Dez estilistas brasileiros revelam peças recém-chegadas a suas moradas. Entre móveis, objetos e obras de arte, as aquisições feitas por eles têm um quê fashion. São dicas boas para quem quer morar com estilo. Confira!
Dudu Bertholini, da Neon
Escultura de luz
“Uma das novidades de que mais gosto em casa não foi comprada, mas presenteada pelo artista paulistano Kleber Matheus, radicado em Paris. É a escultura Neo Ornamental(acima), criada por ele, em 2008, com lâmpadas coloridas de neon. Ela foi usada numa exposição para bloquear um corredor, mas agora está em meu apartamento, em São Paulo, que ganhou sua luz de clima especial. Detalhe: como tenho gatos, tive de protegê-la com uma caixa de acrílico.”
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Patrícia Bonaldi
Assento do passado
“Passei em frente à Passado Composto numa das vezes em que troco Uberlândia, MG, por São Paulo, há três meses. Vi, na vitrine, um sofá antigo, dourado e revestido com xantungue rosa. Fiquei tão encantada que fotografei a peça e postei a imagem no Instagram. Logo recebi incentivos para arrematá-la. Hoje, o móvel sueco de estilo gustaviano, de 1790, está em meu apartamento paulistano – mas deve migrar para meu novo estúdio na cidade.”
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Rony Meisler, da Reserva
Direto da praia
“Sigo o lema ‘mais é mais’ na decoração. Exemplo disso está em uma peça do meu living, comprada há pouco tempo no LZ Studio: a poltrona Shadowy. É uma releitura das cadeiras de praia dos anos 1920 assinada pelo holandês Tord Boontje para a Moroso. O designer usou uma estrutura orgânica de aço e fios plásticos coloridos para reproduzir padrões africanos. Como sou carioca e moro no Rio, queria algo que lembrasse a vida à beira-mar, mas sem clichês.”
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Isabela Capeto
Olhar pop
“Na feira Art Basel Miami, em dezembro do ano passado, comprei duas fotos produzidas pelo norte-americano Sean Murdock, que também trabalha com street art e outras mídias. As imagens em preto e branco pertencem a uma série conhecida do autor, bem pop, em que modelos nus exibem cabeças de coelho. As fotos ainda estão sobre o piso de casa – não sei se as penduro ali mesmo ou em minha loja, em Ipanema.”
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Victor Dzenk
Preto no branco
“Divido meu tempo entre Belo Horizonte e Rio, onde tenho uma cobertura em Ipanema. O terraço precisava de peças resistentes às intempéries. Então, escolhi algumas de alumínio e fibra sintética preta, da Mac Móveis, como a poltrona giratória Brut. Os estofamentos usam tecido náutico branco. Gosto de preto e branco em casa porque se trata de um clássico. É também com essas cores que neutralizo as estampas em minhas criações.”
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Alessandra Affonso Ferreira, da Isolda
Luminária animal
“Faz uns três meses que comprei a Giraffe Lamp em uma das lojas do ceramista e designer norte-americano Jonathan Adler, em Nova York. Fica no West Village, mesmo bairro onde moro. Meu apartamento, como outros dessa área, não tem iluminação no teto, daí a necessidade de recorrer a abajures. Optei pela peça com base de cerâmica branca em forma de girafa estilizada porque é decorativa e divertida – uma marca de Adler.”
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André Lima
Almofadas assinadas
“O que tenho de mais novo são oito almofadas que não comprei: eu mesmo as fiz, usando tecidos estampados de minhas coleções. Foi um test-drive para o lançamento desses produtos, que estão à venda no meu ateliê. Eles integram uma linha para a casa, com minha marca, a ser comercializada também em outros pontos de venda. Seja em uma única peça, seja em um conjunto delas, busco uma linguagem para ser usada sempre, independentemente de modismos.”
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Sarah Chofakian
Sonho tropical
“Sinto falta de verde em São Paulo, por isso apostei no papel de parede D-Dream, que trouxe um jardim para meu living. É da marca francesa Iksel, representada no Brasil pela Siara Decorações. O modelo reproduz uma paisagem de sonho, originalmente pintada à mão, por meio de impressão digital de altíssima qualidade. Curti tanto o resultado que usei a parede forrada como cenário da campanha de minha coleção de calçados para o inverno deste ano.”
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Jefferson Kulig
Plástico para contrastar
“Sou de Curitiba, mas tenho apartamento na praia de Bombinhas, SC. Para a cozinha, comprei duas cadeiras Viento, na Inove Decoração + Design. Elas foram criadas por Claudio Dondoli e Marco Pocci para a Bonaldo. Pelo material, o polipropileno, e pela cor, destacam-se diante dos armários de madeira. A ideia era mesmo esta: opor elementos orgânicos a tecnológicos. Seu material ainda permite que nos sentemos com roupa de banho molhada.”
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Lino Villaventura
Do mestre da madeira
“Móveis importantes que adquiri, nos últimos tempos, foram duas poltronas Diz, na loja Ouvidor. Quem as criou foi o carioca Sergio Rodrigues, que sempre admirei. Tenho também um banquinho assinado por ele. É um designer que lida com a madeira de um jeito único. Gosto de tudo em suas peças: da elegância, das formas, dos encaixes. O par de poltronas foi direto para meu apartamento de Fortaleza, onde tenho ateliê, além de São Paulo.”
Fonte: Casa Vogue
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