Movimentos sociais, a CUT e a UNE convocaram os protestos em todas as capitais federais nesta tarde. Os 26 Estados e o Distrito Federal tiveram protestos nesta sexta-feira com gritos de "Não vai ter golpe" e faixas "Em defesa da democracia".
O ato em São Paulo foi o maior entre as capitais - reuniu, segundo o Datafolha, 95 mil pessoas -, sobretudo por conta da presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em discurso por volta de 19h30, em carro de som na av. Paulista, Lula disse que será ministro "no governo para fazer a coisa que tem que fazer" e que o restante do mandato de Dilma "é tempo suficiente para a gente virar esse país".Gilmar Mendes, do STF, suspendeu posse de Lula como ministro na noite desta sexta
"Eu entrei para ajudar a Dilma, porque acho que precisamos restabelecer a paz e provar que esse país é maior que qualquer crise do planeta Terra e vai sobreviver. Esse país tem o povo mais extraordinário. Recuperar a alegria e a autoestima do povo brasileiro."
À noite, porém, o ministro do STF Gilmar Mendes suspendeu a posse de Lula como ministro-chefe da Casa Civil, atendendo a um pedido de liminar do PPS.
Na mesma decisão, Mendes decidiu que os processos que envolvem Lula na operação Lava Jato ficarão sob a vara do juiz Sergio Moro.
A decisão final deve ser tomada no plenário do Supremo caso haja recurso, o que é provável.
O fato de Lula ter sido nomeado ministro-chefe da Casa Civil do governo Dilma foi apontado por críticos como uma forma de o ex-presidente ganhar foro privilegiado e escapar da alçada de Moro, que julga casos da operação Lava Jato.Telão mostra discurso de Lula na Paulista, na noite desta sexta
No discurso desta sexta, Lula comparou a polarização atual a uma briga de torcidas de futebol e afirmou que "democracia é a convivência com a diversidade" e e que "eles (em referência a opositores) não aceitaram o resultado das urnas".
"Tem gente que não aprendeu que a democracia é a única possibilidade de o povo participar do governo".
BBC
Nenhum comentário:
Postar um comentário