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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Adriana Varejão


O Chinês (2005) Óleo sobre tela 280x390 cm.




Azul Branca em Carne Viva (2002) Óleo em tela, poliuretano em acrílico 270x200x40 cm. Foto Vicente Melo. Fundação Cartier, Paris.







Varal (1993) Óleo sobre tela 165x195.





Galeria Adriana Varejão, Inhotim.




                                      Adriana Varejão Foto: Janete Longo. Agência Estado.

Biografia
Adriana Varejão (Rio de Janeiro RJ 1964). Pintora. Freqüenta cursos livres na Escola de Artes Visuais do Parque Lage - EAV/Parque Lage, no Rio de Janeiro, entre 1981 e 1985. Faz sua primeira exposição individual em 1988, na Galeria Thomas Cohn, no Rio de Janeiro. Em sua produção, evoca repertório de imagens associadas à história do período colonial brasileiro, como azulejos e mapas. Em obras que se situam entre a pintura e o relevo, emprega freqüentemente cortes e suturas em telas e outros suportes que permitem entrever materiais internos que imitam o aspecto de carne. A artista evoca também o barroco, associando pintura, escultura e arquitetura em seus trabalhos.

Comentário crítico
No fim da década de 1980, Adriana Varejão produz telas com espessas camadas de tinta, tendo como parâmetro as igrejas barrocas brasileiras e sua azulejaria, como em Altar I, 1987. Posteriormente, passa a apropriar-se de imagens da história do Brasil, retomando representações etnográficas de indígenas e negros, como, por exemplo, as ilustrações do livro Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, de Debret (1768 - 1848), para comentar o processo de miscigenação no país e a violência do processo de colonização. A artista percorre, assim, o repertório de imagens relacionadas ao Período Colonial brasileiro: os azulejos, os mapas e os registros dos viajantes.

Em outras obras, utiliza cacos de louça e pratos da Companhia das Índias, que são moldados e pintados pela artista, como em Linha do Equinócio II, 1997. Adriana Varejão faz também incisões e suturas em suas telas, como ocorre em Filho Bastardo II, 1997 ou em Parede com Incisões a la Fontana, 2000, nas quais, por meio dos cortes, deixa entrever uma matéria interna, que tem a aparência de carne. Também reproduz em seus quadros fragmentos anatômicos, fazendo referências a esquartejamentos e canibalismo, em obras de grande densidade simbólica.

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