Você já ouviu dizer que com a chegada da idade da loba a mulher entra numa crise da meia idade?
Entenda porque isto acontece!
A entrada na crise sugere que a mulher se volta para o seu interior com intuito de encontrar o verdadeiro significado da vida.
Algumas poderão apresentar os sintomas aos 35 anos (ou ainda mais cedo) e ressurgir no momento da menopausa.
Cada mulher vivenciará a sua forma, algumas poderão sentir o efeito da crise por 6 meses, outras até 1 ano, mas o tempo é bem relativo.
Mas o que é a “crise dos 40”?
Nada de espantos:
A crise é uma ótima oportunidade para a mulher viver de forma mais significativa.
Como sabemos, a mulher passa a vida inteira vivendo para a família, para o trabalho, para a sociedade. Muitas vezes se esquece dela mesma, até que algo surpreendente acontece – a chegada da crise.
Quando a idade da loba chega à mulher geralmente não declina no seu papel de mãe, esposa e profissional, mas acrescenta ela mesma em suas prioridades.
As pessoas a sua volta estranharão porque irá se importar mais consigo mesma. Nada mais do que justo, para quem passou a vida toda cuidando dos outros, não é verdade?
Então, a nova mulher, agora uma loba, se surpreende com seu novo comportamento.
A crise é um momento de descoberta, onde ela torna-se mais exigente e quer seu tempo reservado para gastar apenas consigo (salvo as exceções).
A importância do corpo para a mulher
Durante esta crise a loba passará por mudanças na cabeça e no corpo.
Lembrando que a mudança do corpo é importante para a entrada na crise, principalmente a transformação hormonal como ocorre na menopausa, além de que a mulher ainda tem que lidar com questionamentos relativos ao fim da fertilidade e também da transformação da beleza.
Muitas mulheres que dão importância à aparência ficam inseguras e com autoestima rebaixada quando param para pensar que seu corpo mudou.
Cada aumento de peso, cada cabelo branco que aparece, cada visita ao médico a chateia.
Ela também sente que não é mais tão cobiçada nas ruas, e junto a isto percebe muitas vezes que seu próprio parceiro não mais se importa tanto com ela como antigamente.
Algumas mulheres neste momento acreditarão que devido a idade perderam o valor para os parceiros. Os homens por sua vez aqui vale dizer que não são todos reforçam esta ideia conforme a forma que se comportam.
O que a mulher precisa saber para não entrar em depressão?
Qualquer relação está sujeita a mudanças, e isto não está atrelado com a beleza da juventude.
É compreensível que a mudança no corpo x relacionamento é algo que mexe com os sentimentos, só não pode ser fatores que contribuem para a falta de autoconfiança.
Há mulheres que não suportam passar por isto e divorciam, mudam de emprego, fazem plásticas ou se submetem a tratamentos exagerados de beleza.
A mudança física acrescenta “boniteza” a loba, mas a mudança real, o sentir-se bem, ocorre na cabeça de cada mulher.
Crise no casamento
É comum na idade da loba o casamento entrar em crise, principalmente se ela casou jovem.
A mulher neste momento quer viver uma paixão, quer se sentir importante para um homem, quer ser amada.
Após muitos anos de casamento o homem e a mulher podem se acostumar um com o outro, por isto é importante o cuidar, o estar junto, o cativar.
A crise pode fazer com que algumas mulheres tenham o desejo de mostrar para si mesmas que ainda têm o poder da sedução, pois só o papel de mãe de família não mais a empolga tanto.
É no momento da crise que algumas mulheres procuram fora o que não encontram no parceiro, mas não será isso que ajudará a loba sair da crise, mas sim a sua consciência.
Artimanhas da loba para esquecer a crise
Muitas mulheres para fugir da crise procuram trabalhar com intensidade, porque quanto mais mantem a cabeça ocupada com os deveres, menos sobra tempo para pensar em questões pessoais.
Outras não trabalham fora, mas agem como se a vida estivesse por um fio, no qual precisam sempre estar correndo para não perder mais tempo.
A mulher busca várias estratégias para não pensar sobre o que estão sentindo.
A ida as profundezas e a busca das respostas para “Quem sou eu?” “Qual o significado da minha vida?” - É extremamente importante para resolver a crise, mas muitas se distanciam do “eu”.
Mergulhada numa tristeza a mulher declara que não aproveitou a juventude como deveria.
Fatores que aceleram a entrada na crise
Perda de alguém próximo;
Doença;
Problemas no trabalho;
Mudanças no corpo...
Independente do que aconteceu e que tenha provocado à explosão da crise, a mulher precisa é de se encontrar.
Algumas chegam a entrar em depressão, recorrem ao tratamento psiquiátrico e psicológico porque não conseguem se olhar internamente.
Mulheres que amam a si mesmas e com força interior procuram ajuda quando não conseguem resolver o problema sozinhas.
A realização dos sonhos evita a crise?
A resposta é não, mas podem amenizar. O fato é que todas passarão por um momento de maior reflexão na vida.
Realização profissional - aquelas que possuem boa situação financeira e que conseguiram cumprir objetivos profissionais, durante a crise poderão sim - ter uma sensação de vazio interior e desejo de mudança, mesmo que estando no auge da carreira.
Realização pessoal – concluir os estudos, comprar uma casa, construir uma família, fazer viagens e outros são sonhos lindos que cada mulher tem, mas a sensação de vazio pode abranger também todos esses setores de conquista.
O que a loba sente que a faz sofrer?
A mulher tem a sensação de que ainda não fez muito do que desejava ter feito.
O que dói na loba é a frustração e a falta de sentido na vida.
No momento da crise ela se dá conta que muito do que fez foi porque recebeu influências dos outros.
Independente das influências e exigências recebidas, a loba tem o poder da escolha com maior liberdade nesta fase.
É importante que a mulher se responsabilize sobre até onde chegou para que então possa ser mais livre nas escolhas futuras e presentes das suas prioridades.
A crise tem efeito negativo quando a mulher procura evitá-la, por este motivo deve conscientizar-se.
Se o passado não é mais possível mudar, o futuro poderá ficar comprometido se a mulher manter-se na defensiva.
Ficar presa no “deveria ter feito isto” impedirá toda a criatividade e iniciativa da mulher.
Nesta fase é muito comum também o medo de não mais conseguir realizar-se nas esferas: profissional e pessoal. Por este motivo a mulher não pode ficar presa no passado dos “deverias”.
A loba precisa assumir que em determinada época não teve sabedoria para escolher para si o que era melhor, mas que o futuro e o presente poderão ser melhores, se usar o que ganhou neste tempo que foi a experiência.
Saindo da crise
A receita para ser feliz certamente que não há. Mas vamos pensar assim: a vida é constituída por momentos felizes e que cada um tem o livre arbítrio.
Cada mulher tem seu próprio tempo, experiências de vida diferentes, mas de forma geral a dica é: “Tenha hábitos saudáveis sempre - no que se refere ao mental e ao físico.”
A loba precisa de maturidade para entender que:
Mudar o outro? Não é possível, apenas se a outra parte desejar! Uma relação é construída também pelas diferenças de cada um. “Primeiro aceito que eu não sou do jeito que gostaria de ser e depois aceito que o outro também não é.”
Vale a pena deixar de viver o presente para ficar preso ao passado? “Primeiro eu aceito que vivi momentos de alegria, mas que nem todo o passado foi preenchido só por felicidade.”
Quando a loba chega nesta conclusão aprende a se desprender do que não tem para valorizar o que conseguiu. Caso não consiga chegar neste ponto, a sensação de vazio tende a aumentar com o passar dos anos.
Medo de mudanças? É preciso que ela largue suas ilusões para ir atrás do que realmente quer, mesmo que não seja fácil se desprender do que a acompanhou a vida inteira. “Eu sou eu” “Minhas atitudes agora partem de mim e não da sociedade.”
Quando a loba se livra da culpa de ter vivido conforme o desejo dos outros começa a pensar em sua verdadeira felicidade. Ela aprende que muito importa a intensidade dos sentimentos. Ela prefere um dia feliz a centenas sem sentido.
Pode acontecer de tentar e dar certo? Grande probabilidade, porque agora a mulher tem mais consciência do que realmente é importante para ela. “Eu sei que tenho sonhos, mas a questão é: são realizáveis ou não?”
Quando a loba se questiona é para não se prender novamente as ilusões, com isso, evita-se perder tempo e sofrer novamente pelo pesar das irrealizações.
A sabedoria na mulher a torna capaz para analisar tudo o que acertou e errou na vida, e isto serve para se chegar numa conclusão de como ela quer que seja a outra metade da vida.
Reavaliar os objetivos é sempre importante para que a mulher possa encontrar suas prioridades.
E, quando decide mudar também é importante para a loba dar valor as experiências adquiridas, a família, o trabalho; tudo deve ser pensado e repensado, nesta hora conta muito o planejamento e a organização.
A crise é importante para a mulher.
O corpo tem suas razões para agir.
Faz parte da vida não ter tudo que se quer, cabe então a mulher loba não levar tudo “a ferro e a fogo”.
E se a transformação é para o crescimento pessoal, que seja bem vinda para as mulheres "à crise da loba". Pois o universo agradecerá o nascimento de cada estrela!
“Os anos que às vezes nos faz perder aquilo que amamos, são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar."
“Só perdemos aquilo que não é nosso e temos o que merecemos.”
Maria Cristina Santos Araujo
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