Uma exposição organizada pelo Museu do Louvre, de Paris, pode ser vista agora no Masp, em São Paulo. A mostra reúne preciosidades do Renascimento alemão.
As gravuras têm a mesma idade do Brasil. Foram criadas há mais de 500 anos. Sobreviveram a guerras na Europa e, hoje, são o melhor retrato da Alemanha do século XVI.
Cada imagem foi primeiro entalhada na madeira, depois coberta de tinta e, por fim, pressionada sobre o papel como um carimbo. Os detalhes minuciosos criam luz e sombra e parecem dar volume às formas.
“Você pensa que a qualquer hora vai falar com a gente”, conta a enfermeira Patrícia Saavdra.
As 61 gravuras da exposição foram produzidas por artistas alemães que viveram por alguns anos na Itália, no início do período conhecido como Renascimento.
Até a Idade Média, o tema de uma obra era determinado por quem pagava por ela. Normalmente era a Igreja, por isso, os quadros quase sempre mostravam cenas da bíblia, imagens de santos, o céu e o inferno. E o autor era considerado apenas um artesão. A partir do Renascimento, ele começou a ter ideias próprias, a mostrar ao mundo o ponto de vista dele. E o artesão começou a se transformar em artista.
Foi nessa época que os autores passaram a assinar suas obras e a retratar o que gostavam, paisagens, por exemplo, ou animais.
As gravuras fazem parte de um conjunto de cem mil peças que são a base do acervo do museu do Louvre, em Paris. Elas foram doadas pelos descendentes do barão Edmond de Rotschield, que, ao longo da vida, colecionou e salvou obras de arte que contam parte da história do mundo.
“O que ele fazia, e isso de maneira muito intencional, com muito gosto, com muito bom gosto, era reunir aquilo que ele considerava como espelho de espírito europeu. Isso é muito importante”, explica Teixeira Coelho, curador-chefe do Masp.
Fonte: G1
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