Sou composta por urgências: minhas alegrias são intensas, minhas tristezas, absolutas;
me entupo de ausências, me esvazio de excessos.
Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos.
Eu caminho, desequilibrada, em cima de uma linha tênue entre a lucidez e a loucura. De ter amigos eu gosto porque preciso de ajuda pra sentir, embora quem se relacione comigo saiba que é por conta-própria e auto-risco. O que tenho de mais obscuro, é o que me ilumina. E a minha lucidez é que é perigosa (como dizia Clarice Lispector). Se eu pudesse me resumir, diria que sou irremediável!
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