Um lugar constituído de arte e paisagismo. Um espaço de convivência e interação com os visitantes. Inhotim desconstrói o espaço cultural e mostra outros rumos na fusão entre entretenimento e estética.
© Inhotim, Narcissus Garden, (foto de Daniela Paoliello).
O fenômeno desarmônico da industrialização, e a sua consequência na paisagem urbana traz como contraponto a utilização da arte como suavizador desse embaraço anacrônico em que as cidades se tornaram. A perda de uma caracterização legítima e a padronização visual arquitetônica têm influenciado a relação social nos espaços de convivência e sua real fonte de interesse para os habitantes.
A consciência do olhar, que já está com a vista cansada pelo concreto, tem levado a arquitetura para uma nova dinâmica de concepção dos espaços. E como modelo dessa assimilação Inhotim propõe uma estrutura de espaço cultural que se correlaciona organicamente.
© Inhotim, Paisagem, (foto de Ricardo Mallaco).
Construída com uma postura “pra fora” (avante), numa estrutura que desconstrói o espaço cultural tradicional e propõe uma invasão sobre todas as fronteiras físicas e sensoriais dos visitantes, Inhotim parece “abandonar” seus 100 hectares de jardins botânicos aos poucos. A passos lentos tenta invadir e influenciar outras cidades, pessoas e regiões. Em 2012 a revista Bravo! indicou Inhotim como um dos 15 fatos mais relevantes da cultura brasileira nos últimos 15 anos. A revista destacou o papel do instituto em dar visibilidade aos artistas brasileiros e a sua consolidação como referência internacional sobre arte contemporânea.
© Inhotim, Troca Troca, (foto de Ricardo Mallaco).
© Inhotim, Elevazione, (foto de Daniela Paoliello).
© Inhotim, Galeria True Rouge, (foto de Daniela Paoliello).
Situado em Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte (MG), o instituto possui uma extensa coleção de espécies tropicais raras e um acervo artístico de relevância internacional. Pintura, escultura, desenho, fotografia, vídeo e instalações de artistas brasileiros e internacionais são exibidos em galerias espalhadas pelo Jardim Botânico. O espaço paisagístico, que recebeu a influência inicial de Roberto Burle Marx, conta com uma reserva natural de 300 hectares de mata nativa conservada e com uma área de visitação que possui lagos ornamentais e coleções botânicas. O instituto foi apresentado pela primeira vez ao público em setembro de 2004 e inclui em seu espaço, além de arte e jardim botânico, ações socioeducativas.
Inhotim possui um acervo dividido em quatro galerias de obras temporárias; conta com outras espalhadas pelos jardins e mais 14 galerias dedicadas a obras permanentes de artistas como Tunga, Cildo Meireles, Hélio Oiticica e Neville D’Almeida, Adriana Varejão, Rivane Neuenschwander, Janet Cardiff & George Miller e Doug Aitcken.
© Inhotim, Tunga Psicoativa, (foto de Ricardo Mallaco).
© Inhotim, Helio Oiticica Cosmococa, (foto de Ricardo Mallaco).
© Inhotim, Adriana Varejão, (foto de Ricardo Mallaco).
Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2013/06/inhotim_a_desconstrucao_do_espaco_cultural.html#ixzz2WHtEOESl
Um comentário:
minha mae ja foi la
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