




Trabalho realizado por alunos do 7º ano do Ensino Fundamental.
A presença da ciência e da tecnologia no dia-a-dia das pessoas é hoje amplamente reconhecida. Assuntos dos mais relevantes centram-se em temas científicos, como novas vacinas e terapias, alimentos transgênicos, biocombustíveis, clonagem genética, mudanças climáticas e outros. Decisões políticas importantes para a sociedade muitas vezes precisam ser tomadas com base em conhecimentos científicos diferenciados daqueles do senso comum. O desenvolvimento científico e tecnológico tornou-se um fator crucial para o bem-estar social a tal ponto que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) utiliza desde 2000 um sistema de distinção entre os povos com base na capacidade de criar ou não o conhecimento científico. Em seus estudos sobre economia da pobreza, na Universidade Harvard, Jeffrey Sachs conclui que "ciência e tecnologia são hoje mais excludentes que o capital" e "o mundo de hoje é dividido não pela ideologia, mas pela tecnologia", destacando que ciência e tecnologia definem hoje o futuro de um povo, sua capacidade de inovar e de adaptar as tecnologias desenvolvidas em outros lugares.
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Desenho de Leonardo da Vinci de 1510 retrata a anatomia do crânio |
No entanto, apesar da crescente qualidade e quantidade da pesquisa cientifica brasileira, que já contribui com 1,7% da produção mundial de conhecimento, é sofrível o desempenho de jovens brasileiros em provas que medem habilidades cientificas e rendimento em matemática. Esse quadro evidencia uma enorme carência de formação de qualidade para professores de ciências, capazes de desenvolver nas atuais e nas próximas gerações de crianças e jovens um raciocínio crítico, com condutas questionadoras e propositivas voltadas para a solução dos problemas da vida diária. Advêm daí propostas governamentais de políticas de divulgação e educação científicas, que vêm sendo arduamente construídas para implementação urgente no país, envolvendo cientistas, educadores e outros atores sociais.
Artistas têm uma sensibilidade apurada para a percepção dos problemas da sociedade e comumente sintetizam e antecipam questões cruciais. No seu premiado disco Quanta, de 1995, Arnaldo Antunes e Gilberto Gil nos apresentam a música A ciência em si. Entre mensagens mágicas e encantadoras, os versos nos dizem: A ciência não se aprende, a ciência apreende a ciência em si/A ciência não se ensina, a ciência insemina a ciência em si/e A ciência não avança, a ciência alcança a ciência em si. Aqui está, a meu ver, um importante elo nas relações entre arte e ciência: a arte pode sensibilizar a percepção, via expansão de nossos sentidos, de nossos olhares, e nos facilitar o encontro de novas idéias e soluções. O cardiologista e músico Richard Bing defendia que "a ciência e a medicina são tanto uma busca de harmonia e beleza na natureza como o são a música e a arte. Ambas requerem uma invenção de novos conceitos e idéias, e novos caminhos de percepção. Ambas requerem a mesma sensibilidade emocional e física a padrões, ritmos, consistência, novidade, metáfora e analogia. Requerem um refinado uso dos sentidos em conjunção com a mente e as mãos".
Grandes cientistas, como Galileu Galilei e Leonardo da Vinci, transitaram pelas vias de conexão entre a ciência e a arte, ao desenvolver o conhecimento e o comunicar das mais diferentes formas. Deixaram legados inestimáveis à humanidade. Um estudo sobre 73 cientistas de grande sucesso, dentre os quais muitos laureados com o Prêmio Nobel, realizado pela equipe do cientista Robert Root-Bernstein, da Universidade de Michigan nos Estados Unidos, identificou um grande percentual de vocações artísticas, evidenciando 25 músicos e compositores, 29 pintores, escultores, gravadores, desenhistas, 17 poetas, novelistas e teatrólogos. Recolhendo, estudando e interpretando as histórias contadas por pensadores, artistas e cientistas eminentes, o estudo conclui que através da arte os cientistas encontram as ferramentas para tornar explícita a beleza, seja na arte, seja na ciência: "Um cientista, como um pintor ou poeta ou compositor, é um realizador e descobridor de padrões. Os padrões do cientista, como os do pintor, do poeta ou do compositor, devem ser belos; idéias, como as cores ou palavras ou notas, devem ficar juntas de modo harmônico. A beleza é o primeiro teste nas ciências e nas artes: não há lugar permanente para a ciência feia ou não inspirada". E defendem que os conjuntos de talentos para arte e ciência devam ser considerados complementares, a se reforçar mutuamente. Consideram que o que o cientista pode fazer depende não apenas do que ele sabe, mas de sua personalidade, suas crenças, suas habilidades e sua prática nos campos da arte.
Essa proposta não é assim tão nova, pois desde a época em que os primeiros portugueses chegaram ao Brasil Leonardo da Vinci já nos dizia, em seu livro sobre a metodologia das descobertas: "Para [ter] uma mente completa, estude a arte da ciência, estude a ciência da arte, aprenda a enxergar, perceba que tudo se conecta a tudo". Este é um referencial básico que justifica o esforço para introduzir formalmente ciência e arte na programação curricular de uma instituição científica que forme cientistas e educadores, reinserindo a ciência como elemento da cultura. É isso que procuramos fazer no Instituto Oswaldo Cruz: integrar na educação o exercício, o treino e a educação da imaginação criativa, aprofundando a idéia de Albert Einstein de que "a imaginação é mais importante do que o conhecimento".
Em meu laboratório, temos desenvolvido ciência e arte como uma linha de pesquisa em ensino e criatividade, e como estratégia pedagógica. Cientistas e artistas lidam com as inquietações da descoberta, as regras, com as heranças culturais e transformações do conhecimento ao longo dos anos. Reunimos cientistas e artistas no mesmo espaço de trabalho e debate e possibilitamos que desenvolvam seus estudos estabelecendo diálogos de modo constante. Ligada a todas as áreas de conhecimento e facilitadora para o trabalho interdisciplinar, a arte pode proporcionar a junção, a integração de transversalidade em todos os espaços de educação, seja informais, seja tradicionais como os espaços escolares. Assim, as atividades de pesquisadores e estudantes nessa linha pretendem sensibilizar e capacitar professores a realizar esse trabalho nas escolas, a ampliar seu repertório expressivo, seu alcance na sociedade através do teatro e de outras formas de expressão artística, nas quais o conhecimento estará sendo transmitido sob uma linguagem e um mundo visual diferenciados. Pretendemos tentar comprovar nossa hipótese de que é possível sensibilizar o professor para um ensino mais criativo e desenvolver estratégias que aumentem a criatividade na formação dos cientistas, praticando um ensino que estimule a imaginação.
O ser humano nunca viveu sem utilizar a arte como forma de expressão, uma indicação de que a linguagem da arte é a própria linguagem da humanidade. Por isso, e para isso, a arte precisa ser mais bem compreendida e valorizada na educação, em todos os níveis de ensino, desde o ensino fundamental, em toda e qualquer escola, até o ensino de pós-graduação, para a formação de docentes e cientistas com orientação holística. A arte pode se combinar com a ciência como parte de uma estratégia pedagógica explícita para a educação científica da população. Atividades de ciência e arte possibilitam o desenvolvimento de novas intuições e compreensões através da incorporação do processo artístico a outros processos investigativos. Ajudam a construir um discurso interno e público sobre a relação entre arte, ciência, atividades humanas e tópicos relacionados a atividades multidisciplinares e multiculturais. A arte precisa ser incluída na educação científica não apenas para tornar as coisas mais belas, apesar de freqüentemente isso acontecer, mas primariamente porque os artistas fazem descobertas sobre a natureza diferentes daquelas que fazem os cientistas, sejam eles físicos, biólogos, geólogos ou outros especialistas. Além disso, os artistas usam bases diferentes para tomar decisões enquanto criam suas obras - seus experimentos. Mas tanto artistas como cientistas nos ajudam a notar e a apreciar as coisas da natureza que aprendemos a ignorar, ou que nunca nos ensinaram a ver. Tanto a arte como a ciência são necessárias para o completo entendimento da natureza e de seus efeitos nas pessoas.
* Tania C. Araújo-Jorge é pesquisadora-titular e atual diretora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) da Fiocruz. O presente artigo foi originalmente publicado na revista do Sesc de São Paulo.
Paulatinamente, essa miríade de expressões passou a ser reconhecida como sendo “arte”. Para muitos, este conceito abraça toda e qualquer manifestação que pretenda ou permita nos revelar a forma do homem encarar o mundo que o cerca. Contudo, o lugar ocupado pela arte pode ser bastante difuso e nem sempre cumpre as mesmas funções para diferentes culturas. Não por acaso, sabemos que, entre alguns povos, o campo da expressão artística esteve atrelado a questões políticas ou religiosas.
Na opinião de alguns estudiosos desse assunto, o campo artístico nos revela os valores, costumes, crenças e modos de agir de um povo. Ao detectar um conjunto de evidências perceptíveis na obra, o intérprete da arte se esforça na tarefa de relacionar estes vestígios com algum traço do período em que foi concebida. A partir dessa ação, a arte passa a ser interpretada com um olhar histórico, que se empenha em decifrar aquilo que o artista disse através da obra.
Com isso, podemos concluir que a arte é um mero reflexo do tempo em que o artista vive? Esse tipo de conclusão é possível, mas não podemos acabar vendo a arte como uma manifestação presa aos valores de um tempo. Em outras palavras, é complicado simplesmente acreditar que a arte do século XVI tem somente a função de exprimir aquilo que a sociedade desse mesmo século pensava. Sem dúvida, o estudo histórico do campo artístico é bem mais amplo e complexo do que essa mera relação.
Atualmente, o olhar histórico sobre a arte vem sendo acrescido de outras questões bastante interessantes. A apropriação da obra pelo público, os meios de difusão do conteúdo artístico e o intercâmbio entre diferentes manifestações integram os novos caminhos que hoje englobam esse significativo campo de conhecimento. Sem dúvida, ao perceber tantas perspectivas, temos a garantia de que as possibilidades de se enxergar a arte ou uma única obra pode conceber variados sentidos.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
Também chamada de Idade de Ouro, ou época de Péricles, pois defendeu a democracia e o livre pensar. A Grécia valorizava a dignidade e o valor do homem.
Enquanto a arte egípcia é uma arte ligada ao espírito, a arte grega liga-se à inteligência, pois os seus reis não eram deuses, mas seres inteligentes e justos que se dedicavam ao bem-estar do povo. A arte grega volta-se para o gozo da vida presente. Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, através da arte, exprimir suas manifestações. Na sua constante busca da perfeição, o artista grego cria uma arte de elaboração intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio, a harmonia ideal. Eles têm como características: o racionalismo; amor pela beleza; interesse pelo homem, essa pequena criatura que é “a medida de todas as coisas”; e a democracia.
ARTE GREGA
A figura humana foi o principal motivo na arte grega, afinal eles valorizavam o homem, então a arte estava de acordo com o pensamento da época, como sempre. Enquanto a filosofia destacava o harmonia, ordem e clareza de pensamento, a arte e a arquitetura buscavam o equilíbrio e moderação. Filosofia humanista. Contribuições: DEMOCRACIA, INDIVIDUALISMO E RAZÃO.
Estilos:
PINTURAS – bons conhecedores da pintura, porém não veio até nós; não temos conhecimento de nenhum até hoje. Eram tão vívidas que afirmou-se certa vez que um passarinho veio bicar uma cesta de frutas pintada numa parede, de tão realista que era a pintura.
PINTURA EM CERÂMICA – contava a história dos deuses e heróis da mitologia grega ou narrava eventos como festas e guerras.
Além de servir para rituais religiosos, esses vasos eram usados para armazenar, entre outras coisas, água, vinho, azeite e mantimentos.
Evolução dos estilos:
1. Geométrico – figuras e ornamentos tinham formas basicamente geométricas.
2. Figura negra (Período Arcaico) – estilo com fundo avermelhado. Os artistas riscavam os detalhes do desenho com agulha. Depois, inverteu-se o esquema de cores.
3. Figura vermelha – o vermelho natural da argila delineava os desenhos. Detalhes pintados em preto. As figuras pela primeira vez são mais realistas.
ESCULTURA – introduziram o nu na arte. Na escultura, o antropomorfismo - esculturas de formas humanas - foi insuperável. As estátuas adquiriram, além do equilíbrio e perfeição das formas, o movimento. As proporções ideais das estátuas representavam a perfeição do corpo (desempenho atlético) e mente (debate intelectual).
Buscavam uma síntese dos 2 pólos do comportamento humano: paixão e razão. O mármore branco era embelezado com pintura encáustica – pintura de pigmento em pó e cera quente.
No Período Clássico passou-se a procurar movimento nas estátuas, para isto, se começou a usar o bronze que era mais resistente do que o mármore, podendo fixar o movimento sem se quebrar. Surge o nu feminino, pois no período arcaico, as figuras de mulher eram esculpidas sempre vestidas, por pudor. E o sexo masculino era considerado perfeito...
Contraposto – princípio do apoio do peso. Foi uma inovação, pois o peso do corpo se apóia em uma das pernas e o corpo segue esse alinhamento, dando uma pequena ilusão de movimento e equilíbrio - eixo central do corpo.
Influenciou na Renascença, quando muitas obras clássicas foram redescobertas.
A escultura Davi, de Michelangelo, expressa bem a influência clássica, tanto no uso do contraposto, quanto da expressão e equilíbrio. Isso que era cerca de 1500 d.C..
ARQUITETURA – tratavam como grandes esculturas – com as normas de simetria e proporções ideais. Nos ritos públicos em frente aos templos, esculturas de deidades contavam as histórias. Cariátides – mulheres esculpidas que serviam como colunas. Atlantes: homens.
Tipos de colunas: dórica, jônica e coríntia.
- Ordem Dórica - era simples e maciça. O fuste da coluna era monolítico e grosso. O capitel era uma almofada de pedra. Nascida do sentir do povo grego, nela se expressa o pensamento. Sendo a mais antiga das ordens arquitetônicas gregas, a ordem dórica, por sua simplicidade e severidade, empresta uma idéia de solidez e imponência. Vemos a influência até hoje, como essa coluna em Washington:
- Ordem Jônica - representava a graça e o feminino. A coluna apresentava fuste mais delgado e não se firmava diretamente sobre o estilóbata, mas sobre uma base decorada. O capitel era formado por duas espirais unidas por duas curvas. A ordem dórica traduz a forma do homem e a ordem jônica traduz a forma da mulher.
- Ordem Coríntia - o capitel era formado com folhas de acanto e quatro espirais simétricas, muito usado no lugar do capitel jônico, de um modo a variar e enriquecer aquela ordem. Sugere luxo e ostentação.
Em Washington, novamente:
Os principais monumentos da arquitetura grega:
a) Templos, dos quais o mais importante é o Partenon de Atenas. Na Acrópole, também, se encontram as Cariátides homenageavam as mulheres de Cária.
b) Teatros, que eram construídos em lugares abertos (encosta) e que compunham de três partes: a skene ou cena, para os atores; a konistra ou orquestra, para o coro; o koilon ou arquibancada, para os espectadores. Um exemplo típico é o Teatro de Epidauro, construído, no séc. IV a.C., ao ar livre, composto por 55 degraus divididos em duas ordens e calculados de acordo com uma inclinação perfeita. Chegava a acomodar cerca de 14.000 espectadores e tornou-se famoso por sua acústica perfeita.
Teatro de Epidauro
c) Ginásios, edifícios destinados à cultura física.
d) Praça - Ágora onde os gregos se reuniam para discutir os mais variados assuntos, entre eles; filosofia.
As olimpíadas: Realizavam-se em Olímpia, cada 4 anos, em honra a Zeus. Os primeiros jogos começaram em 776 a.C. As festas olímpicas serviam de base para marcar o tempo.
Teatro: Foi criada a comédia e a tragédia.
Referências bibliográficas:
STRICKLAND, Carol. Arte comentada: da pré-história ao pós-moderno. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.
UGOLOTTI, B. M. Enciclopédia da civilização e da arte: arte antiga. I volume. São Paulo: Martins, 2000.
http://www.historiadaarte.com.br/linha_do_tempo.htm
http://www.coladaweb.com/artes/artegrecia.htm
Dupla de grafiteiros fala ao iG Jovem sobre problemas sociais, início de carreira e o universo paralelo que criaram em muros e telas
Renan Silva, iG São Paulo
À grosso modo, um pufe feito com garrafas PET é simplesmente um aglomerado de garrafas encaixadas, unidas por fita e com uma cobertura bonitinha pra dar uma disfarçada. Parece ser bem simples a confecção de um. O material é basicamente: garrafas PET (óbvio); fita durex larga; papelão grosso; cola de sapateiro; uma espuminha pra aliviar a retaguarda; um tecido para cobrir.
Veja um artigo com tutorial passo-a-passo e um video ensinando como fazer um pufe com PET.
O primeiro passo para se fazer uma cadeira com garrafas PET, é fazer um pufe . Se o formato for quadrado, mais fácil ainda encaixar um recosto e prendê-lo junto ao assento. No site da Rede EcoBlogs, tem um tutorial ilustrado ensinando direitinho como fazer uma. Além da fita, eles pedem barbante e chave de fenda, para construir o móvel. Basicamente um pufe com recosto.
Veja o artigo com tutorial passo-a-passo de como fazer uma cadeira com PET.
Agora vem o desafio! Você já aprendeu a fazer um pufe, que se mostrou ser um passo necessário para criar uma cadeira e agora imagine que essa cadeira tem um assento grande o suficiente para duas pessoas sentarem e um recosto confortável e seguro o suficiente para possamos sentar e deitar para ver TV. Esse é o nosso sofá feito com PET. A professora Graça, de Navegantes (SC), já fez e deixou fotos para provar o feito em seu site. Não achei tutorial, mas se você for esperto, consegue fácil fazer um molde da cadeira
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Fotos do sofá feito com PET, pela professora Graça de Navegantes.
E você? Tem alguma dica, um tutorial, uma cartilha que ensine passo-a-passo a fazer um desses ou algum outro móvel com material reciclado? Envie pra mim, que eu terei o maior prazer de disponibilizar aqui no blog.
http://tecnocracia.com.br/652/como-fazer-pufe-cadeira-e-sofa-de-garrafas-pet/