Já a filosofia da práxis e todo o seu aparato conceitual nos oferecem uma nova possibilidade de observar a relação do homem com o trabalho e a sua atividade diante de uma unidade de pensamento entre teoria e pratica.
Refletir sobre a filosofia da práxis como referência para pensar a ação profissional exige superar um pensamento mecanicista, não só da teoria profissional dos professores e da pratica docente, mas superar a limitação que muitas vezes é colocada aos próprios professores enquanto criadores e produtores de uma práxis profissional. O currículo, a cultura e a práxis, inicialmente tomadas como categorias teóricas que nos ajudam a compreender a relação entre a política educacional e a ação do professor, adquire materialidade empírica nos percursos vividos pelo Brasil no fim do século XX e início do século XXI, que deixaram profundas marcas em toda a sociedade brasileira. As mudanças produtivas do capital e a correlação de forças políticas em nossa sociedade promoveram reformas estruturais em toda a configuração do Estado nacional. Todavia, o preço cobrado por essas reformas não foi barato; áreas como educação, saúde e outros direitos sociais tiveram diminuída sua dimensão pública e humanista em benefício da maior subordinação à lógica do mercado internacional."
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