(SAEPE).
Leia o texto abaixo e responda.
Para
entender as multidões
O
reino animal é uma fonte inesgotável de imagens incríveis. Peixes e aves, por
exemplo, quando organizados em cardumes e bandos, formam grupos cuja sincronia
é inexplicável.
No
entanto, existe uma lógica por trás desse tipo de deslocamento, estudado há
tempo por cientistas e biólogos. “O agrupamento de animais tem diversas
funções, como, por exemplo, confundir o predador, encontrar mais alimentos e
aumentar as chances de achar um parceiro reprodutivo”, explica César Ades,
pesquisador do Instituto de Psicologia da USP e especialista no estudo do
comportamento animal. Agora, trabalhos sobre o tema estão ajudando
pesquisadores a criar mais um novo campo de conhecimento: a nova ciência das multidões.
Os
biólogos britânicos Jens Krause e John Dyer [...] realizaram uma série de
experimentos cujo objetivo era comparar aspectos como liderança e tomada de
decisão entre grupos de animais e humanos. [...] Os resultados comparados a
estudos anteriores feitos com animais apresentaram resultados semelhantes. Os
pesquisadores observaram que, quando pelo menos 5% dos indivíduos têm uma
posição definida, os restantes tendem a seguir essa minoria, caracterizada como
uma liderança.
Istoé, 25 nov. 2009, n.
2089, p. 120. Fragmento.
Qual
é a tese defendida pelos pesquisadores britânicos?
A) Os agrupamentos de animais têm a
função de confundir o predador.
B) Os animais e os humanos apresentam
a tendência de seguir a minoria.
C) Os animais se organizam em conjunto
para procurar alimentos.
D) Os peixes e as aves se organizam em
cardumes e bandos.
E) Os trabalhos estão ajudando os
pesquisadores no estudo das multidões.
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(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Publicidade:
a força das imagens a serviço do consumo
Comerciais
exibidos na televisão recorrem a estereótipos para criar a sensação de desejo inconsciente
do telespectador A
linguagem da propaganda, em qualquer meio de comunicação, é sempre a da sedução,
a do convencimento. Na TV, seu discurso ganha um reforço considerável: a força das
imagens em movimento.
Assim, fica muito difícil resistir aos seus apelos: o
sanduíche cujos ingredientes quase saltam da tela com sua promessa de sabor, o
último lançamento automobilístico – que nenhum motorista inteligente pode
deixar de comprar – deslizando em uma rodovia perfeita como um tapete, a roupa
de grife moldando o corpo esguio de jovens modelos. Publicidade funciona assim
nas revistas, nos jornais, no vídeo e nos outdooors, mas suas armas parecem
mais poderosas na televisão. Se é verdade, como dizem os críticos, que a
propaganda tenta criar necessidades que não temos, os comerciais de TV são os
que mais perto chegam de nos fazer levantar imediatamente do sofá para realizar
algum desejo de consumo – e às vezes conseguem, quando o objeto em questão pode
ser encontrado na cozinha.
Aprender
a ler as peças publicitárias veiculadas pela TV tem a mesma importância na formação
de um telespectador crítico, que sabe analisar os noticiários e as telenovelas [...]
RIZO,
Sérgio. “O poder da telinha”. Nova Escola. São Paulo: Abril, ano XIII,
n. 118, p.17, dez. 1998.
O
assunto desse texto é
A)
a linguagem da propaganda.
B)
a publicidade e o consumo.
C)
a veiculação da propaganda.
D)
o comercial e a televisão.
E)
o valor da peça publicitária.
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abaixo e responda.
Carnaval
O
carnaval nos seus folguedos tem muito de pagão, mas seu nome não desmente as origens
cristãs, associado que está à lei da abstinência da carne. Que carnaval está
ligado à carne, qualquer leigo pode ouvir ou ver na palavra. Mas, e
abstinência? Vamos à história.
Por
muito tempo interpretou-se a palavra como Carne, vale!, ou seja, Carne,
adeus! ou Adeus, carne! Seria a definição da festa como a despedida da carne às
vésperas da quaresma, tempo em que se impunha a abstinência da carne...
Interpretação visivelmente fantasiosa, onde carne é impossível como vocativo.
Hoje,
os etimologistas mais acreditados concordam em apontar a origem italiana do vocábulo.
Carnevale, de carne-vale, alteração de I: carne levare. Levare
significando “deixar, pôr de lado, suspender, suprimir.” Referência clara à
abstinência quaresmal que se seguia aos festejos carnavalescos.
LUFT,
Celso Pedro. O romance das palavras. São Paulo: Ática, 1996. p. 43.
O
assunto desse texto é a
A)
origem do carnaval.
B)
origem do carnaval na Itália.
C)
origem do nome carnaval.
D)
referência à abstinência quaresmal.
E)
referência aos festejos carnavalescos.
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(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Canções
com Mamonas Assassinas e Maria Rita retratam tipos urbanos femininos
As
canções têm a particularidade de fazer, na conjunção letra e música, um retrato
do cotidiano, expondo jeitos de ser, maneiras de falar, personagens, tipos
característicos de determinados momentos, lugares, classes, comunidades.
Seja
qual for o estilo, a canção motiva uma escuta que possibilita um contato quase
que de primeiro grau com vozes que tocam o ouvinte e estabelecem com ele um
diálogo que tematiza, de maneira explícita ou não, valores sociais, culturais,
morais.
Nesse
sentido, a mulher, tanto quanto na poesia e nas artes em geral, tem povoado as
canções, aparecendo como “divina e graciosa/estrela majestosa”, “mulher de
verdade”, “mulher indigesta”, “mulher de trinta”, “dessas mulheres que só dizem
sim”, “Marina morena” etc. Se a lista nunca se acaba, as mulheres encarnadas
pelas canções dizem muito sobre os costumes e os valores de uma época,
revelando concepções de feminino. Maria do Socorro, recente composição
de Edu Krieger, cantada por Maria Rita, e a “mina” de Pelados em Santos,
composição de Dinho, do saudoso grupo Mamonas Assassinas, dimensionam a maneira
como dois tipos urbanos entram para a galeria das mulheres brasileiras
retratadas pela música popular. Essas canções mostram, cada uma a seu modo, o
lugar assumido pelo observador para estabelecer um enquadramento, delineando,
sobretudo pelas escolhas linguísticas, as vozes que as materializam.
BRAIT,
Beth. Disponível em:
. Acesso em: 14
jan. 2011. Fragmento.
Qual
é a tese desse texto?
A) As canções mantêm um diálogo com o
cotidiano de modo geral.
B) As canções motivam uma escuta com
vozes que tocam o ouvinte.
C) As canções sobre mulheres descrevem
os costumes e os valores de uma época.
D) Os autores determinam o lugar das
mulheres em suas composições.
E) Os tipos urbanos de mulheres
retratados nas canções assumem a lógica do observador.
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abaixo e responda.
A
hora de acelerar
A
venda de computadores explodiu, mas o acesso à internet de alta velocidade não
cresceu no mesmo ritmo. Falta um modelo.
Nos
últimos anos, por conta do crescimento da economia e dos incentivos criados
pelo governo federal, o Brasil conseguiu ampliar o número de computadores
instalados e reduzir o fosso que o separava de outros países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Segundo
cálculos da Fundação Getúlio Vargas, no início de 2009, havia 60 milhões de
máquinas, seja nas residências, seja nas empresas. Só em 2008, foram vendidos
12 milhões de unidades, três vezes mais do que em 2004.
Se
a venda de computadores deu um salto, o mesmo não se pode dizer do acesso à
internet mais rápida, por meio da chamada banda larga, que ainda se expande em
ritmo bem menor. No fim do ano passado, as conexões de alta velocidade eram
utilizadas por aproximadamente 10 milhões de brasileiros, ante 7,7 milhões em
2007, conforme números apurados pela pesquisa anual Barômetro da Banda Larga,
feita pelo IDC Brasil em parceria com a Cisco. Um número tímido quando
comparado aos dos países que lideram essa corrida. Em 2008, a China
contabilizava 81 milhões de conexões em banda larga. Os Estados Unidos, 79
milhões.
Uma
das razões para este descompasso na popularização da banda larga no Brasil é
justamente a ausência de um modelo definido de política para a universalização
do acesso às conexões rápidas. Ao contrário do celular, um caso bem-sucedido de
massificação e que tem hoje mais de 150 milhões de unidades em operação no
País, nem o mercado nem o Estado ainda encontraram a fórmula capaz de prover de
internet rápida a população de baixa renda e as cidades distantes dos grandes
centros urbanos. Para parte dos especialistas, falta uma intervenção estatal
mais clara. Para outros, o problema é a ausência de competição e regras pouco
flexíveis, que, em alguns casos, criam monopólios virtuais. Enquanto a
concepção de um modelo não avança, a União continua sentada sobre os cerca de 7
bilhões de reais do Fundo Universalização dos Serviços de Telecomunicações
(Fust), criado na época da privatização do Sistema Telebrás.
Carta
Capital,
4 de março de 2009. Fragmento.
Nesse
texto, o tema desenvolvido é
A) o aumento do número de vendas de
computadores.
B) o uso do aparelho celular
massificou-se.
C) o número de computadores é inferior
ao de celulares.
D) a China contabiliza o maior número
de conexões.
E) a lenta universalização da banda
larga.
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(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Em
harmonia com a natureza
Todas
as manhãs, Laila Soares, 17, entra na internet para ver qual é a lição de casa
do dia. De dentro de sua casa no interior de Goiás, feita de barro, areia e
palha, ela se comunica com seus professores na Austrália e discute com outros
alunos os tópicos do fórum da semana. Além das aulas convencionais, como biologia
e matemática, ela estuda mitologia e a condição da mulher na sociedade. À
tarde, se dedica a tocar violão, pintar ou cuidar das plantas. Duas vezes por
semana, ela visita escolas onde dá aula para alunos e professores com o intuito
de promover a sustentabilidade.
Sustentabilidade
significa gastar menos do que a natureza consegue repor. Este é o conceito por
trás das ecovilas, comunidades nas quais as ações sustentáveis vão muito além
da reciclagem do lixo. Ela mora no Ecocentro Ipec (Instituto de Permacultura e
Ecovilas do Cerrado), uma ecovila a três quilômetros de Pirenópolis criada há
dez anos por seu pai, brasileiro, e sua mãe, australiana.
Atualmente,
há cerca de 20 pessoas morando no local. Mas na época dos cursos o número de
residentes pode subir para 150. “Recebemos gente do mundo inteiro. Estou sempre
conhecendo culturas novas e fazendo novos amigos.” Mas não é só no ecocentro
que Laila expande seus horizontes. Frequentemente, acompanha os pais em
trabalhos ao redor do mundo. “Por isso optamos pela escola a distância”,
explica. “Assim, posso viajar e continuar estudando.”
Disponível
em:
01T00:00:00-03:00&max-results=50>.
Acesso em: 20 abr. 2012.
Qual
é o assunto desse texto?
A) A convivência harmônica da menina
com os pais.
B) A reciclagem do lixo no interior de
Goiás.
C) As comunidades ecologicamente
sustentáveis.
D) O uso da internet em escolas a
distância.
E) Os cursos sobre sustentabilidade em
Pirenópolis.