"O que um “x” não faz de diferença! Estava eu lendo meu livro, quando esbarrei na palavra “extático”. Parece até erro de grafia. O “x”dá uma pista, remete a êxtase. Era isso mesmo. Existe e é, segundo o Wiktionário, “aquele que está em êxtase, provocado por êxtase, boquiaberto, maravilhado, pasmado”. O bonito é que se contrapõe ao simples estático, que os dicionários encaminham para o “equilíbrio estático” da Física Newtoniana. Usamos estático para representar o imobilismo. Mas não é a petrificação hipnotizante do extático, provocada por alguma maravilha com que nos deparamos. O estático é a quietude modesta, inoperante, inativa. As religiões adoram o extático. Apontam os deuses como o motivo da pasmeirice atingida. Pegam pesado: – O Espírito do extático penetra realmente em mundos superiores” afirma o site de alguma seita das tantas que há. Já o estático é o que não vai a lugar nenhum e não reage a nada. Não tem superstição, charme ou mistério em sua paralisia. Entretanto, o despojamento da imagem da paralisia estática é também bela figura de linguagem. Podemos usá-la".
Fonte:Polemikos
Depois de todo este conhecimento adquirido, posso construir a frase elegante que encerra o post:
“Van Gogh me petrificou, me deixou estática, mais que isso, deixou-me extática.”
Resposta: Sim, Van Gogh utilizava pinceladas extáticas.
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