Inspirado pelas bromélias do Jardim Botânico, Santiago Calatrava desenhou uma estrutura modular que se movimenta de acordo com o sol para potencializar a captação de luz
O Museu do Amanhã é iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, concebida e realizada pela Fundação Roberto Marinho (instituição ligada ao Grupo Globo)
Em tempos de abundância ou crise, cariocas sempre tiveram orgulho de sua cidade nada menos que maravilhosa. Agora eles têm mais alguns motivos para estufar o peito: depois da reinauguração da Praça Mauá, a cidade ganha (de presente de natal) o Museu do Amanhã.
Para falar sobre o futuro, nada melhor que olhar para o passado e o presente. Não havia melhor locação, então, senão a zona portuária, onde o Rio de Janeiro nasceu e se instalou e, agora, sofre intensas – e positivas – transformações ao se preparar para um amanhã mais consciente e (quiçá) próspero.
Se os cariocas sofreram durante quatro anos entre negociações e derrubada do Elevado da Perimetral, hoje já podem vivenciar o impacto (e alivio) de sua demolição. Ele já está esquecido e a região vislumbrada por Visconde de Mauá, que já abrigou a saudosa Rádio Nacional, virou ponto de encontro: os visitantes do MARse misturam aos food trucks e vizinhos sedentos por lazer...e água. A Baía de Guanabara virou piscina para os locais!
A renovada Praça Mauá já foi aprovada pelos cariocas
E a Baía de Guanabara virou piscina
E dela, aliás, que parte o projeto do espanhol Santiago Calatrava. O Museu do Amanhã invade um dos maiores símbolos do Rio de Janeiro e, se a ideia é mostrar as possibilidades de construção de um futuro melhor, o edifício começa seu discurso pela sustentabilidade: a água da Guanabara é usada nos sistemas de climatização e banheiros do museu e, depois, reutilizada nos espelhos d´água, onde ela é tratada e jogada de volta para a Baía.
O uso da energia solar garante um espetáculo à parte. Inspirado pelas bromélias do Jardim Botânico, Calatrava criou uma estrutura modular que se movimenta de acordo com o sol para potencializar a captação de luz.
Planta do museu com a expografia difidida pela cinco perguntas existenciais que o museu tenta responder
Com base em pesquisas tecnológicas, biológicas e culturais, as instalações interativas permanentes ajudarão o público a vislumbrar a vida nos próximos 50 anos e a responder perguntas existenciais que foram o ponto de partida curadoria de Luiz Alberto Oliveira e expografia do designerRalph Appelbaum: De onde viemos? Quem somos? Onde estamos? Para onde vamos? Como queremos conviver nos próximos 50 anos?
Para começar...
Na entrada, uma esfera mostra sinais vitais do planeta, onde é possível ver informações como correntes marítimas, formação de furacões ou o movimento de um tsunami.É lá também que você vai encontrar a Iris: um sistema, desenvolvido pela 32 Bits, controlado por um cartão personalizado com o qual você pode mapear a sua visita para que ela te direcione na próxima. Afinal, o conteúdo do museu não será esgotado em uma única visita: são mais de 50 experiências diferentes em cada uma das cinco principais áreas da exposição permanente e o conteúdo, que poderá ser aprofundado de acordo com o interesse do visitante, foi elaborado por 30 consultores de diversas áreas (incluindo Paulo Mendes da Rocha).
Este mesmo espaço abriga os Laboratório das Atividades do Amanhã que vão durar quatro meses. Os primeiros convidados? Um tour das baratas idealizado pelo grupo dinamarquês Superflex: você poderá usar uma fantasia de barata e ver o mundo sob a perspectiva destes insetos que antecederam o Homo sapiens. Sucesso certo. “Sob o ponto de vista das baratas, os homens são muito engraçados. Eles lhes dão abrigo e comida e têm medo de morrer. Elas já sobreviveram até a bombas nucleares”, conta Bjørnstjerne Christiansen, um dos fundadores do grupo, para uma reportagem no Estado de São Paulo. Aliás... Boatos correm por aí: a forma do museu é uma grande homenagem às baratas.
A visita começa pelo Cosmos: uma imersão coletiva uma história que vai desde partículas microscópicas até as galáxias mais distantes.
E a Baía de Guanabara virou piscina
E dela, aliás, que parte o projeto do espanhol Santiago Calatrava. O Museu do Amanhã invade um dos maiores símbolos do Rio de Janeiro e, se a ideia é mostrar as possibilidades de construção de um futuro melhor, o edifício começa seu discurso pela sustentabilidade: a água da Guanabara é usada nos sistemas de climatização e banheiros do museu e, depois, reutilizada nos espelhos d´água, onde ela é tratada e jogada de volta para a Baía.
O uso da energia solar garante um espetáculo à parte. Inspirado pelas bromélias do Jardim Botânico, Calatrava criou uma estrutura modular que se movimenta de acordo com o sol para potencializar a captação de luz.
Planta do museu com a expografia difidida pela cinco perguntas existenciais que o museu tenta responder
Com base em pesquisas tecnológicas, biológicas e culturais, as instalações interativas permanentes ajudarão o público a vislumbrar a vida nos próximos 50 anos e a responder perguntas existenciais que foram o ponto de partida curadoria de Luiz Alberto Oliveira e expografia do designerRalph Appelbaum: De onde viemos? Quem somos? Onde estamos? Para onde vamos? Como queremos conviver nos próximos 50 anos?
Para começar...
Na entrada, uma esfera mostra sinais vitais do planeta, onde é possível ver informações como correntes marítimas, formação de furacões ou o movimento de um tsunami.É lá também que você vai encontrar a Iris: um sistema, desenvolvido pela 32 Bits, controlado por um cartão personalizado com o qual você pode mapear a sua visita para que ela te direcione na próxima. Afinal, o conteúdo do museu não será esgotado em uma única visita: são mais de 50 experiências diferentes em cada uma das cinco principais áreas da exposição permanente e o conteúdo, que poderá ser aprofundado de acordo com o interesse do visitante, foi elaborado por 30 consultores de diversas áreas (incluindo Paulo Mendes da Rocha).
Este mesmo espaço abriga os Laboratório das Atividades do Amanhã que vão durar quatro meses. Os primeiros convidados? Um tour das baratas idealizado pelo grupo dinamarquês Superflex: você poderá usar uma fantasia de barata e ver o mundo sob a perspectiva destes insetos que antecederam o Homo sapiens. Sucesso certo. “Sob o ponto de vista das baratas, os homens são muito engraçados. Eles lhes dão abrigo e comida e têm medo de morrer. Elas já sobreviveram até a bombas nucleares”, conta Bjørnstjerne Christiansen, um dos fundadores do grupo, para uma reportagem no Estado de São Paulo. Aliás... Boatos correm por aí: a forma do museu é uma grande homenagem às baratas.
A visita começa pelo Cosmos: uma imersão coletiva uma história que vai desde partículas microscópicas até as galáxias mais distantes.
A O2 desenvolveu um filme que é projetado em 360 graus
De onde viemos? Cosmos.
Uma grande esfera abriga um filme da O2 com a história dos cosmos até agora. A projeção em 360 graus e vai proporcionar uma imersão coletiva. A viagem? Vai desde as partículas microscópicas até as galáxias mais distantes.
De onde viemos? Cosmos.
Uma grande esfera abriga um filme da O2 com a história dos cosmos até agora. A projeção em 360 graus e vai proporcionar uma imersão coletiva. A viagem? Vai desde as partículas microscópicas até as galáxias mais distantes.
A área que representa a Terra é compostar por três cubos que questionam nosso planeta como matéria, vida e pensamento
A obra de Daniel Wurtzel representa os fluíres do nosso planeta: movimento das placas tectônicas, das marés, dos ventos e da luz
Quem somos? Terra.
Esta área tenta mostrar as condições de nossa existência: matéria, vida e pensamento – a seção é, portanto, dividida em três cubos. No primeiro, vamos encontrar o nosso planeta como um sistema dinâmico. Do lado de fora, fotos lindíssimas de vistas da Terra (a maioria feita pela NASA). Do lado de dentro, a expressão dos fluíres do nosso planeta: movimento das placas tectônicas, das marés, dos ventos e da luz. Aqui, você vai encontrar uma das poucas obras de arte do museu: o tecido dançante, idealizado por Daniel Wurtzel, hipnotiza qualquer um!
O próximo cubo é dedicado ao conhecimento do DNA, que cria uma nova forma de identidade ( e de viver). Do lado de fora você verá as bases que formam o DNA e frases como “Vida é inovação e repetição”. Dentro, uma série de imagens – feitas por Christian Dimitrius – de ecossistemas em círculos compõe um ambiente extremamente lúdico. Aqui, um dos inúmeros jogos do museu: o público poderá simular os ecossistemas do planeta a partir da preservação ou extinção de diferentes espécies de animais. Entendemos, assim, a importância de cada ser vivo!
No terceiro e último cubo, o cérebro humano (visto como base para perceber o mundo, pois coordenam nossos sentimentos, compreensão e ações) e as diferentes culturas representadas por diferentes fotos de “tribos” do mundo inteiro dispostas em totens.
A obra de Daniel Wurtzel representa os fluíres do nosso planeta: movimento das placas tectônicas, das marés, dos ventos e da luz
Quem somos? Terra.
Esta área tenta mostrar as condições de nossa existência: matéria, vida e pensamento – a seção é, portanto, dividida em três cubos. No primeiro, vamos encontrar o nosso planeta como um sistema dinâmico. Do lado de fora, fotos lindíssimas de vistas da Terra (a maioria feita pela NASA). Do lado de dentro, a expressão dos fluíres do nosso planeta: movimento das placas tectônicas, das marés, dos ventos e da luz. Aqui, você vai encontrar uma das poucas obras de arte do museu: o tecido dançante, idealizado por Daniel Wurtzel, hipnotiza qualquer um!
O próximo cubo é dedicado ao conhecimento do DNA, que cria uma nova forma de identidade ( e de viver). Do lado de fora você verá as bases que formam o DNA e frases como “Vida é inovação e repetição”. Dentro, uma série de imagens – feitas por Christian Dimitrius – de ecossistemas em círculos compõe um ambiente extremamente lúdico. Aqui, um dos inúmeros jogos do museu: o público poderá simular os ecossistemas do planeta a partir da preservação ou extinção de diferentes espécies de animais. Entendemos, assim, a importância de cada ser vivo!
No terceiro e último cubo, o cérebro humano (visto como base para perceber o mundo, pois coordenam nossos sentimentos, compreensão e ações) e as diferentes culturas representadas por diferentes fotos de “tribos” do mundo inteiro dispostas em totens.
No Antropoceno entendemos como as ações do homem podem alterar o clima, degradar biomas e interferir em ecossistemas
O filme feito pela Conspiração Filmes é apresentado em totens de 10 metros de altura
É o momento mais tenso da exposição permanente do museu: o impacto da ação humana sobre o planeta é preocupante.
Onde estamos? Antropoceno.
O objetivo maior aqui é expor que estamos na era do Antropoceno, termo usado por alguns cientistas para descrever o período mais recente na história do Planeta Terra, quando o homem se tornou força planetária capaz de alterar o clima, degradar biomas e interferir em ecossistemas.
Este é o momento mais impressionante do museu: um vídeo feito pela Conspiração Filmes mostra o impacto da ação humana sobre o planeta. Para a experiência ficar ainda mais dramática, ele é reproduzido em totens de 10 metros de altura que “engolem” o visitante.
Onde estamos? Antropoceno.
O objetivo maior aqui é expor que estamos na era do Antropoceno, termo usado por alguns cientistas para descrever o período mais recente na história do Planeta Terra, quando o homem se tornou força planetária capaz de alterar o clima, degradar biomas e interferir em ecossistemas.
Este é o momento mais impressionante do museu: um vídeo feito pela Conspiração Filmes mostra o impacto da ação humana sobre o planeta. Para a experiência ficar ainda mais dramática, ele é reproduzido em totens de 10 metros de altura que “engolem” o visitante.
Os possiveis amanhãs são organizados como um origami arquitetônico
Nesta área do museu, o visitante poderá jogar com dados para entender os possíveis amanhãs de acordo com as atitudes do agora
Nesta área do museu, o visitante poderá jogar com dados para entender os possíveis amanhãs de acordo com as atitudes do agora
O público irá responder perguntas como "Você embarcaria para uma viagem até Marte sem bilhete de volta?” para que o museu consiga moldar o seu perfil
Para onde vamos? Amanhãs.
Físico e doutor em Cosmologia, Luiz Alberto contou, em palestra feita no Casa Vogue Experience, que ele detectou seis grandes tendências para o amanhã: mudanças climáticas; alteração da biodiversidade; crescimento da população e da longevidade; expansão do conhecimento; integração e diferenciação; aumento dos artefatos. E é isso que você vai entender e vivenciar nesta parte da exposição.
Depois de entender que o planeta está reagindo às ações do homem sob uma perspectiva macro (pense nos grandes desastres ambientais), o público tem a chance de perceber que cada uma de nossas pequenas ações refletem no futuro. Portanto, esta parte do museu lembra um origami, pois os possíveis amanhãs podem ser moldados pelas as ações do agora.
No amanhã da sociedade, você poderá medir o seu próprio impacto ao jogar o Footprint, também desenvolvido pela 32 Bits – o termo que nomeia o jogo é usado desde a década de 70 cuja finalidade é medir as necessidades da humanidade por recursos naturais, incluindo uso de terra, biodiversidade, água e ar. Para o amanhã do planeta, a turma da SuperUberdesenvolveu o Jogo da Civilização. Nele, você irá controlar os recursos da Terra – não é fácil mantê-la viva!
Já nos possíveis amanhãs do homem, encontramos o terceiro e último jogo da seção. O Jogo do Humano, feito por Marcelo Tas, apresenta avatares de personagens divertidos que mostram a sua personalidade. Luiz Alberto brinca: “Quando joguei apareceu um cientista confuso”.
Para o momento de reflexão, uma Oca modular
Como queremos conviver nos próximos 50 anos? Convivência e sustentabilidade.
Depois de um verdadeiro bombardeio de informações, um momento de introspecção. É hora de retornar às nossas origens e refletir sobre os valores e sentimentos para a construção do amanhã que queremos. Onde? Em uma oca moderna. No centro, uma churinga, único objeto físico do museu. Criada pelos aborígenes australianos, ela é um exemplo de um dos mais antigos artefatos humanos e representa os conhecimentos que adquirimos e passamos adiante. É um elo de conexão entre as gerações passadas e futuras e simboliza o espírito coletivo, o senso de pertencimento a um grupo e seu propósito de seguir adiante.
Um retorno ao presente...
Ao sair da exposição permanente, descemos as escadas e damos de cada com quem? A Baia de Guanabara e uma belíssima escultura de Frank Stella no meio do espelho d´água. O jardim é assinado pelo Burle Marx Escritório de Paisagismo e o restaurante será comandado pela chef Flavia Quaresma e decorado por Bel Lobo.
O museu abrigará, também, mostras temporárias. Para a inauguração, nada mais pertinente do que falar sobre a implosão da Perimetral. O cineasta Andrucha Waddington e o artista plástico Vik Muniz prepararam, assim, uma vídeoinstalação que leva o visitante para dentro da implosão. Promete bombar... Literalmente.
Para onde vamos? Amanhãs.
Físico e doutor em Cosmologia, Luiz Alberto contou, em palestra feita no Casa Vogue Experience, que ele detectou seis grandes tendências para o amanhã: mudanças climáticas; alteração da biodiversidade; crescimento da população e da longevidade; expansão do conhecimento; integração e diferenciação; aumento dos artefatos. E é isso que você vai entender e vivenciar nesta parte da exposição.
Depois de entender que o planeta está reagindo às ações do homem sob uma perspectiva macro (pense nos grandes desastres ambientais), o público tem a chance de perceber que cada uma de nossas pequenas ações refletem no futuro. Portanto, esta parte do museu lembra um origami, pois os possíveis amanhãs podem ser moldados pelas as ações do agora.
No amanhã da sociedade, você poderá medir o seu próprio impacto ao jogar o Footprint, também desenvolvido pela 32 Bits – o termo que nomeia o jogo é usado desde a década de 70 cuja finalidade é medir as necessidades da humanidade por recursos naturais, incluindo uso de terra, biodiversidade, água e ar. Para o amanhã do planeta, a turma da SuperUberdesenvolveu o Jogo da Civilização. Nele, você irá controlar os recursos da Terra – não é fácil mantê-la viva!
Já nos possíveis amanhãs do homem, encontramos o terceiro e último jogo da seção. O Jogo do Humano, feito por Marcelo Tas, apresenta avatares de personagens divertidos que mostram a sua personalidade. Luiz Alberto brinca: “Quando joguei apareceu um cientista confuso”.
Para o momento de reflexão, uma Oca modular
Como queremos conviver nos próximos 50 anos? Convivência e sustentabilidade.
Depois de um verdadeiro bombardeio de informações, um momento de introspecção. É hora de retornar às nossas origens e refletir sobre os valores e sentimentos para a construção do amanhã que queremos. Onde? Em uma oca moderna. No centro, uma churinga, único objeto físico do museu. Criada pelos aborígenes australianos, ela é um exemplo de um dos mais antigos artefatos humanos e representa os conhecimentos que adquirimos e passamos adiante. É um elo de conexão entre as gerações passadas e futuras e simboliza o espírito coletivo, o senso de pertencimento a um grupo e seu propósito de seguir adiante.
Um retorno ao presente...
Ao sair da exposição permanente, descemos as escadas e damos de cada com quem? A Baia de Guanabara e uma belíssima escultura de Frank Stella no meio do espelho d´água. O jardim é assinado pelo Burle Marx Escritório de Paisagismo e o restaurante será comandado pela chef Flavia Quaresma e decorado por Bel Lobo.
O museu abrigará, também, mostras temporárias. Para a inauguração, nada mais pertinente do que falar sobre a implosão da Perimetral. O cineasta Andrucha Waddington e o artista plástico Vik Muniz prepararam, assim, uma vídeoinstalação que leva o visitante para dentro da implosão. Promete bombar... Literalmente.
Na entrada do museu, uma esfera mostra sinais vitais do planeta, onde é possível ver informações como correntes marítimas, formação de furacões ou o movimento de um tsunami.
O auditório do museu
Dizem que os museus são as novas catedrais e a iluminação do Museu do Amanhã reafirma esta crença
Belo desenho do edificio de Calatrava
Dizem que os museus são as novas catedrais e a iluminação do Museu do Amanhã reafirma esta crença
Belo desenho do edificio de Calatrava
No final de visita, a Baia de Guanabara e uma belíssima escultura de Frank Stella no meio do espelho d´água que será rodeado por um jardim assinado pelo Burle Marx Escritório de Paisagismo .
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