Todos têm algo guardado a dizer. Uma ideia. Um conselho. Uma declaração. Uma raiva.Enfim... Quando nada mais cabe dentro de si, é hora de externar. Há quem use meios tradicionais para isso. Tem gente que escreve livros. Tem gente que usa a internet. Tem gente que usa telas. E tem gente que faz dos muros e das superfícies urbanas seu meio de comunicação e expressão.
“Já amou hoje?” Quem nunca andou por aí e se deparou com uma indagação simples rabiscada num canto qualquer da cidade? Algo que não foi necessariamente escrito para você, mas de repente soa tão particular ou universal.
Alguém escreve na cadeira do ônibus “Te amo Tereza!" E todas as Terezas que sentarem por ali se sentirão amadas... As Joanas imaginarão como é ser amada igual a Tereza e ninguém passará imune diante da frase...
E essa é a essência do Projeto “As ruas Falam”, idealizado pelas criadoras da página no Facebook Inspiration Page. Observar essas mensagens que se espalham por aí e fotografar. No Pinterest o projeto tem o painel “As ruas falam”. No Instagram a hashtag #asruasfalam e tem também um álbum no Facebook. É interessante ver essa coleção de imagens tanto pela diversidade de mensagens quanto pela criatividade.
Esses registros encontrados em postes, calçadas, muros, orelhões, geralmente são feitos por pessoas anônimas ou grupos de intervenção urbana. Muitas vezes são feitos de maneira simples, usando apenas um canetão atômico preto e letra cursiva. Outros são impressões em papel. E tem os que são feitos usando as técnicas de street art como estêncil e algumas frases são ilustradas com desenhos em traços mais rebuscados.
Esse tipo de manifestação divide opiniões. As autoridades recriminam essas ações e as classificam como depredações que estragam a cidade e geram custos para as prefeituras.
Alguns artistas preferem não chamar de arte. Mas tem também os defensores e adeptos dessas intervenções que as consideram importante forma de expressão.
“Todo piso será palco. Toda parede, mural. E a cidade inteira POESIA.”
Fonte: Obvious.
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