Gustave Courbet. Os Quebradores de Pedra. 1849. Tela que concretiza o realismo programático de Courbet.
O realismo é um movimento que começou em contraposição ao romantismo por volta de 1859, tendo como principal precursor o pintor Gustave Courbet. Courbet, estava cansado do que considerava fuga da realidade, a supervalorização do sentimento e imaginação. O hiperrealismo nada mais é do que a evolução do realismo em tempos modernos, é ir além da imagem. Um dos artistas contemporâneos que mais se destacam nesse estilo é o artista escocês especializado em ilustrações, Paul Cadden.
As obras de Cadden são do tipo que não exigem muitas palavras, ao primeiro olhar tudo que vemos é uma fotografia, mas logo que ficamos sabendo que é um desenho somos surpreendidos para logo em seguida partir em busca de algum elemento, alguma falha, um borrão, um traço que nos faça ver nitidamente a estrutura do desenho, que nos mostre que a imagem que vemos foi feita somente com papel e grafite. Olhamos detalhe por detalhe e acabamos por ficar com uma espécie de frustração, inquietação e admiração gigantesca pela riqueza de detalhes e a força de expressão em suas obras.
Como diz Courbet 'Não posso pintar um anjo, pois nunca vi nenhum'. Seguindo esse princípio, Cadden consegue tirar proveito da tecnologia da imagem retratando pessoas reais ao mesmo tempo que cria uma nova essência para sua obra. Em seu site ele diz que apesar de suas obras serem baseadas em fotografias, a ideia é ir além do que a fotografia propõe, seus desenhos são meticulosamente detalhados para criar a ilusão de uma nova realidade que não pode ser vista na imagem original.
Para a produção de cada obra ele leva de três a seis semanas, seus trabalhos estão em exposição junto com outros 16 artistas hiper-realistas na Plus One Gallery, em Londres. As obras estão sendo vendidas em média por 5 mil libras, o equivalente a aproximados 15 mil reais.
Leia mais: http://lounge.obviousmag.org/semiotizando/2012/04/o-hiperrealismo-de-paul-cadden.html#ixzz1r27MqFlq
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