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domingo, 27 de maio de 2012

Os 50 anos da fita cassete


Quem nunca teve uma? Quem nunca desejou tanto um Walkman? Passear de bicicleta escutando suas músicas favoritas. O que hoje em dia é feito com ajuda de celulares, MP4 e Ipods. Walkman é uma criação da Sony, foi criado em 1979 no Japão, e carregava o nome de Soundabout. E a criação é carregada por um detalhe um tanto interessante, onde o criador que era coordenador de áudio da Sony inventou o aparelho para ajudar um dos sócios da empresa, que queria escutar ópera durante a longa e estressante jornada de trabalho. Assim nasceu o Walkman.
Já a fita cassete, apelidada de K7, nasceu em 1962. Criada pela empresa holandesa Phillips. Com elas, você poderia levá-las para qualquer lugar e gravar o que quiser. O que não era possível com o outro formato que existia chamado LP. Porém, com a chegada dos CD’s, o mercado dos cassetes começou a cair. O espaço na prateleira foi se extinguindo.
Mesmo depois de 50 anos, ainda é possível encontrá-las nas prateleiras, mesmo que seja em um número extremamente reduzido. Diferente do Walkman, que a Sony já anunciou aposentadoria. Muito já foi anunciado que as fitas cassete também se aposentariam, mas não passam de especulações, pois a Cinquentona resiste firme e forte, mesmo com um mundo extremamente digitalizado.
Na era dos players digitais, a fita cassete ainda sobrevive, particularmente aqui no Brasil, devido a alguns selos que ainda se utilizam do formato. Exemplo do selo mineiro Pug Records. Um trio universitário de Juiz de Fora criou um selo dedicado apenas às fitas cassete. Um jeito barato de ajudar bandas independentes, divulgando a colecionadores que são tantos espalhados mundo a fora.
Obra de Erika Simmons
Existem aqueles que utilizam as fitas, não para escutar música, mas sim para fazer arte como é o caso de Erika Simmons. Autora de obras de extrema qualidade e perfeição. Usando o material que muitos já jogaram no lixo e hoje já não vê tanta importância quando passa e nem percebe nas prateleiras de lojas de música.
Há aquelas bandas que não têm medo de ousar. É o caso da banda americana de rock alternativo, Dinossaur Jr. Para muitos a idéia da banda pareceu loucura, onde eles relançaram três álbuns em formato de Fita Cassete, com apenas 500 tiragens. Aos colecionadores, foi um prato cheio. Assim aconteceu com o Los Hermanos em 1999, que para lançar a banda no mercado, tiveram que gravar suas músicas em fitas, onde eles vendiam para que pudessem comprar mais.
Devido à fraca economia no Zimbábue, boa parte da população ainda vive o formato de fitas cassete. Assim, segundo estatísticas, em 2011 foram vendidas 22mil fitas pelo mundo. Diferente da década de 90 que foram vendidas 442 milhões de unidades. Assim sobrevivem as Fitas Cassete, até quando não sabemos, mas quando nos deparamos com ela, bate aquela saudade de tempos bons que se foram e não voltaram mais.

Fonte: http://www.amanhaoudepois.com/2012/04/os-50-anos-da-fita-cassete.html

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