As adversidades têm um papel importante na vida. Elas fazem você amadurecer
Em casa, no trabalho, no namoro... É inevitável experimentar o gosto amargo da frustração em alguns momentos da vida. É quando, em vez de “sim”, você recebe um “não” na hora de realizar seus planos. E aí vem a tristeza, o desânimo e até a raiva. “A frustração está ligada às nossas expectativas. Ocorre quando a realidade não corresponde ao que é idealizado”, diz a psicóloga Clodine Janny Teixeira. Acredite: as adversidades têm um papel importante na vida. Apesar do sofrimento, elas fazem você amadurecer. “Se o mundo atendesse a todos os nossos desejos, ficaríamos para sempre num estado infantil de desenvolvimento”, conta Clodine. Se não dá para evitar os obstáculos, amiga, o jeito é reagir. “Ficar bem é uma decisão. Sempre haverá situações que nos deixarão mal. Mas há uma diferença entre viver de dramas e lidar com eles”, lembra a psicoterapeuta Claudia Riecken. “Deparar-se com a realidade é um convite a se reinventar. Muita gente reclama, mas pouca propõe mudanças”, diz Claudia. Reaja!
Não se coloque como vítima
Você até pode se lamentar e bancar a vítima, mas isso não vai resolver nada. “Esse comportamento só faz com que a amargura tome conta de você”, afirma a psicóloga Tatiana Alvares. A maneira de encarar as frustrações, aliás, é uma escolha sua. Claudia faz uma comparação prática: quando amassamos uma latinha, ela fica do jeito que a deixamos. Já uma esponja volta à forma original mesmo após levar um apertão. “Podemos escolher entre absorver as ‘pancadas’ como marcas irrecuperáveis e seguir adiante com o pensamento que ‘é inteira que se anda para a frente’”, diz. Pense nisso!
Já ouviu falar de Resiliência?
Na Física, a palavra resiliência resume a capacidade dos materiais de retornar à forma original depois de sofrer uma deformação. Entre os seres humanos, os resilientes são aqueles que têm a habilidade de se refazer depois das frustrações, usando-as ao seu favor. Claudia Riecken, autora do livro SobreViver - Instinto de Vencedor (Ed. Saraiva, R$ 40), destaca algumas características importantes dessas pessoas:
- Positividade: Elas desejam que tudo melhore e buscam soluções.
- Flexibilidade: Na vida é preciso ter jogo de cintura!
- Boa autoestima: Reconhecem o próprio valor e sabem se defender diante de quem tenta rebaixá-las.
- Abertura: Compartilham os problemas com outras pessoas, uma das melhores formas de superá-los.
- Energia: Mais do que querer ficar bem, essas pessoas estão dispostas a agir para chegar lá.
O que fazer com a frustração
Na dieta
Emagrecer tem sido muito difícil? Calma. É importante ter consciência dos limites do seu corpo, que envolvem, inclusive, estrutura física. "Nem todas as pessoas conseguem ter o padrão de beleza imposto pela mídia. Uma saída é encontrar opções que vão além da aparência e tragam bem-estar", diz. Ou seja, perder peso pode deixá-la feliz, mas a vida não é só isso. E, se a dieta não resolver, procure um médico para fazer exames e ver se está tudo ok.
No trabalho
Você ralou, mas quem recebeu a promoção foi sua colega. Claro que injustiças acontecem, mas, se não for esse o caso, "preste atenção: quais diplomas essa amiga tem? Ela se relacionou melhor com a equipe?", questiona Claudia. No mínimo, você perceberá onde pode melhorar o seu desempenho.
Na tentativa de engravidar
Você quer, mas não consegue ter um filho. De novo, Clodine diz que é preciso diferenciar o que é imposto pela sociedade do desejo pessoal. "Quem disse que só é mulher quem for mãe? Se ter um filho for realmente um desejo, pense em alternativas que estejam ao seu alcance." Que tal buscar tratamentos médicos ou adotar uma criança?
No amor
Seu relacionamento acabou? "É comum as pessoas depositarem muita expectativa no outro em busca da solução dos seus problemas no parceiro. Só que é a própria pessoa quem tem que se realizar", diz Clodine. Descubra o que a faz feliz e viva bem!
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