A pop art brasileira e argentina no MAM
No RJ, 100 obras em mostra de cunho político
Sem título, 1967-68, de Antonio Berni
Fica em cartaz no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, até o dia 14 de agosto, a exposição América do Sul – A Pop Arte das contradições. São aproximadamente 100 obras de artistas brasileiros e argentinos, entre os quais figuram nomes nacionais como Cildo Meireles, Helio Oiticica, Lygia Pape e Nelson Leirner. Do país vizinho, chegam trabalhos de profissionais como Leon Ferrari, Antonio Berni e Oscar Masotta. Com curadoria assinada pelo brasileiro Paulo Herkenhoff e o argentino Rodrigo Alonso, a mostra enfoca a produção artística em ambos os países na década de 1960, abordando a situação política e social na qual se encontravam.
As obras expostas abrangem desde pinturas e desenhos até esculturas, filmes e documentos históricos. Elas representam o desafio de artistas, muitas vezes perseguidos por seus ideais, de lutar contra o contexto político opressor que dominava diversos países da América do Sul. Mesmo em meio aos conflitos cotidianos, os profissionais conseguiram desenvolver uma pop arte própria.
Os ícones dessa pop art brasileira e argentina incluem elementos como a Coca-Cola, o dólar e Che Guevara, que na época assumiram o papel de fortes representantes da resistência à situação política e social. Segundo Carlos Alberto Gouvêa Chateaubriand, presidente do MAM Rio: “A pop arte não foi a mesma nos Estados Unidos e no Brasil. Durante a década de 1960, os artistas brasileiros aderiram apenas à forma e à técnica utilizadas nesse movimento. Imprimiram sua personalidade e opinião crítica às obras."
América do Sul – A Pop Arte das contradições
Local: MAM Rio
Endereço: Acesso para avenida Infante d. Henrique, 85 - Parque do Flamengo, Rio de Janeiro
Data: até 14 de agosto
Boca, 1967-98, de Pablo Menicucci
Asesinato de J.F. Kennedy, Acto II, 1964, de Alberto Greco
Auto-retrato, 1973, de Carlos Zilio
Leyendo las noticias, 1965, de Marta Minujín
Lute, 1967, de Rubens Gerchman
Carne na tábua, 1969, de Anna Bella Geiger
Sem título, Série Envolvimento, 1968, de Wanda Pimentel
Fonte: Casa Vogue
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