No berço da desigualdade alimenta-se o crime.
A criminalidade no Brasil vem alcançando níveis tão alarmantes que, infelizmente, atinge à todos das mais diversas maneiras e proporções. Se os investimentos bilionários em segurança pública e construção de novos presídios não têm dado certo, não seria devido à uma perspectiva errada do problema?
A resposta é sim. O Brasil gasta por ano em segurança o equivalente à 56 vezes o previsto para o programa fome zero é 5 vezes o orçamento do Ministério da Educação, numa empreitada sem o devido retorno. Todos os anos deixa-se de lado o desenvolvimento de áreas como saúde e educação para tentar deter algo que é alimentado por este mau investimento.
A boa notícia é que graças a estas falhas está mais fortalecida a iniciativa de "cortar o mal pela raiz". Sabemos que a criminalidade provém, em grande parte, da evasão escolar e enorme desigualdade social no Brasil, por isso vêm sendo criados mais e mais projetos que visam trazer as crianças para a escola e as estimulem a estudar, programas que as tirem da rua em período semi-integral, em geral envolvendo música e outras formas de arte, as deixando assim, o mais longe possível dos maus exemplos e as dando uma chance além da vida do crime.
Uma resposta à curto prazo seria sim a construção de novos e mais seguros presídios, mas uma mudança no curso do investimento é crucial e mais que necessária. Vamos educar e alimentar nossas crianças, mostrar o valor de uma profissão digna através da exemplificação nas mídias, para que no amanhã não nos preocupemos sempre ao sairmos de casa.
Raysa Esteves
(Aluna do Ensino Médio, 3º ano do Colégio Estadual Chequer Jorge)
(Aluna do Ensino Médio, 3º ano do Colégio Estadual Chequer Jorge)
Obs.: Desenho digital feito pelo aluno Erik do 7º ano do Colégio Estadual Chequer Jorge.
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