quinta-feira, 19 de outubro de 2017

LINGUAGEM FORMAL E INFORMAL



A linguagem é a forma que usamos para nos comunicar uns com os outros. Temos a linguagem oral, escrita e visual, por exemplo, mas todas estas seguem padrões adotados pela sociedade que diferem entre si dependendo da situação ou do ambiente em que o indivíduo se encontra. Atualmente, numa época de modernidade líquida onde as coisas são passageiras e rápidas é bastante comum que façamos uso da linguagem para acompanhar este ritmo.

Por exemplo, quando conversamos com pessoas vindas de lugares diferentes, com outros costumes e outros vícios de linguagem tendemos a absorver certas expressões e até mesmo gírias que acabam tornando-se comum em nosso cotidiano. Entre amigos e alguns familiares é perfeitamente normal que façamos uso destas gírias, falando de forma mais desleixada e, saindo da parte da oralidade, quando conversamos com alguém pelo celular ou computador, através e mensagens de texto, nossa forma de linguagem continua a mesma, fazemos usos de abreviações que não constam na nossa língua e até inventamos algumas palavras. Este tipo de linguagem chamamos de informal.



Já a linguagem formal é aquela que utilizamos em situações que requerem seriedade, é o tipo de linguagem requerida em exames que trazem uma parte de redação como alguns concursos públicos e principalmente o temido vestibular. Ela também é utilizada na oralidade quando temos que lhe dar com alguém mais velho ou de um cargo superior, por exemplo, não se atendo somente à escrita. Imagine você prestes a fazer um discurso, para um auditório lotado, todos prestando atenção em cada palavra que tem a dizer naquele momento, fica claro que o tipo de linguagem a ser utilizada é a linguagem formal. Ou quando temos que enviar uma carta ou um documento.



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Vícios de Linguagem

Ao contrário das figuras de linguagem, que representam realce e beleza às mensagens emitidas, os vícios de linguagem são palavras ou construções que vão de encontro às normas gramaticais. Os vícios de linguagem costumam ocorrer por descuido, ou ainda por desconhecimento das regras por parte do emissor.



A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permitindo-nos a oportunidade de expressar sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano, e, sobretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social.
E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os níveis da fala, que são basicamente dois: O nível de formalidade e o de informalidade.


O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um modo geral. Razão pela qual nunca escrevemos da mesma maneira que falamos. Este fator foi determinante para a que a mesma pudesse exercer total soberania sobre as demais.


Quanto ao nível informal, este por sua vez representa o estilo considerado “de menor prestígio”, e isto tem gerado controvérsias entre os estudos da língua, uma vez que para a sociedade, aquela pessoa que fala ou escreve de maneira errônea é considerada “inculta”, tornando-se desta forma um estigma.
Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais representam as variações de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada. Dentre elas destacam-se:
Variações históricas:
Dado o dinamismo que a língua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do tempo. Um exemplo bastante representativo é a questão da ortografia, se levarmos em consideração a palavra farmácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, contrapondo-se à linguagem dos internautas, a qual fundamenta-se pela supressão do vocábulos.
Analisemos, pois, o fragmento exposto:
Antigamente
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio."
Carlos Drummond de Andrade


Comparando-o à modernidade, percebemos um vocabulário antiquado.
Variações regionais:
São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes a diferentes regiões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que, em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como: macaxeira e aipim. Figurando também esta modalidade estão os sotaques, ligados às características orais da linguagem.


Variações sociais ou culturais:
Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de instrução de uma determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira.



As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores, entre outros.


Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um linguajar técnico. Representando a classe, podemos citar os médicos, advogados, profissionais da área de informática, dentre outros.


Vejamos um poema e o trecho de uma música para entendermos melhor sobre o assunto:


Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade


CHOPIS CENTIS
Eu “di” um beijo nela
E chamei pra passear.
A gente fomos no shopping
Pra “mode” a gente lanchar.
Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.
Até que “tava” gostoso, mas eu prefiro aipim.
Quanta gente,
Quanta alegria,
A minha felicidade é um crediário nas
Casas Bahia.
Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho.
Pra levar a namorada e dar uns “rolezinho”,
Quando eu estou no trabalho,
Não vejo a hora de descer dos andaime.
Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger
E também o Van Damme.
(Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995.)
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
CLIPE DA MÚSICA



Fonte:
http://aprendererealizar.blogspot.com.br/2015/02/linguagem-formal-e-informal.html

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