Um lugar chamado Sertão. Que lugar tão belo, místico e violento é esse? Palco de belezas naturais e manchado de sangue. Um lugar que se encontra "Nar Brenha" do Nordeste Brasileiro, citado por diversos escritores da língua portuguesa, entre eles Euclides da Cunha no seu livro Os Sertões. Ser-tão assim Sertão.
Um lugar permeado pelos contrastes, território quase mítico da sociedade brasileira, sendo caracterizado como um semi-deserto com condições bioclimáticas adversas e que mesmo assim abriga centenas de comunidades, este é o Sertão. O Sertão brasileiro é umas das quatro sub-regiões do Nordeste do Brasil, nascido pelo processo de interiorização dos colonizadores portugueses entre os séculos XVI e XVII, através do desenvolvimento da pecuária e do comércio nesta região. O nome “Sertão” tem origem no apelido que os desbravadores colocavam – “Desertão”- e que terminou reduzindo-se a sua designação atual.
Arraial de Canudos, Os Sertões expõe antes de tudo, o incômodo gerado pelo ambiente no escritor, onde seu olhar se encontrava dividido entre servir como jornalista informativo ou dar vazão a seus conceitos e princípios humanitários frente ao problema social visivelmente exposto, descrevendo a terra, o homem e a luta do grupo de resistência contra o exército. Os sertanejos resistiram bravamente a três expedições lideradas por diferentes comandantes do exército e da polícia local, mas na quarta expedição que se iniciou em abril de 1897 até outubro do mesmo ano, os sertanejos não mais conseguiram sair vitoriosos frente a inúmeras tropas fortemente armadas.
Imagem do livro "Sertão sem Fim", de Araquém Alcântara O líder político e espiritual, Antônio Conselheiro, foi morto e teve sua cabeça decepada. Os militantes que não foram mortos em confronto foram mortos por degolamento, e o Arraial de Canudos foi inteiramente queimado pelas tropas. Aproximadamente foram 25 mil moradores de Canudos que foram dizimados, manchando de sangue novamente o chão do nordeste brasileiro. A brutalidade presente na leitura deste momento histórico é tão marcante para ilustrar a criação da fantasia que permeia o espaço nordestino, quanto à frase dita pelo personagem Riobaldo no livro Grande Sertão: Veredas (1956) de Guimarães Rosa, que é: “Sertão é isto: o senhor empurra para trás, mas de repente ele volta a rodear o senhor dos lados. Sertão é quando menos se espera”.
Missa do Vaqueiro de Serrita, no Sertão de Pernambuco
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