A vida do jogador de futebol Heleno de Freitas possui elementos necessários para uma boa trama: glória, mulheres, dinheiro, vícios e tragédias. Utilizando-se deles, José Henrique Fonseca dirigiu seu mais novo longa,Heleno.
No filme, o genial e problemático ídolo tem seus escândalos e glórias muito explorados, o que garante o tom bastante dramático em certos momentos. Já no início da produção, manchetes de jornais expõem a fama do primeiro “jogador problema” dentro e fora dos campos, o que reitera seu dom para o futebol, mas também para o autoboicote.
Rodrigo Santoro encarga o jogador de futebol Helene de Freitas, no longa 'Heleno'
Profissionalmente, Heleno é uma figura ambígua ao se mostrar talentoso e extremamente determinado - chegando a, no fim de sua carreira, insistir em jogar bastante debilitado -, porém convencido a ponto de achar um suplício pedir desculpas e polêmico o suficiente para apontar uma arma para o então técnico do Vasco, Flávio Costa.
Não menos intensa, sua vida pessoal é acompanhada de muita bebida, cigarros duplos e de um conturbado, e nada discreto, triângulo amoroso com Silvia (Alinne Moraes) e a cantora Diamantina (Angie Cepeda), rendendo belas cenas e o "quê" novelístico do filme. Mesmo em meio a esse turbilhão dramático que por vezes enfraquece o filme, a força do ídolo alvinegro é perfeitamente resgatada e marcada em nossa época através da impactante atuação de Rodrigo Santoro.
Intensamente amado e odiado, Heleno é retratado fielmente e não decepciona.
Cotação: ** (Bom)
Fonte: Jornal do Brasil
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