasil é uma das principais políticas implementadas pelo governo. É preciso que essa questão da demarcação seja resolvida. No entanto, apenas isso não é suficiente para dar dignidade aos índios do nosso país.

É preciso promover uma discussão com a sociedade civil e integrá-la à causa indígena. Só assim surgirão ações de apoio e valorização à população indígena no que se refere à terra e à cultura e fazer cumprir o que a constituição lhes assegurou.

Os índios precisam ser tratados como parte da população brasileira com direitos e deveres e não como uma categoria transitória, fadada ao desaparecimento.

Fonte:Descomplica

O valor da educação nas transformações sociais do Brasil


“Para ser um país grande no futuro, eduque seus filhos no presente”, disse o escritor Paulo Freire. A constituição de 1988 diz que a educação é um direito básico de todos. No entanto, a realidade brasileira não está alinhada com o que diz a nossa lei. Estrutura física, ensino de má qualidade, e ausência da participação familiar na vida escolar dos filhos são alguns problemas que contribuem para o descumprimento deste direito básico e essencial que é a educação.

Mormente, é importante salientar a precariedade de grande parte das escolas no Brasil. Por mais que tenha ocorrido investimento financeiro na área da educação nos últimos anos, ainda nos deparamos com escolas sem estruturas inadequadas, prédios sucateados, e não há suporte para o ambiente físico, é óbvio que os investimentos não são suficientes diante de tais circunstâncias. 

Os problemas fragilizam o sistema educacional, pois impactam e refletem diretamente na qualidade de ensino, e torna-se desmotivador o ato de aprender e ensinar para alunos e professores.

Outro fator que afeta a educação no Brasil é a falta de interesse dos familiares na vida escolar dos filhos. Mesmo com programas como Bolsa Escola e Família do Governo Federal que incentivam a frequência escolar e procuram aproximar as famílias, essa herança antiga ainda insiste em perpetuar nos dias de hoje. Infelizmente, esse problema causa grande prejuízo à educação, pois a busca pelo conhecimento deve partir de casa, e em seguida ser alcançado nas escolas.

Portanto, fica claro que o Brasil ainda está distante de ser um país que consegue prover educação de qualidade à sua população. Setores da sociedade devem se unir para solucionar tal problema. O governo, através do Ministério da Educação deve estudar formas de aplicar com mais eficiência os recursos educacionais, e ampliar os programas que aproximam as famílias da escola, porém exigindo a participação das mesmas nos resultados alcançados através das instituições que frequentam seus filhos. A mídia com o seu poder de comunicação com o intuito de difundir a importância da educação sem manipulação por interesses escusos. 

 A família deve assumir sua responsabilidade na educação dos filhos, pois escola não é depósito de gente. Talvez assim, a máxima de Paulo Freie se concretize em nossa nação."

O SUFRÁGIO COMO INSTRUMENTO DE TRANSFORMAÇÃO


O VOTO COMO INSTRUMENTO DE TRANSFORMAÇÃO
Pedro Henrique Soterroni, Sérgio Tibiriçá Amaral

Resumo

O Brasil é uma democracia representativa, dada a impossibilidade de todos os cidadãos participarem das discussões e decisões sobre os negócios do Estado em Brasília. Delegamos estas tarefas aos representantes eleitos pela maioria da população por meio de um mandato. Ocorre que, na maioria das vezes, estes representantes não agem pelo interesse dessa maioria que os elegeu e sim pelos seus próprios interesses ou ainda pela vontade de um determinado grupo que financia as campanhas eleitorais. Buscam vantagens e fazem negócios por vezes ilegais, mas sempre imorais. Há corruptos e corruptores que constroem fortunas sem suor firmam-se no poder, surrupiando verbas deixando rombos nos cofres públicos. Isto reflete diretamente nos preços dos impostos, dos combustíveis e na deficiência dos serviços públicos, como saúde e principalmente educação. Diante disto, muitos cidadãos afastam-se da vida política e não se interessam pelo assunto, deixando de fazer uso de seu direito de votar e ser votado nas eleições. Comparecem às urnas simplesmente para não sofrer nenhuma sanção imposta pelo Estado. Outras vezes é pior, negociam o voto, traídos pela necessidade econômica e falta de educação. Votam por votar, sem nenhum compromisso político, elegendo assim, maus políticos, que desvirtuam a finalidade de sua representação perante o povo. Políticos que representam apenas seus próprios interesses. Num Estado democrático é imprescindível a participação dos cidadãos na escolha dos seus representantes, sendo o direito de voto fundamental para o exercício da cidadania. Este direito consolidado no artigo 14 da Constituição Federal o qual diz: “A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto secreto, com valor igual para todos”. Portanto, os brasileiros precisam despertar sobre a importância de estarem informados sobre os acontecimentos e escândalos políticos, pois são os políticos dependem da opinião pública. Saber dos agentes políticos e das suas administrações. O voto precisa ser usado como mecanismo de transformação, afastando os maus políticos da administração do País. Não que não haja legislação para punir o mau político, a lei existe. Um dos problemas é morosidade dos processos no Judiciário. Mas, enquanto não temos um instrumento célere, devemos usar sabiamente os que estão em nosso alcance. O melhor “inseticida” contra o mau político é a reprovação nas urnas. Não naqueles que tiveram seus nomes envolvidos em escândalos nem os que tentam comercializar o voto. Somente assim conseguiremos transformar o País mais justo e com oportunidade para todos. A democracia representativa proporciona essa solução.


Palavras-chave

Voto. Democracia. Direitos Fundamentais. Política


Texto completo:PDF

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

TEMA: TABAGISMO NO SÉCULO XXI


TEMA: TABAGISMO NO SÉCULO XXI

"Após Sócrates, a filosofia passou a priorizar não mais a physis (natureza), mas sim o próprio indivíduo. Graças a tal direcionamento que filósofos gregos como Zenão pôde perceber e afirmar que “o desejo torna o homem escravo de sua vontade”. Tal citação filosófica pode ser hoje relacionada, principalmente, com assuntos como o tabagismo.

O uso do cigarro pode estar atrelado atualmente a fatores sociais estudados por diversos sociólogos. Durkheim, fundador da corrente funcionalista, expôs que a pressão social pode influenciar, de forma coercitiva, o comportamento do ser humano. Logo, a iniciação no tabagismo pode vir vinculada a tentativa de aceitação em um determinado grupo social, a fim de se enquadrar a um padrão de comportamento.

Adjunto a isso, é quase que unânime a ciência do mal que o tabagismo causa ao próprio indivíduo e a terceiros. Os males decorrentes do uso do cigarro puderam ser estudados, de forma mais profunda, apenas no final do século XX. A partir disso, leis começaram a ser debatidas e aprovadas na câmara federal no intuito de preservar a saúde e a vida dos que não fumam, diminuindo assim o índice de fumantes passivos. A proibição do uso de cigarros em locais fechados de acesso público almeja reduzir a taxa de – segundo a revista Super Abril – 3,5 milhões de mortes anuais decorrentes do tabagismo. Outra forma de desestimular o uso do cigarro nos fumantes ativos utilizada pelo Governo é o encarecimento do produto através de impostos mais rigorosos sobre o mesmo.

Portanto, fica evidente que já há uma tentativa por parte do Estado de resguardar a saúde dos fumantes ativos e passivos, mas, como já foi pontuado por Pitágoras, outro filósofo grego, “eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens”, demonstrando que a ruptura do fato social atrelado ao cigarro deve se dar início ainda nas escolas, através de palestras bimestrais, com profissionais da área e financiadas pelo Governo Federal, a fim de diminuir significativamente a entrada de jovens e adultos ao mundo do tabagismo."

Fonte:https://enem.estuda.com/redacao/id-8/diversos

Proposta de redação: Tabagismo no século XXI


A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Tabagismo no século XXI: problemas e consequências”, apresentando proposta de intervenção. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

O uso de tabaco mata mais de sete milhões de pessoas a cada ano e custa a famílias e governos mais de US$ 1,4 trilhão por meio de despesas de saúde e perda de produtividade.

“O tabaco nos ameaça a todos”, diz a diretora-geral da OMS, Margaret Chan. “O tabaco exacerba a pobreza, reduz a produtividade econômica, afeta negativamente a escolha de alimentos consumidos pelas famílias e polui o ar interior”.

De acordo com ela, “ao se adotarem medidas firmes de controle do tabagismo, os governos podem proteger o futuro de seus países, protegendo toda a população, independente de consumirem ou não, esses produtos mortais. Além disso, são geradas receitas para financiar a saúde e outros serviços sociais, bem como evitados os estragos que o tabaco causa no meio ambiente”.

Todos os países se comprometeram com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que visa fortalecer a paz universal e erradicar a pobreza. Entre os principais elementos dessa agenda estão a implementação da Convenção-Quadro da OMS para o Controle do Tabaco e, até 2030, redução em um terço o número de morte prematuras causadas por doenças não transmissíveis (DNTs), incluindo doenças cardíacas e pulmonares, câncer e diabetes, para as quais o uso de tabaco é um fator de risco chave.

Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5428:dia-mundial-sem-tabaco-2017-vamos-vencer-otabaco-em-favor-da-saude-prosperidade-meio-ambiente-e-desenvolvimento&Itemid=839/
Acesso em 21 maio 2018 Adaptado
TEXTO II


(Reprodução/Reprodução)

Disponível em: http://blog.sesifarmacia.com.br/bem-estar/infografico-os-riscos-do-cigarro-em-numeros/
Acesso em 21 maio 2018

TEXTO III


(Reprodução/Reprodução)

Disponível em: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI307763-17770,00-
QUANTO+CUSTA+PARA+O+CONTRIBUINTE+BRASILEIRO+CADA+MACO+DE+CIGARRO+FUMADO+NO+.html Acesso em 21 maio 2018

Fonte: Guia do Estudante.

domingo, 14 de outubro de 2018

"A base de toda conquista é o professor."


"A base de toda conquista é o professor.
A fonte de sabedoria, um bom professor.
Em cada descoberta, cada invenção.
Todo bom começo tem um bom professor.
No trilho de uma ferrovia, um bom professor.
No bisturi da cirurgia, um bom professor.
No tijolo da olaria, no arranque do motor.
Tudo que se cria tem um bom professor.
No sonho que se realiza, um bom professor.
Cada nova ideia tem um professor.
O que se aprende e o que se ensina, 
um professor.
Uma lição de vida, uma lição de amor.
Na nota de uma partitura.
No projeto de arquitetura.
Em toda teoria.
Em tudo que se inicia.
Todo bom começo tem um bom professor.
Tem um bom professor."

Pensamento para o dia:tens cumprido fielmente os planos seguros.

"Ó Senhor, tu és o meu Deus.
Eu te adorarei e louvarei o teu nome,
pois tens feito coisas maravilhosas;
tens cumprido fielmente os planos seguros
que há muito tempo decidiste fazer.
Deixaste as cidades dos nossos inimigos em ruínas,
as cidades cercadas de muralhas foram arrasadas.
Destruíste os seus palácios,
e nunca mais eles serão reconstruídos.
Por isso, povos poderosos te louvarão,
e tu serás temido nas cidades onde mora gente cruel.
Pois tens sido o protetor dos pobres,
o defensor dos necessitados,
um abrigo na tempestade
e uma sombra no calor."
Isaías 25: 1 a 4.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

"Preconceito linguístico: como isso afeta o empoderamento feminino?"- Por Stephanie Ribeiro, do Lado M.


"Existe uma regra de ouro da linguística que diz: “só existe língua se houver seres humanos que a falem”. Assim começa o livro de Marcos Bagno: “Preconceito Linguístico – o que é, como se faz”. E esse meu texto também, motivado pela constante chamada de atenção de machistas e até de feministas para os meus erros gramaticais.
Por Stephanie Ribeiro, do Lado M

Eu comecei a escrever textos feministas em 2013. O primeiro deles foi lido por mais de cinco amigos antes de ser enviado para o site que me tinha pedido. Dos meus textos mais populares daquela época – um sobre “Rolezinhos”, para o portal Blogueiras Negras -, li e reli tantas e tantas vezes que praticamente decorei. No começo, eu tinha muito medo de escrever e foi só em 2015 que consegui postar um texto sem mandar para alguém ler antes. O motivo de tanta insegurança?

Medo dos meus erros gramaticais.

Assim como muitas pessoas eu estudei em escolas públicas a vida toda. Ingressei na universidade, nunca fui distante dos livros, como agora também não sou. Porém, me faltou uma base que, meu curso sendo Arquitetura e Urbanismo, não vai completar. E isso não me faz ignorante, muito menos inapta para compartilhar minhas opiniões, mesmo que as vírgulas estejam no lugar errado.

Tudo é no fundo uma questão de sociolinguística: essa é a área que se ocupa das diversas interações entre língua e sociedade. Assim, se define preconceito linguístico como sendo “o conjunto de atitudes, opiniões e valores que usa a língua como fator de discriminação social”. Toda sociedade estabelece valores e códigos para seu funcionamento, seja de maneira implícita ou explícita. A linguagem enquanto necessidade humana faz da língua um contrato social e do idioma o seu código. Toda língua sofre variações que podem acontecer em curtos ou longos períodos de tempo, tais variações são naturais e inerentes a qualquer língua. Entretanto, o conhecimento da norma culta não garante ao indivíduo domínio de todos os aspectos da língua portuguesa justamente pela sua abrangência e complexidade. Todos nós em algum momento estamos sujeitos ao erro, logo fica evidente que ninguém tem imunidade para apontar a imperícia ou deslize de outrem, porque ninguém faz uso de uma língua “castiça”, ou seja, de uma língua “limpa” cujo padrão é irretocável.

Sendo assim, eu já esperava páginas e machistas acreditando que esse é um motivo para desconsiderar o que eu e tantas outras feministas falamos. O problema foi quando comecei a ver feministas usando do argumento: “você nem sabe escrever direito” e com isso tentando descreditar e enfraquecer a dimensão semântica, social e política da minha mensagem.

A cantora MC Carol recentemente recebeu críticas sobre a forma como escreve. Fico pensando se as pessoas não entendem o quão empoderadoras são determinadas coisas que ela diz. Muitos chegam ao ponto de secundarizar a mensagem julgando necessário chamar atenção somente para os erros gramaticais. Carolina de Jesus já existiu e nos mostrou que o intelectual não é o que escreve bem segundo a norma culta, mas é o que escreve fazendo política com as palavras. E linguagem não só faz política como representa PODER.

Por isso, realmente pergunto: qual a necessidade de algumas correções e apontamentos feitos em textos feministas sobre erros gramaticais? Qual a necessidade de machistas ficarem zombando de feministas por isso? Machismo e reprodução de mais uma opressão, nesse caso a linguagem através do preconceito linguístico é usada como mecanismo de exclusão e inferiorização, sobretudo quando se trata de subestimar a capacidade intelectual e cognitiva das mulheres. Por isso, também não entendo as feministas que zombam pessoas por erros gramaticais, mesmo quando são machistas ou reproduzem machismo.

Quando falamos de interseccionar opressões, precisamos lembrar que o Brasil com problemas de raça, classe e gênero, também exclui muitos do acesso a uma boa formação acadêmica.

“Como a educação ainda é privilégio de muito pouca gente em nosso país, uma quantidade gigantesca de brasileiros permanece à margem do domínio da norma culta. Assim, da mesma forma como existem milhões de brasileiros sem terra, sem escola, sem teto, sem trabalho, sem saúde, também existem milhões de brasileiros sem língua. Afinal, se formos acreditar no mito da língua única, existem milhões de pessoas neste país que não têm acesso a essa língua, que é a norma literária, culta, empregada pelos escritores e jornalistas, pelas instituições oficiais, pelos órgãos do poder — são os sem-língua. É claro que eles também falam português, uma variedade de português não-padrão com sua gramática particular, que no entanto não é reconhecida como válida, que é desprestigiada, ridicularizada, alvo de chacota e de escárnio por parte dos falantes do português-padrão ou mesmo daqueles que, não falando o português-padrão, o tomam como referência ideal — por isso podemos chamá-los de sem-língua.” – Marcos Bagno: “Preconceito Linguístico – o que é, como se faz”

Preconceito Linguístico


Texto 1
Preconceito Linguístico

O Preconceito Linguístico é aquele gerado pelas diferenças linguísticas existentes dentre de um mesmo idioma.

De tal maneira, está associado às diferenças regionais, desde dialetos, regionalismo, gírias e sotaques, os quais são desenvolvidos ao longo do tempo e que envolvem os aspectos históricos, sociais e culturais de determinado grupo.

O preconceito linguístico é um dos tipos de preconceito mais empregados na atualidade e pode ser um importante propulsor da exclusão social.
Preconceito Linguístico: o que é, como se faz

Na obra “Preconceito Linguístico: o que é, como se faz” (1999), dividida em quatro capítulos, o professor, linguista e filólogo Marcos Bagno aborda sobre os diversos aspectos da língua bem como o preconceito linguístico e suas implicações sociais.

Segundo ele, não existe uma forma “certa” ou “errada” dos usos da língua e o preconceito linguístico, gerado pela ideia de que existe uma única língua correta (baseada na gramática normativa), colabora com a prática da exclusão social.

No entanto, devemos lembrar que a língua é mutável e vai se adaptando ao longo do tempo de acordo com ações dos falantes.

Além disso, as regras da língua, determinada pela gramática normativa, não incluem expressões populares e variações linguísticas, por exemplo, as gírias, regionalismos, dialetos, dentre outros.

De maneira elucidativa, no primeiro capítulo do livro, “A mitologia do preconceito linguístico”, ele analisa oito mitos muito pertinentes sobre o preconceito linguístico, a saber:
Mito n° 1 “A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente”: o autor aborda sobre a unidade linguística e as variações que existem dentro do território brasileiro.
Mito n° 2 “Brasileiro não sabe português” / “Só em Portugal se fala bem português”: apresenta as diferenças entre o português falado no Brasil e em Portugal, este último considerado superior e mais “correto”.
Mito n° 3 “Português é muito difícil”: baseado em argumentos sobre a gramática normativa da língua portuguesa ensinada em Portugal, e suas diferenças entre falar e escrever dos brasileiros.
Mito n° 4 “As pessoas sem instrução falam tudo errado”: preconceito gerado por pessoas que têm um baixo nível de escolaridade. Bagno defende essas variantes da língua e analisa o preconceito linguístico e social gerado pela diferença da lingua falada e da norma padrão.
Mito n° 5 “O lugar onde melhor se fala português no Brasil é o Maranhão”: mito criado em torna desse estado, o qual é considerado por muitos o português mais correto, melhor e mais bonito, posto que está intimamente relacionado com o português de Portugal e o uso do pronome “tu” com a conjugação correta do verbo: tu vais, tu queres, etc.
Mito n° 6 “O certo é falar assim porque se escreve assim”: aqui o autor apresenta diferenças entre as diversas variantes no Brasil e a utilização da linguagem formal (culta) e informal (coloquial).
Mito n° 7 “É preciso saber gramática para falar e escrever bem”: aborda sobre o fenômeno da variação linguística e a subordinação da língua a norma culta. Para ele, a gramática normativa passou a ser um instrumento de poder e de controle.
Mito n° 8 “O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social”: decorrente das desigualdades sociais e das diferenças das variações em determinadas classes sociais. Assim, as variedades linguísticas que não são padrão da língua são consideradas inferiores.

Preconceito Linguístico no Brasil

O preconceito linguístico no Brasil é algo muito notório, visto que muitos indivíduos consideram sua maneira de falar superior ao de outros grupos.

Isso ocorre, sobretudo, entre as regiões do país, por exemplo, um sulista que considera sua maneira de falar superior aos que vivem no norte do país.

Antes de mais nada, devemos salientar que nosso país possui dimensões continentais e embora todos falamos a língua portuguesa, ela apresenta diversas variações e particularidade regionais.

Importante destacar que o preconceito linguístico acontece no teor de deboche e pode gerar diversos tipos de violência (física, verbal, psicológica).

Os indivíduos que sofrem com o preconceito linguístico muitas vezes adquirem problemas de sociabilidade ou mesmo distúrbios psicológicos.

Os sotaques que se distinguem não somente nas cinco regiões do Brasil, mas também dentro de um próprio estado, são os principais alvo de discriminação. Por exemplo, uma pessoa que nasceu e vive na capital do estado e uma pessoa que vive no interior.

Geralmente, quem está na capital acredita que sua maneira de falar é superior a das pessoas que habitam o interior do estado ou mesmo as áreas rurais.

Nesse caso, muitas palavras pejorativas e depreciativas são utilizadas para determinar algumas dessas pessoas através de um estereótipo associado as variedades linguísticas, por exemplo, o caipira, o baiano, o nordestino, o roceiro, dentre outros.

Sobre esse assunto, o escritor Marcos Bagno afirma em sua obra “Preconceito Linguístico: o que é, como se faz” (1999):

“É um verdadeiro acinte aos direitos humanos, por exemplo, o modo como a fala nordestina é retratada nas novelas de televisão, principalmente da Rede Globo. Todo personagem de origem nordestina é, sem exceção, um tipo grotesco, rústico, atrasado, criado para provocar o riso, o escárnio e o deboche dos demais personagens e do espectador. No plano lingüístico, atores não nordestinos expressam-se num arremedo de língua que não é falada em lugar nenhum do Brasil, muito menos no Nordeste. Costumo dizer que aquela deve ser a língua do Nordeste de Marte! Mas nós sabemos muito bem que essa atitude representa uma forma de marginalização e exclusão. (…) Se o Nordeste é “atrasado”, “pobre”, “subdesenvolvido” ou (na melhor das hipóteses) “pitoresco”, então, “naturalmente”, as pessoas que lá nasceram e a língua que elas falam também devem ser consideradas assim… Ora, faça-me o favor, Rede Globo!”

Esse tipo de preconceito atinge muitos grupos considerados de menor prestígio social, donde a língua é utilizada como ferramenta de distinção social.

Entretanto, vale lembrar que todas as variações linguísticas são aceitas e devem ser consideradas um valor cultural e não um problema.

Fonte: https://www.todamateria.com.br/preconceito-linguistico/


Texto 2



Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-EKHeBxtCQ0s/VU0r3WOhQJI/AAAAAAAAJNc/DzHOs6y_o7o/s1600/digitalizar0023.jpg
Texto 3

Médico debocha de paciente na internet: ‘Não existe peleumonia’

Médico e duas funcionárias foram afastados após postagem em rede social.
Guilherme Capel disse que não teve intenção de ofender e pediu desculpas.

Um médico plantonista no Hospital Santa Rosa de Lima, em Serra Negra (SP), foi afastado do trabalho após ter uma foto sua publicada numa rede social com o título “Uma imagem fala mais que mil palavras”. Na foto, Guilherme Capel Pasqua mostra o receituário médico com o seguinte dizer: “Não existe peleumonia e nem raôxis”.

Vinte minutos antes da postagem, na quarta-feira (27), o médico havia atendido o mecânico José Mauro de Oliveira Lima, 42 anos, que estudou até o segundo ano do ensino fundamental e não sabe como falar corretamente algumas palavras.

Seu enteado, o eletricista Claudemir Thomaz Maciel da Silva, de 25 anos, o acompanhava na consulta e revela que, assim que souberam o diagnóstico, o mecânico perguntou sobre o tratamento para a “peleumonia”. A reação do médico não foi muito profissional, afirma Claudemir.

“Quando meu padrasto falou pneumonia e raios X de forma errada, ele deu risada. Na hora, não desconfiamos que ele iria debochar depois na internet. O que ele fez foi absurdo. O procurei e escrevi para ele na rede social que, independente dele ser doutor, não existe faculdade para formar caráter. Assim que ele viu minha postagem, apagou a foto. Ele não quis conversar com a gente”, diz Claudemir.

O eletricista conta que o padrasto ainda não sabe que virou assunto na internet e teme pela reação dele. Claudemir diz que o mecânico não pôde estudar por falta de dinheiro.

“Meu padrasto não sabe falar direito porque não teve estudo. Ele vai ficar muito triste quando souber o que aconteceu, estamos evitando contar, mas ele vai acabar descobrindo. Ele trabalhava como cozinheiro aqui em Serra Negra e depois se tornou mecânico. Lembro que ele estudava, mas precisou abandonar as aulas para cuidar de mim. Tive tuberculose aos dois anos e, nessa época, ou ele estudava ou pagava meus remédios”, lembra.
Indignação
Outros parentes e amigos da família ficaram indignados com a postagem do médico e começaram a reproduzir a foto.

“Não podemos aceitar esse tipo de pessoa se julgando melhor do que outras pessoas que estão convalescente e não teve a mesma escolaridade que um cidadão que se julga melhor que outros seres humanos por causa de seu diploma, volta pra sua faculdade e aprende um pouco mais sobre Ética e cidadania (sic)”, reclamou um morador.

“Os pacientes têm que ser tratados com respeito, poderia ter sido com alguém da minha família. As pessoas não têm obrigação de saber falar direito, na maioria das vezes, são pessoa humildes, com dor e não estão preocupadas se estão falando certo ou errado”, disse outra pessoa.

As críticas foram ainda direcionadas a outras duas funcionárias do hospital que, assim como o médico, debocharam da forma como os pacientes costumam falar na unidade. Uma das funcionárias postou: “Tira minha pressão? Porque eu tenho tiroide”. Assim como o médico, elas também foram afastadas
.

Fonte: http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2016/07/medico-debocha-de-paciente-na-internet-nao-existe-peleumonia.html

Modelo de Redação: O preconceito linguístico e seus efeitos em discussão no Brasil, por Descomplica.


Poliglotismo nacional

A língua é um dos principais instrumentos que sustentam a vida em sociedade, já que é responsável pela comunicação e interação entre os indivíduos. No entanto, ela também pode atuar de maneira negativa, sendo uma das ferramentas de segregação social. O preconceito linguístico, no Brasil, é muito evidente e, por isso, é preciso entender que há diversas variantes na língua, e uma não deveria ser mais prestigiada em relação às demais.

Em primeiro lugar, é importante destacar que, embora todos os brasileiros sejam falantes da Língua Portuguesa, ela apresenta diversas particularidades no contexto regional, etário, social e histórico. Isso significa que a linguagem está em constante transformação, e os responsáveis pelas mudanças são os próprios falantes, independente de classe social ou nível de escolaridade. Nesse sentido, não se deve desconsiderar a gramática normativa e suas regras, já que ela serve como base para o sustento do idioma, mas sim admitir que todas as variações são inerentes à língua.

Além disso, é evidente que o fato de existir uma variante padrão faz com que as demais sejam desprestigiadas, gerando o preconceito linguístico. Esse tipo de preconceito – pouco discutido no Brasil – acentua ainda mais a desigualdade social no país, pois a língua está totalmente ligada à estrutura e aos valores da sociedade, e os falantes da norma culta são aqueles que apresentam maior nível de escolaridade e poder aquisitivo. Os indivíduos que sofrem discriminação linguística tendem a desenvolver problemas de sociabilidade e, até mesmo, psicológicos.

Fica claro, portanto, que a língua é um fator decisivo na exclusão social. Por isso, o preconceito linguístico deve ser admitido e combatido. Primeiramente, as escolas deveriam fazer uma abordagem mais aprofundada sobre esse tema, além de ensinar, nas aulas de Português, todas as variantes existentes na língua. A mídia deveria parar de estereotipar os personagens de acordo com a sua maneira de falar e poderia investir em campanhas que ajudem a desconstruir o preconceito linguístico. Afinal, ser um “bom” falante é ser poliglota na própria língua.

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domingo, 7 de outubro de 2018

"Os mais belos grafites literários pelo mundo"

A metamorfose, Franz Kafka – Bucareste


Matadouro nº5, Kurt Vonnegut – Nova York

Charles Dickens – Londres

Fernando Pessoa – Lisboa


J. D. Salinger


Aldous Huxley – Montreal


O leilão do lote 49, Thomas Pynchon – Nova York

Charles Bukowski – Montreal


Vladimir Nabokov e James Joyce


Goethe – Frankfurt



Friedrich Nietzsche

A revolução dos Bichos, George Orwell

J.G. Ballard – França


Mural (vários autores) – Boston



A redoma de vidro, Sylvia Plath

Macbeth, William Shakespeare – Brisbane, Australia

O uivo, Allen Ginsberg – Boulder, Colorado



A sociedade do anel, J. R. R. Tolkien



The Marriage of Heaven and Hell, William Blake – Sidney, Austrália



I’m Nobody! Who are you, Emily Dickison


O pequeno príncipe, Antoine de Saint-Exupéry – Chicago



O conto da aia, Margaret Atwood


Antônio Machado – Jáen, Espanha


Machado de Assis – Rio de Janeiro


Literatura russa é melhor que sexo



Alice no país das maravilhas, Lewis Carrol – Londres



Samuel Beckett – Londres



A revolução dos Bichos, George Orwell – Singapura
Fonte:https://homoliteratus.com/os-mais-belos-graffitis-literarios-pelo-mundo/

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