Guia traz dicas para os colecionadores novatos
“O que tem início como passatempo – evolui para hobby e se torna obsessão –, acaba por se transformar em doença.” A frase, atribuída ao colecionador norte-americano Howard Rachofsky, ilustra bem as motivações expostas em Collecting Art for Love, Money and More (Phaidon, 208 págs.), escrito pelo casal Ethan e Thea Westreich Wagner, ambos consultores do mercado de artes. O livro, um emaranhado de apetitosas histórias, é um guia para o colecionador de arte contemporânea assolado por dúvidas quanto a jovens artistas e tendências.
A dupla norte-americana, tudo indica, entende do riscado: sua coleção de aproximadamente 800 obras, adquiridas ao longo de 30 anos, está prometida para duas importantes instituições: o Whitney Museum of American Art, em Nova York, e o Centre Pompidou, em Paris.
“A história está repleta de exemplos de colecionadores com poucos recursos. Arte não é apenas um jogo para pessoas ricas”, afirmam eles. “Quando se tem um pequeno orçamento, é necessário concentrar-se em artistas jovens e emergentes e adquirir seus trabalhos antes que o mercado fixe preços acima das nossas posses. Grandes coleções foram construídas por proprietários que souberam vender bem peças adquiridas por valores modestos para gerar fundos e, assim, aumentar e sofisticar suas coleções”, contam.
O livro é dividido em dez capítulos, nos quais se abordam temas como prós e contras da obra como investimento, colecionar com orçamento reduzido, as loucuras de um leilão ou como identificar artistas com potencial de mercado.
Todas as vicissitudes do mundo das artes estão resumidas na anedota sobre o norte-americano John Pierpont Morgan, que, certa vez, questionou seu assistente sobre a localização de uma escultura de Michelangelo e obteve como resposta: “O busto de bronze está localizado em sua mesa, na biblioteca, e o encara todas as vezes em que o senhor está sentado em sua cadeira”.
Casa de Ethan e Thea Westreich Wagner, no Soho, em Nova York
Entrada da “caverna”, na Califórnia, construída para abrigar a coleção do casal Norman e Norah Stone, aberta em 2007.
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