É inegável que o movimento modernista brasileiro deixou um legado artístico e cultural enorme para a sociedade atual. Apesar de muitos dizerem que começou efetivamente em 1922, alguns estudiosos consideram a exposição de 1917 da artista Anita Mafatti como o marco inicial.
Anita retorna ao Brasil após ter estudado um período na Europa, com uma visão artística à frente do que a população estava acostumada, por este motivo sua exposição foi altamente criticada pela elite paulistana, a presença da figura feminina em um meio predominantemente machista gerava desconforto à sociedade. Cem anos depois vemos que a realidade ainda é bastante similar
Vemos atualmente que a história se repete e apenas o cenário é diferente, a discriminação realizada no ambiente de trabalho e no meio social a partir do gênero perdura até os dias de hoje, manifestada pela agressão verbal, como a sofrida por Anita, ou de maneira oculta com salários diferenciados quando exercida a mesma função por ambos os sexos.
A permanência de um pensamento tão retrógrado nos dias atuais é preocupante pois passa a ser visualizado como algo natural, torna-se necessário uma educação a partir da infância que busque frisar que não existe diferença entre homens e mulheres, a discussão de gênero nas escolas seria fundamental para que isto aconteça.
Portanto, como dizia Malfatti: os objetos se acusam só quando saem da sombra, isto é, quando envolvidos na luz.
É mister que se faça a educação de fato para todos, pois o preconceito pode ser interrompido quando o conhecimento é exposto à luz.
Pamela Santos
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