Pela quarta vez no Brasil, a trupe do Cirque du Soleil aterrisa em São Paulo, em setembro, para iniciar a turnê do espetáculo Varekai, que passará por mais sete capitais brasileiras (Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Recife, Salvador, Curitiba e Porto Alegre) até o fim do primeiro semestre de 2012. A apresentação, criada por Dominic Champagne, conta a história de um rapaz que é atirado para as profundezas de uma floresta, habitada por exóticas criaturas. "Ícaro, o personagem principal, fará uma viagem maravilhosa e, no meio do caminho, conhecerá novos amigos", revela Mathieu Gatien, diretor artístico da atração.
E para dar vida a este 'mundo extraordinário', a premiada figurinista Eiko Ishioka (vencedora do Oscar de melhor figurino por seu trabalho no filme Drácula, de Bram Stocker, em 1992) foi escolhida para desenvolver as peças usadas pelos artistas em cena. No entanto, criar figurinos para o Cirque é bem diferente do que desenvolver peças para o cinema, já que os artistas precisam vestir roupas confortáveis e que não prejudiquem os movimentos durante os números acrobáticos. Os mais de 130 figurinos feitos para Varekai tiveram a lycra como matéria-prima principal, sem esquecer dos 600 acessórios que completam o visual, também compostos com este tipo de material.
De acordo com Gatien, foram mais de seis meses trabalhados para que todo o armário do espetáculo ficasse pronto. "Além da lycra, usamos titânio flexível, espoja de náilon e outros materiais resistentes ao fogo." A equipe de figurino da empresa canadense é composta por seis pessoas, responsáveis por produzir, engomar, retocar a pintura dos sapatos e restaurar as roupas. "As roupas de Varekai foram inspiradas no universo da floresta, dos animais e das plantas. No decorrer do espetáculo, há uma explosão fantástica de cores. As crianças adoram", avisa.
Depois de desenhado, os croquis são repassados para a turma de desenvolvimento, que adapta cada roupa para o biótipo de cada artista."Todo o nosso figurino é feito à mão na sede da nossa companhia (em Montreal, no Canadá). O shape das peças é bem justo, já que o artista, principalmente o acrobata, não pode ter muita sobra de tecido, pois pode se enroscar", explica o diretor da atração.
Ao todo, 400 artesãos trabalham nas oficinas e produzem mais de 25 mil itens, entre fantasias, vestidos e sapatos, que são feitos de couro tingido e adaptados para não prejudicar a performance do artista. Já os chapéus, que seguem a linha das roupas, são moldados com base plástica na cabeça dos artistas que irão usá-los. "Não podemos falhar, por isso, temos um cuidado redobrado com os figurinos, que tem de ser impecáveis", conclui Gatien.
Fonte:IG
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