Camille nasceu na França em 1864 na cidade de Tardenois e desde cedo demonstrou grande talento para a arte da escultura, talento este que sua mãe não via com bons olhos e desprezava, porém seu pai a incentivava. Em 1881 aos 17 anos sua família muda-se para Paris e algum tempo depois Camille torna-se aluna de Rodin, tendo sido ela a primeira mulher a quem ele deu aulas.

Com o tempo e a convivência mestre e aluna se envolvem e surge entre eles um ardente caso de amor. Camille e Rodin se influenciam um ao outro em seus trabalhos e em várias obras foram esculpidas não por acaso, a paixão entre os dois. Mas ela começa a enfrentar duas grandes dificuldades: Rodin não consegue deixar sua namorada Rose Beuret e Camille é acusada de apenas copiar os trabalhos dele. Magoada ela tenta se afastar e fazer seus trabalhos sozinha e o rompimento definitivo acontece em 1898.
No entanto Camille não consegue superar a distância e a saudade de Rodin e passa a nutrir por ele um estranho sentimento de amor-ódio que irá leva-la à paranóia e à loucura. Ela passa a acreditar em seus delírios, acha que Rodin quer roubar suas obras (comenta-se que Rodin de fato se apropriara de algumas de suas obras), se afasta dos amigos e vive sozinha em seu quarto de hotel. Camille não consegue se desvencilhar dessa relação e vai caindo cada vez mais em depressão adquirindo uma síndrome definida como psicose paranóide.
Após a morte de seu pai que fora sempre seu alicerce, ela piora muito e acaba tendo uma crise violenta quebrando tudo. Sua família então a interna em um manicômio de onde nunca mais sairá. Depois de 30 anos de internação e sofrimentos, ela morre em 1943 aos 79 anos.

Camille se entregou de corpo e alma ao homem de sua vida que a abandonou e nunca mais lhe deu apoio, pois consta que Rodin teria grande influência e prestígio social.
Mulher talentosa que amou intensamente e teve sua personalidade sufocada pelos preconceitos da época. Teve injustamente um espaço menor nas artes
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