“A testemunha falsa não ficará sem castigo, e aquele que despeja mentiras não sairá livre. A testemunha falsa não ficará sem castigo, e aquele que despeja mentiras perecerá.”
(Pv 19.5,9 NVI).
Uma lei chamada Lei da Verdade no Governo (Truth in Government Act) foi proposta pelo deputado norte-americano Donald M. Fraser. Sua intenção era tornar ilegal que funcionários federais mentissem para os cidadãos. A explicação de Fraser para justificar a lei é que a honestidade é uma rua de sentido único. Ele disse: “Sob a lei atual, é crime um cidadão mentir para um funcionário do governo, mas não é crime um funcionário do governo mentir para o povo”. Segundo ele, talvez os funcionários públicos devessem fazer um juramento de honestidade ao serem empossados.
Essa é uma proposta interessante e bastante razoável. Porém, ela seria desnecessária caso as pessoas conhecessem e respeitassem o ensino bíblico que fala sobre os testemunhos desonestos. Algo que é certo é que “a testemunha falsa não ficará sem castigo”, afirmação repetida nos versículos 5 e 9. Isso, em parte, se deve à lei humana. A legislação americana, por exemplo, tem sérias penas para pessoas que cometem perjúrio. Porém, o mesmo crime não recebe o mesmo peso na lei brasileira. Contudo, não é somente disso que o texto trata. A “testemunha falsa” pode agir em um tribunal formal ou simplesmente nas rodinhas informais, nas quais podem ser introduzidas fofocas mentirosas que causam os mesmos problemas para as pessoas que são alvo da falsidade.
Por isso, Salomão deixa claro que a condenação alcança “aquele que despeja mentiras”, de modo que ele “não ficará sem castigo”, mas certamente “perecerá”. Segundo tal descrição, é claro que a justiça humana pode ser o veículo da dita punição. Mas a certeza dessa cobrança, além dos critérios expostos, demonstra que o juiz último é o próprio Senhor Deus. Significa que ele odeia a mentira e a maldade que leva uma pessoa a prejudicar outra por meio de testemunhos mentirosos. Isso, por si só, deve afastar definitivamente todos os servos de Deus dessa prática, tornando-os pessoas confiáveis, honestas e verdadeiras. Ainda que a lei dos homens não seja severa com o testemunho mentiroso, Deus é bastante rígido com esse pecado e todos devem temer desrespeitá-lo com falsidades. Afinal, que lei nos protegeria do grande e eterno juiz?
Pr. Thomas Tronco
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