Emoções são captadas e traduzidas por luzes
O Centro Aquático Nacional de Pequim, conhecido como Cubo D’Água, está completando cinco anos desde sua inauguração para os Jogos Olímpicos de 2008. Para celebrar a data, a artista Jennifer Wean Ma e a lighting designer Zhen Lianwei realizaram um projeto em que o iluminado exterior do edifício - que fez a fama dele - muda de cor de acordo com um fator muito peculiar: o humor dos cidadãos locais.
A ideia toda tem origem nos preceitos do I Ching - um dos textos chineses mais antigos constituído por várias camadas que representam as mutações vividas pelos seres humanos e sua relação com a natureza. O sistema funciona da seguinte maneira: lâmpadas de LED de diversas cores instaladas na fachada do centro aquático foram conectadas a programas de computador que interpretam os ensinamentos chineses do I Ching, e também recebem informações sobre o humor das pessoas segundo o que expressam em redes sociais e blogs (aqueles que o governo chinês permite, naturalmente). A análise dessas emoções, juntamente com a interpretação do conteúdo da filosofia, resultam em jogos de luzes distintos a cada dia.
Com essa obra de arte as criadoras acreditam demonstrar a aura da nação e sua individualidade, criatividade e responsabilidade social. "Na sociedade atual, onde as pessoas encontram-se separadas da filosofia ensinada no I Ching, a minha esperança é que este trabalho seja uma oportunidade para refletir sobre a cultura contemporânea utilizando a tecnologia para reduzir o fosso entre o homem e a natureza”, diz Jennifer Wean Ma.
Fonte: Casa Vogue
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