crie suas próprias raízes. Mas crie mesmo, dessas profundas que se espalham e emaranham por quaisquer vincos desavisados e minimamente vazios. Crie raízes fortes, vigorosas e sólidas, porém não censure aquelas fininhas e atrevidas que se permitem arriscar onde não foram convidadas, explorando novos espaços e opções, lançando olhares diferentes.
Crie raízes abusadas, transgressoras, subversivas, que cresçam para dentro do corpo e do espírito, revigorando cada passo rumo à autodescoberta. Antes mesmo de terem asas, os pássaros que alçam longos voos possuem raízes, sobretudo em si mesmos.
Não se deixe convencer de que, ao primeiro vento, elas vão sucumbir. Pague para ver de vez em quando. Copérnico, Einstein, Da Vinci e tantos outros só estiveram errados até descobrirem que eles estavam certos. Tudo o que é novo assusta, principalmente quando se decide olhar para dentro. Em tempos de pessoas líquidas e ideias gasosas, fácil mesmo é deitar-se em berço esplêndido e assistir, de um camarote seguro, aos tropeços daqueles que ousam se espalhar pelos recôncavos do inexplorado. Difícil é estar no palco e enfrentar o doce-amargo da lealdade a si.
Lealdade. Grandes almas sabem bem o que é isso: lealdade a convicções, intuição, afetos reais e mar interior de inconsciência, o qual, embora sem voz, grita constantemente para que o consciente atenda a ele. Ser desleal à própria voz é ferir profundamente antes de tudo a si, porque ninguém servirá de sua alma ao outro se antes não houver servido ao seu íntimo.
Vá com vigor, mas não deixe de ser tolerante com quem simplesmente não lhe acompanha o ritmo. Tenha paciência com aqueles que teimam em criar correntes em vez de raízes e que colhem cadeados enferrujados em vez de flores frescas. É preciso despir-se dos próprios prejulgamentos para entender como é a lida do outro. Lutando contra as próprias projeções, talvez seja possível percebê-lo em suas qualidades e falhas particulares, sem que se mostre distorcido por nossos anseios particulares. “É necessário sair da ilha para ver a ilha”. No final das contas, apesar da convivência entre iguais, o nado entre dúvidas e descobertas é uma travessia solitária que merece respeito, tolerância e sobretudo compaixão.
Nade muito, sempre e adiante. Que a travessia seja conturbada, como toda autodescoberta, mas que a calmaria aguarde naquele ponto distante que — ironias… — esteve durante todo o tempo dentro de seu eu.
Crie raízes abusadas, transgressoras, subversivas, que cresçam para dentro do corpo e do espírito, revigorando cada passo rumo à autodescoberta. Antes mesmo de terem asas, os pássaros que alçam longos voos possuem raízes, sobretudo em si mesmos.
Não se deixe convencer de que, ao primeiro vento, elas vão sucumbir. Pague para ver de vez em quando. Copérnico, Einstein, Da Vinci e tantos outros só estiveram errados até descobrirem que eles estavam certos. Tudo o que é novo assusta, principalmente quando se decide olhar para dentro. Em tempos de pessoas líquidas e ideias gasosas, fácil mesmo é deitar-se em berço esplêndido e assistir, de um camarote seguro, aos tropeços daqueles que ousam se espalhar pelos recôncavos do inexplorado. Difícil é estar no palco e enfrentar o doce-amargo da lealdade a si.
Lealdade. Grandes almas sabem bem o que é isso: lealdade a convicções, intuição, afetos reais e mar interior de inconsciência, o qual, embora sem voz, grita constantemente para que o consciente atenda a ele. Ser desleal à própria voz é ferir profundamente antes de tudo a si, porque ninguém servirá de sua alma ao outro se antes não houver servido ao seu íntimo.
Vá com vigor, mas não deixe de ser tolerante com quem simplesmente não lhe acompanha o ritmo. Tenha paciência com aqueles que teimam em criar correntes em vez de raízes e que colhem cadeados enferrujados em vez de flores frescas. É preciso despir-se dos próprios prejulgamentos para entender como é a lida do outro. Lutando contra as próprias projeções, talvez seja possível percebê-lo em suas qualidades e falhas particulares, sem que se mostre distorcido por nossos anseios particulares. “É necessário sair da ilha para ver a ilha”. No final das contas, apesar da convivência entre iguais, o nado entre dúvidas e descobertas é uma travessia solitária que merece respeito, tolerância e sobretudo compaixão.
Nade muito, sempre e adiante. Que a travessia seja conturbada, como toda autodescoberta, mas que a calmaria aguarde naquele ponto distante que — ironias… — esteve durante todo o tempo dentro de seu eu.
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