112 – ENEM 2009
ECKHOUT, A. “Índio Tapuia” (1610-1666). Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br.
Acesso em: 09 jul 2009.
A feição deles é serem pardos, maneira d’avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma cousa cobrir, nem mostrar suas vergonhas. E estão acerca disso com tanta inocência como têm em mostrar o rosto.
CAMINHA, P.V. A Carta. Disponível em: http://wwwdominiopublico.org.br
Acesso em: 12 ago 2009
Ao se estabelecer uma relação entre a obra de Eckhout e o trecho do texto de Caminha, conclui-se que
A | ambos se identificam pelas características estéticas marcantes, como tristeza e melancolia, do movimento romântico das artes plásticas. |
B | o artista, na pintura, foi fiel ao objeto, representando-o de maneira realista, ao passo que o texto é apenas fantasioso. |
C | a pintura e o texto têm uma característica em comum, que é representar o habitante das terras que sofreriam processo colonizador. |
D | o texto e a pintura são baseados no contraste entre a cultura européia e a cultura indígena. |
E | Há forte direcionamento religioso no texto e na pintura, uma vez que o índio representado é objeto da catequização jesuítica. |
115 – ENEM 2009
A dança é importante para o índio preparar o corpo e a garganta e significa energia para o corpo, que fica robusto. Na aldeia, para preparo físico, dançamos desde cinco horas da manhã até seis horas da tarde, passa-se o dia inteiro dançando quando os padrinhos planejam a dança dos adolescentes. O padrinho é como um professor, um preparador físico dos adolescentes. Por exemplo, o padrinho sonha com um determinado canto e planeja para que todos entoarem. Todos os tipos de dança vêm dos primeiros xavantes: Wamaridzadadzeiwawê, Butséwawê, Tseretomodzatsewawê, que foram descobrindo através da sabedoria como iria ser a cultura Xavante. Até hoje existe essa cultura, essa celebração. Quando o adolescente fura a orelha é obrigatório ele dançar toda a noite, tem de acordar meia-noite para dançar e cantar, é obrigatório, eles vão chamando um ao outro com um grito especial.
WÉRÉ É TSI’RÓBÓ. E. A dança e o canto-celebração da existência xavante.
VIS-Revista do Programa de Pós-Graduação em Arte da UnB. V. 5. nº 2, dez 2006.
A partir das informações sobre a dança Xavante, conclui-se que o valor da diversidade artística e da tradição cultural apresentados originam-se da:
A | iniciativa individual do indígena para a prática da dança e do canto. |
B | excelente forma física apresentada pelo povo Xavante. |
C | multiculturalidade presente na sua manifestação cênica. |
D | inexistência de um planejamento da estética da dança, caracterizada pelo ineditismo. |
E | preservação de uma identidade entre a gestualidade ancestral e a novidade dos cantos a serem entoados. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário