The Persistence of Memory, 1931.
Parece ecoar um som de toda e qualquer obra de arte, como se elas falassem uma língua estranha. O observador vive aquela pequena angústia de tentar encontrar algum significado, alguma solução. E a obra de arte parece viver angústia ainda maior, estática, querendo gentilmente levar o observador à sua realidade.
Como se existisse uma verdade dentro de cada quadro e o silêncio dentro de cada pensamento. É um conflito. Olhar a obra e tentar entendê-la, abstrair dela a música que ela toca. Assim, vendo as obras do grande Salvador Dali , veio-me uma estranha sensação, que começou percorrendo os meus olhos e depois virou silêncio. Pois é assim mesmo que acontece, é uma música que se escuta com os olhos, é a dinâmica do que se encontra estático.
Pois o tempo flui muito rápido. É preciso parar um pouco e isso não significa de modo algum que o tempo também para. Abstrair de toda e qualquer distração, colocar-se diante de uma obra de arte, tentar entender a sua linguagem peculiar, o seu sentido.
É mágico
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