Por Sérgio Nogueira
Os sete pecados mortais da crase
Do meu eterno mestre Édison de Oliveira, em Todo mundo tem dúvida, inclusive você.
É impossível haver crase:
1º) antes de palavra masculina: “Ele está no Rio a serviço”;
2º) antes de artigo indefinido: “Chegamos a uma boa conclusão”;
3º) antes de verbo: “Fomos obrigados a trabalhar”;
4º) antes de expressão de tratamento: “Trouxe uma mensagem a Vossa Majestade”;
5º) antes de pronomes pessoais, indefinidos e demonstrativos: “Nada revelarei a ela, a qualquer pessoa ou a esta pessoa”;
6º) quando o “a” está no singular, e a palavra seguinte está no plural: “Referimo-nos a moças bonitas”;
7º) quando, antes do “a”, existir preposição: “Compareceram perante a Justiça”.
Estamos “a sua disposição” ou “à sua disposição”?
É um caso facultativo. Antes dos pronomes possessivos (minha, tua, sua nossa…), o uso dos artigos definidos é facultativo: “Este é o meu carro” ou “Este é meu carro”; “Aquela é a minha sala” ou “Aquela é minha sala”.
Assim sendo, quando houver a preposição “a” antes de um pronome possessivo feminino singular, restará a dúvida cruel: existe ou não o artigo feminino singular “a” e, consequentemente, a crase? Como o uso do artigo antes do pronome possessivo é facultativo, o uso do acento da crase também o será: “Estamos à sua disposição” ou “Estamos a sua disposição”.
Podemos comprovar tudo isso comparando com a forma masculina: “Estamos ao (= preposição “a” + artigo masculino “o”) seu dispor” ou “Estamos a (= só preposição) seu dispor”.
Um comentário:
aprendi sobre crase.
Postar um comentário