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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Exposição revela funcionamento de campo de concentração nos EUA

Foto: NYT


Crianças engraxam sapato no Centro de Aprendizado Interpretativo Heart Mountain, campo de concentração japonês, em foto sem data.

Numa região repleta de paisagens inspiradoras, Powell, no Estado americano de Wyoming, certamente não é uma delas. Se você se posicionar perto de onde antes ficavam as barracas, não muito longe do coração do Centro de Aprendizado Interpretativo Heart Mountain, inaugurado no ano passado, essa imensidão árida pode até parecer uma piada cruel. 
Imagine que você é James Osamu Ito, filho de um imigrante japonês, formado em Ciências do Solo pela Universidade da Califórnia, Davis, e é proprietário de uma fazenda de mais ou menos 11 hectares no Estado. Em 1942, ele foi informado pelos militares americanos de que deveria abandonar suas terras, suas máquinas e sua casa e embarcar em um trem que iria levá-lo para um local no qual deveria aguardar o final da guerra que sua nação estava lutando contra a terra de seus ancestrais.
Em 1943, 10 mil pessoas viviam no , e cerca de um terço deles faziam parte da primeira geração de imigrantes japoneses conhecidos como issei (que não eram cidadãos americanos). O restante era nissei, a segunda geração, formada por nipo-americanos.
Durante um certo tempo, Heart Mountain foi a terceira maior cidade de Wyoming. E junto com outros nove "campos de internação" – todos localizados em regiões isoladas onde não poderia haver tráfico de informações ou contrabando - este era um dos lugares para onde as pessoas de origem japonesa eram enviadas em 1942, após o bombardeio de Pearl Harbor, pela Ordem Executiva 9066.
Tratou-se da realocação de mais de 110 mil pessoas, a maioria cidadãs legais dos Estados Unidos. Não houve uma análise seletiva. Mesmo agora, depois de um pedido oficial de desculpas às vítimas pelo governo dos Estados Unidos, além do pagamento de US$ 1,65 bilhão em indenizações e depois de histórias e memórias o suficiente terem sido escritas para encher uma estante de livros, o episódio continua sendo chocante e desconcertante. Como foi que isso aconteceu e por quê?
Até agora, um dos campos de internação, o Manzanar, localizado na Califórnia, chamou mais atenção do público em geral e tem até uma exposição em sua sede. Mas o museu em Heart Mountain (estranhamente chamado de um Centro de Aprendizado Interpretativo) é bem visto. A escassez da paisagem e seu relativo isolamento das atrações concorrentes – o local fica a meia hora de Cody e a 120 quilômetros do Parque Nacional de Yellowstone – captam a atenção.
Foram 15 anos de arrecadação de recursos pela Fundação Heart Mountain Wyoming, além da aquisição de 30 hectares (juntamente com os outros 40 que já eram propriedade do governo federal) antes deste centro de 11 mil metros quadrados poder ser construído.
Fonte: IG

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