Desde a década de 1970, a comunidade médica tem uma concepção mais elástica do que seja a depressão. A ideia da doença associada à melancolia, ao choro e à falta de ânimo tem convivido cada vez mais com outros quadros. Segundo o psiquiatra Kalil Duailibi, essas “variações” costumam ser mais comuns em homens. “Eles apresentam quadros diferentes, caracterizados pela irritabilidade, pelas explosões, pelo mau humor e também pela dor física”, destaca o também professor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Santo Amaro (Unisa) e ex-coordenador de Saúde Mental da Secretaria de Saúde do Município de São Paulo.
A American Psychiatric Association divulgou um estudo mostrando que, de uma forma geral, a prevalência da depressão em pacientes do sexo masculino é tão grande quanto em mulheres. “Não tem mais aquela história de duas mulheres com depressão para um homem deprimido. Neles, no entanto, as características estão mais ligadas a dores e irritabilidade”, completa Duailibi. O sujeito não necessariamente está melancólico e choroso. A doença pode esconder-se por trás da dificuldade para dormir, da falta de paciência com tudo e com todos, por exemplo. “Chamamos de depressão aparentemente sem doença. A pessoa não está lamentando a vida, mas, de alguma forma, o corpo chora”, ressalta o médico."
Fonte:https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2013/10/19/interna_ciencia_saude,394235/depressao-nem-sempre-vem-acompanhada-de-tristeza-fique-atento.shtml
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