RUPTURAS
Rasgo-me ao ver as filas humanas que norteiam meu ser.
Recuso-me ao ser mais uma, nesta insanidade;
no entanto sou registrada com uma grande probabilidade de estar
sempre nelas.
Saindo das filas passo a rodopiar o universo de "loucos",
através do submundo dos "tolos",
estes que preferiram a loucura como companhia
e descartaram a miséria como ironia!
Vivo e insisto em ser eu mesma,
mas o poder tirano persiste para que seja reflexo do outro,
sempre.
sempre.
Esse outro que só quer para si,
que não diz de ti,
porque só explana sobre os títulos que possui,
e o lugar que conseguiu galgar na fila da
carnificina humana.
Lúgubre sem espaço para emoção, e o pulsar do coração.
Lugar de "produção".
Não serei jamais, apenas, uma máquina produtiva,
eu sou o somatório de minhas rupturas
bem analisadas e vividas.
Aline Carla de Oliveira Rodrigues.
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