Pergunta que não dorme é perigosa. Bagunça a nossa harmonia todinha. Atrapalha o fluxo natural da vida. Obstrui o caminho que nos permite fazer contato com a sabedoria do nosso coração. Pergunta que não dorme rodopia, incansável, na nossa cabeça e nos deixa zonzos, muito zonzos. Ladra de energia, ensurdece os nossos olhos, abafa a nossa música, esconde o nosso sol. Pergunta que não dorme vai pra tudo o que é canto procurar resposta, como se resposta fosse coisa que se encontra em qualquer lugar.Tentar deixar a pergunta dormir um pouco pode ser a melhor maneira de abrir espaço para a resposta acordar. Talvez, a única. Para que a vida responda, às vezes o mais saudável a ser feito é apenas procurar relaxar. Para afrouxar o sentimento. Para arejar a alma. Para distrair a pergunta.Resposta não consegue florescer no terreno apertado da confusão. © ANA CLÁUDIA SALDANHA JÁCOMO
In Cheiro de flor quando ri 1
(publicado em 18 de Janeiro de 2009)
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