Um breve pairar sobre a história de Elsa Schiparelli, mostrando o surrealismo aplicado além das seis artes.
Quando falamos em surrealismo, logo, chapéus-coco e bigodes afiados nos invadem a mente como ícones de um universo de sonhos, pouco mais e as imagens se mesclam, maçãs, elefantes, mulheres violinos, aranhas e relógios constroem-se de forma abstrata em nosso inconsciente que reconhece nomes como Dalí, Magritte, Man Ray, Bruñel, Giacometti, Breton e Miró. Um universo onírico desbravado a versos e pinceladas.
Inspirados na psicanálise de Freud e regidos pelo inconsciênte, os surrealistas penetravam em todos os campos das artes, brincando com cores, formas, filmes e fotos. Porem, o que muitos desconhecem, é que esta libertadade das exigências da lógica e da razão também infectaram o universo da moda. Distante de uma pacata Paris que ainda não abrigava uma boêmia artística, em Roma, para ser mais exato, nascia Elsa Sciaparelli, a mulher que inventou o rosa-choque.
Inspirados na psicanálise de Freud e regidos pelo inconsciênte, os surrealistas penetravam em todos os campos das artes, brincando com cores, formas, filmes e fotos. Porem, o que muitos desconhecem, é que esta libertadade das exigências da lógica e da razão também infectaram o universo da moda. Distante de uma pacata Paris que ainda não abrigava uma boêmia artística, em Roma, para ser mais exato, nascia Elsa Sciaparelli, a mulher que inventou o rosa-choque.
Nascida no luxo, filha de um decano da Universidade de Roma e sobrinha do astronomo Giovanni Schiaparelli, Elsa fora mulher estudada, aprendeu artes plásticas, de pintura a escultura; extraiu dos céus o que pode com tio; e cursou filosofia na faculdade de Roma, local onde aventurou-se pela literatura e gerou frutos que lhe comprariam uma comprida estadia no convento; um pequeno livro de poesias eróticas que chocara sua conservadora família.
Após uma greve de fome que a fez deixar o convento, mudou-se aos 22 anos a Londres e casou-se com um conferencista teosofista, um casamento que durou pouco durou, deveras. De lá fora para Boston, de Boston a Nova Iorque, até que chegou em uma efervescente Paris nos anos 20, onde, oito anos depois abriria a loja Pour le Sport.
"New and new ideas appeared in the works and the art of Elsa Schiaparelli just like a volcano. What inspired her? This was mostly her philosophical and intellectual attitude or if otherwise said that was her authentic aesthetics of eccentricity. From the very beginning of her activity, the designer dressed people who were in the centre of the public interest and those were duchesses, actresses, dancers, among which Greta Garbo and Marlene Dietrich, the Princess of Windsor, Gloria Swanson, Norma Shearer and others. The conceptual approach of Schiaparelli resulted from her interest and love for literature and theatre, cinema and circus, from where she got ideas, inspiration and "energy resources" for her imagination"(Liubomir Stoykov - Fashion Lifestyle)
Envolvida com a arte moderna que eclodia, Elsa inovou o que chamava-se fazer moda, não só com seus modelos excêntricos, como chapéus em forma de sapatos e vestidos com costelas. Agora a arte envolvia-se na produção de suas vestimentas. Schiaparelli, grande amiga de Dalí, encomendava-lhe, assim como a Cocteau, estampas e confecção de acessórios para suas criações. Usou também estampas de jornais, aqui influênciada pelo cubismo de Pablo Picasso, além de apropriar-se de técticas e efeitos do teatro, circo e ballet.
Elsa foi a primeira que conquistou a alcunha de "moda e fantasia", utilizou-se de cores estranhas para época, inovou a utilização do tweed, originou o costume de nomear suas coleções, criou a mundialmente conhecida fragrância Shocking, lançou os broches fosforescentes e o tingimento de peles, instituiu a manga pagode, mas sobretudo, entre tantos feitos, criou o tom rosa-choque. Elsa Schiparelli transportou, com grande sucesso, o universo surrealista a um meio inesperado.
Morreu por fim em 1973, mas fez sua última coleção em 1954.
Postagem replicada d'A Saia da Dona Maricota
Leia mais: http://lounge.obviousmag.org/o_escafandrista/2012/05/os-surrealistas-inventaram-o-rosa-choque.html#ixzz1vumWjanY
Elsa foi a primeira que conquistou a alcunha de "moda e fantasia", utilizou-se de cores estranhas para época, inovou a utilização do tweed, originou o costume de nomear suas coleções, criou a mundialmente conhecida fragrância Shocking, lançou os broches fosforescentes e o tingimento de peles, instituiu a manga pagode, mas sobretudo, entre tantos feitos, criou o tom rosa-choque. Elsa Schiparelli transportou, com grande sucesso, o universo surrealista a um meio inesperado.
Morreu por fim em 1973, mas fez sua última coleção em 1954.
Postagem replicada d'A Saia da Dona Maricota
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