Nascido em Nagasaki, no Japão, em 1954, Ishiguro mudou-se para a Inglaterra aos cinco anos de idade, onde vive até hoje. Autor de oito livros (sete romances e um volume de contos), ele escreve em inglês.
São de Ishiguro "Os vestígios do dia" (1989), que ganhou o Man Booker Prize, e a ficção científica "Não me abandone jamais" (2005), ambos adaptados ao cinema.
Ambos foram editados no Brasil pela Companhia das Letras, que também publicou "Quando éramos órfãos" (2000) e "O gigante enterrado" (2015), além da seleção de contos de "Noturnos: Histórias de música e anoitecer" (2009).
À BBC, Ishiguro afirmou: "O mundo está em um momento muito incerto, e eu gostaria que o Prêmio Nobel desse impulso a algo positivo no planeta neste momento. Ficaria profundamente emocionado se eu, pudesse, de alguma forma, contribuir em algum nível com uma atmosfera positiva nestes tempos de incerteza".
Na entrevista à rede britânica, o escritor admitiu que ainda não tinha sido contado pelo comitê do Nobel e que não tinha certeza se tudo não passava de uma farsa. Ele disse que ganhar o Prêmio Nobel é "uma honra magnífica, principalmente orque isso signita que estou seguindo as pegadas dos maiores autores que já viveram, então é uma conquista excelente".
A Academia Sueca, responsável pelo Nobel, informou em comunicado que Ishiguro recebeu o prêmio porque "em seus romances de grande força emocional, revelou o abismo sob nossa sensação ilusória de conexão com o mundo".
Ao fazer o anúncio do prêmio a Ishiguro, secretária-permanente da Academia Sueca, Sara Danius, destacou que o autor retrata em seus livros temas como "memória, passagem do tempo e autoilusão".
"Ele é um pouco como uma mistura de Jane Austen, comédia de costumes e Franz Kafka. Se você misturar isso um pouco, não muito, você tem a essência de Ishiguro", declarou a secretária da Academia, que citou ainda Marcel Proust.
A Academia também lembrou que o filme "Vestígios do dia" (1993) foi estrelado pelo ator Anthony Hopkins. Ishiguro assina ainda o roteiro do filme "A condessa branca" (2005), estrelado por Ralph Fiennes e Natasha Richardson.
Apesar de ser um nome de prestígio na literatura internacional, o ganhador do Nobel de Literatura de 2017 não era considerado um favorito. Nas bolsas de aposta, os mais cotados eram o queniano Ngũgĩ wa Thiong'o, o japonês Haruki Murakami e a canadense Margaret Atwood.
O Nobel para Ishiguro vem um ano depois do prêmio entregue a Bob Dylan. A decisão em favor de um músico, e não um escritor de ofício, causou bastante polêmica na época.
Ao fazer o anúncio do prêmio a Ishiguro, secretária-permanente da Academia Sueca, Sara Danius, destacou que o autor retrata em seus livros temas como "memória, passagem do tempo e autoilusão".
"Ele é um pouco como uma mistura de Jane Austen, comédia de costumes e Franz Kafka. Se você misturar isso um pouco, não muito, você tem a essência de Ishiguro", declarou a secretária da Academia, que citou ainda Marcel Proust.
A Academia também lembrou que o filme "Vestígios do dia" (1993) foi estrelado pelo ator Anthony Hopkins. Ishiguro assina ainda o roteiro do filme "A condessa branca" (2005), estrelado por Ralph Fiennes e Natasha Richardson.
Apesar de ser um nome de prestígio na literatura internacional, o ganhador do Nobel de Literatura de 2017 não era considerado um favorito. Nas bolsas de aposta, os mais cotados eram o queniano Ngũgĩ wa Thiong'o, o japonês Haruki Murakami e a canadense Margaret Atwood.
O Nobel para Ishiguro vem um ano depois do prêmio entregue a Bob Dylan. A decisão em favor de um músico, e não um escritor de ofício, causou bastante polêmica na época.
Fonte:G1
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