"Tous Les Garçons et Les Filles" permanece como um dos maiores sucessos de sua carreira até os dias de hoje, tendo alcançado a 34ª posição no ranking das paradas de sucesso do Reino Unido, em 1964. O disco de estreia vendeu mais de um milhão de cópias e foi premiado com um Disco de Ouro. Entretanto, Françoise teria odiado esta música, alegando que ela foi gravada "em três horas, com os quatro piores músicos de Paris". O fato é que daí para a frente a sua carreira não parou mais.
Duas outras músicas do primeiro álbum de 1962 também alcançaram grande sucesso - "J'suis d'accord" e "Le Temps de L'amour". Vieram as apresentações na televisão, as participações em festivais de música, turnês internacionais, capas de revistas e muitos sucessos. Nesta época Françoise namorava o fotógrafo Jean-Marie Périer, autor de inúmeras fotografias famosas dela, que ilustraram várias capas dos seus discos.
O surgimento de Françoise Hardy coincidiu com a explosão do Yé-yé (também conhecido como Yê-yê-yê ou Jovem Guarda no Brasil) no mundo inteiro, o que fez com que ela fosse imediatamente identificada ao movimento. Enquanto os Beatles ainda engatinhavam para a fama, a França e a Itália já exportavam suas yé-yé girls, como Mina, Rita Pavone, France Gall, Sylvie Vartan e a própria Françoise Hardy; começaram suas carreiras quase adolescentes, muitas delas antes mesmo dos vinte anos de idade. O Yé-yé caracterizava-se por ser música de jovens feita para jovens, que abordava temas inocentes - românticos e pueris - cantados por belos jovens, predominantemente meninas tímidas e sem forte apelo sexual.
Se muitos artistas do yé-yé eram artisticamente limitados e fabricados, esse não era o caso de Hardy. Ela não era grandiosa letrista e musicista, não tinha uma voz poderosa e sequer era um poço de carisma, mas estava no lugar certo na hora exata. Françoise era uma garota bonita e talentosa que poderia ter parado apenas nestes dois últimos adjetivos, mas que tinha o 'algo mais'. A maturidade provaria que ela era uma artista competente, íntegra e musicalmente brilhante.
Sua beleza andrógina era marcante - alta e magérrima - os cabelos compridos e com franjinha eram arrematados pelos olhos dramáticos, emoldurados num rosto de traços rígidos, porém cheio de graça e magnetismo. Em suma, tinha identidade própria. Françoise Hardy tornou-se um ícone de estilo, de vanguarda e, muito mais que isso, um símbolo da cultura francesa dos anos 60 - sua imagem está estreitamente associada às botas brancas, à minissaia e aos estilistas André Courrèges, Yves Saint Laurent e Paco Rabanne. Hardy foi nos anos 60 a imagem idílica da mulher dos anos 2000.
© Françoise Hardy, (Flickr, Vintage Fashion Magazines).
Em 1963, ela gravou o primeiro disco interpretado exclusivamente em língua estrangeira - Françoise Hardy Canta Per Voi in Italiano; nos anos seguintes ela ainda gravaria discos em inglês e alemão. Também em 1963, Françoise participou do Festival Eurovisão da Canção, representando o Mônaco com a canção "L'amour S'en Va", obtendo o 5º lugar no concurso. Em 1966 foi a vez do famoso Festival de San Remo, na Itália, onde defendeu a canção "Parla Mi Di Te". Em 1964 a cantora veio pela primeira vez ao Brasil, onde fez shows e cantou na televisão, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Ela voltaria ao país em 1968, mas desta vez para participar da fase internacional do III Festival Internacional da Canção, como representante da França, com a música "A Quoi Ça Sert", de sua própria autoria; não ganhou a disputa mas levou o Troféu Galo de Ouro por mérito artístico.
Em 1963, ela gravou o primeiro disco interpretado exclusivamente em língua estrangeira - Françoise Hardy Canta Per Voi in Italiano; nos anos seguintes ela ainda gravaria discos em inglês e alemão. Também em 1963, Françoise participou do Festival Eurovisão da Canção, representando o Mônaco com a canção "L'amour S'en Va", obtendo o 5º lugar no concurso. Em 1966 foi a vez do famoso Festival de San Remo, na Itália, onde defendeu a canção "Parla Mi Di Te". Em 1964 a cantora veio pela primeira vez ao Brasil, onde fez shows e cantou na televisão, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Ela voltaria ao país em 1968, mas desta vez para participar da fase internacional do III Festival Internacional da Canção, como representante da França, com a música "A Quoi Ça Sert", de sua própria autoria; não ganhou a disputa mas levou o Troféu Galo de Ouro por mérito artístico.
A cantora também teve uma breve carreira de atriz. Fez figuração em vários filmes como O Que é Que Há, Gatinha? (What's New Pussycat?, 1965) e Masculino-Feminino (Masculin Féminin, 1966); e chegou a atuar em papéis secundários em Castelos na Suécia (Château en Suède, 1963), Grand Prix (1966) e Une Balle au Coeur (1966).
Os anos 70 trouxeram-lhe um declínio de popularidade e alguns fracassos. Entre trabalhos de alta qualidade musical e outros aquém do esperado, Françoise trocou duas vezes de gravadora, experimentou novas sonoridades - sendo bem sucedida ou não - e atingiu a maturidade artística. Em 1971, gravou o disco La Question, resultado de uma estreita parceria com a compositora, cantora e violonista brasileira Tuca, autora da maioria das músicas do álbum, cuja faixa-título é uma obra-prima. Considerado um dos melhores trabalhos de Françoise pós-anos 60, La Question é um dos discos mais sofisticados e conceituais de sua carreira, que representava para ela um grande avanço, mas, a despeito disso, e de ter sido muito bem recebido pela crítica, o álbum foi mal sucedido comercialmente, fato que foi motivo de decepção para a cantora.
Em 1988, Françoise anunciou sua retirada do mundo da música, lançando aquele que supostamente seria seu último álbum - Décalages. No entanto, a aposentadoria se mostrou passageira e quase dez anos depois ela retornou ao disco com Le Danger (1996) e desde então, até os dias de hoje, não parou mais.
Entre os trabalhos de destaque desta época, estão a canção "Jeane" (1998) - uma inédita parceria com o duo francês de eletrônica Air; o aclamado álbum Tant de Belles Chansons (2004), que foi certificado com o Disco de Ouro; e Parenthèses... (2006), exclusivo de duetos com grandes nomes da música como Julio Iglesias e Henri Salvador. O último disco de Françoise Hardy é L'amour Fou, lançado com sucesso em 2012.
© Françoise Hardy, (Flickr).
© Françoise Hardy, (Flickr).
© Françoise Hardy, (Flickr).
© Françoise Hardy, Amesterdão (Flickr).
© Françoise Hardy, (Flickr).
© Françoise Hardy, (Flickr).
© Françoise Hardy, (Flickr).
© Françoise Hardy, (Flickr).
© Françoise Hardy, (Flickr).
© Françoise Hardy, (Wikicommons, Roland Godefroy).
© Françoise Hardy, (Wikicommons, Siren-Com).
Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2013/09/francoise_hardy_os_tempos_do_amor.html#ixzz2fmWvYMDH
2 comentários:
Adorei esta canção dos anos 60,remeto-me à época e num lampejo de felicidade,imagino Ma Chèrie,na Champs Èlisèe arrancando suspiros por onde passasse...
Realmente é uma linda canção! Beijos.
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