Às vezes, pequenos grandes terremotosocorrem do lado esquerdo do meu peito.
Fora, não se dão conta os desatentos.
Entre a aorta e a omoplata rolamalquebrados sentimentos.
Entre as vértebras e as costelashá vários esmagamentos.
Os mais íntimosjá me viram remexendo escombros.Em mim há algo imóvel e soterradoem permanente assombro.
Poesia extraída do livro "Lado Esquerdo do Meu Peito", Ed. Rocco - Rio de Janeiro, 1992
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