Minha cidade querida
Cheia de encantos sem par,
Floresce em ti minha vida,
Meus belos sonhos, meu lar
Amo-te e sempre hei de amar
Tudo o que fala de ti.
Ouço a voz do teu rio
Murmurante no arrepio do vento a cantar!
Amo a suave carícia
Do teu sublime luar.
Tudo aqui fala de sonho
E a gente fica a sonhar.
Quero viver na delícia
Destes teus campos em flor.
Itaperuna, em ti ponho
Todo o meu sonho de amor.
Letra e música de Mª Catharina Pinto
Brasão de Itaperuna
Descrição
Escudo clássico partido. Na primeira faixa, de ouro, um monte de sable (negro) carregado de uma cruz latina de prata, orlado, no chefe e nos flancos de sete triângulos de blau (azul). Na segunda faixa, de goles, uma armadura de couro torcido, atravessada por duas flechas em aspa, tudo em ouro Partido de sinople (verde) com uma cabeça de boi de ouro e, em contra chefe, uma faixa de prata ondada de blau (azul). Como suportes, a destra (direita) um feixe de espigas de arroz de ouro e a sinestra (esquerda) um ramo de café frutado nas suas cores naturais. Abaixo do escudo, listel de prata com a inscrição - Itaperuna, de goles (vermelho) e as datas 1536 - 1589. Em cima do escudo, coroa mural de prata, com cinco forres, símbolo de cidade.
Explicação
É escudo clássico, sanítico ou francês, usado em heráldica no sentido de dar ideia de masculinidade: povo, país, chefe de Estado, cabeça de linhagem, chefe de família, conforme Gustavo Barroso, in introdução a Técnica de Museus, volume II, Rio, 1953.
Quanto aos metais e esmaltes empregados no escudo (ouro, prata, blau ,goles, sinople, e sable) são representativos dos valores históricos, culturais, ecológicos; além de riquezas do Município. O monte de sable (negro) evoca à própria denominação do Município que, segundo estudiosos da tupinologia, significa Pedra Preta denominação que bem lhe cabe devido ao gnaisse negro sobre o qual assenta a povoação, ou como tapir-una ou tapir negro, designação correspondente à Pedra Elefantina nos limites de Minas Gerais com o município, de lambadas polidas e negras fazendo lembrar o dorso de uma anta, conforme atesta Alberto Ribeiro Lamego, in O Homem e a Serra, Rio, 1950, p. 290. A cruz latina lembra as origens cristãs da antiga povoação. Os sete triângulos em blau que orlam o chefe e os flancos do monte representam cada um dos sete distritos itaperunenses (1- Aré; 2- Boa Ventura; 3- Comendador Venâncio; 4- Itajara; 5- Nossa Senhora da Penha; 6– Raposo e 7- Retiro do Muriaé).
A armadura de couro torcido em forma de gibão atravessado por duas flechas em aspas rememora a fase do desbravamento e ocupação do território, destacando o trabalho destemido do bandeirante e a presença dos índios Puris, os primitivos habitantes de Itaperuna. A cabeça de boi evoca a pecuária como uma das principais atividades econômicas do Município. A faixa de prata ondada da blau (azul) simboliza o rio Muriaé, que nasce no Estado de Minas Geras, e tem, no Município, alguns importantes afluentes e quedas d'água. O ramo do café e o feixe com espigas de arroz que aparecem como suportes de escudo evocam dois dentre os principais produtos agrícolas de importância para a economia de Itaperuna. A data 1536 rememora a época em que a região fazia parte da Sesmaria doada a Pedro Góis da Silveira e, 1889 lembra que no dia 4 de julho Itaperuna elegia a primeira câmara republicana da História do Brasil e que no dia 6 de dezembro daquele mesmo ano de 1889 era elevada à categoria de cidade, daí a coroa mural de prata com cinco torres.
Fonte: Memória Itaperunense.
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