Contexto histórico
Um agitado início de século na Europa.
No início do século XX, a Europa se encontrava em imensa turbulência. Problemas de natureza política entre países vizinhos deram início a desentendimentos locais acabaram assim provocando, em 1914, a Primeira Guerra Mundial. Juntamente com as instabilidades políticas, as pessoas tinham que construir um novo olhar para a vida, esta que estava abalada pelo impacto das descobertas tecnológicas que começam a causar espanto.
A teoria da relatividade abalou certezas centenárias e provocou uma verdadeira revolução na física. Quando Einstein afirmou a relatividade do tempo e da distância,transformou o modo como às pessoas percebiam a realidade e avaliavam o universo. Nada mais era definitivo, nada era certo.
Outro grande abalo para a sociedade europeia foi o surgimento da psicanálise (quando Freud identificou o inconsciente humano). Mais uma vez as certezas ruíram. As dimensões da vida e do pensamento não podiam mais ser orientadas pelas referências herdadas pelo passado.
Vanguardas: ventos de inquietação e mudança
Outro grande abalo para a sociedade europeia foi o surgimento da psicanálise (quando Freud identificou o inconsciente humano). Mais uma vez as certezas ruíram. As dimensões da vida e do pensamento não podiam mais ser orientadas pelas referências herdadas pelo passado.
Vanguardas: ventos de inquietação e mudança
Vanguarda é originário do francês avant-guard e significa “estar à frente, à dianteira de um movimento”. Nesse sentido, é empregado para dominar grupos de pessoas que, por seus conhecimentos ou por uma tendência natural, exercem papel de precursoras ou de pioneiras em determinado movimento cultural, artístico e científico.
Nas três primeiras décadas do século XX, o cenário artístico europeu também vivia um momento de grande agitação, pois diferentes movimentos artísticos, denominados Vanguardas, surgiram para estabelecer novas referências, não somente para a literatura, mas também na musica, escultura e pintura.
O novo século precisava criar as próprias referências estéticas. É nesse contexto histórico- cultural que nascem os vários “ismos”:
Ø Cubismo;
Ø Futurismo;
Ø Expressionismo;
Ø Dadaísmo;
Ø Surrealismo;
O projeto artístico das Vanguardas Europeias
Cada uma das vanguardas que surgem no século XX apresentam um projeto próprio, mas todas elas possuem um mesmo objetivo: romper radicalmente com os princípios que orientavam a produção artística do século XIX.
O desafio encontrado pelos artistas é claro: encontrar uma nova linguagem capaz de expressar a ideia de velocidade captura e essência transformadora. Por isso toda a produção artística da vanguarda terá um caráter de ruptura, choque e de abertura.
Os agentes do discurso
A agitação cultural de Paris é imensa. A própria cidade está de cara nova, reformada pelo projeto de desenvolvimento urbano implementado meio século antes pelo barão Haussmann.
É nesse contexto de produção que as vanguardas são elaboradas. Surgem então os manifestos como meio de dar maior visibilidade às produções das diferentes vanguardas. O contexto de circulação dos manifestos é o jornal.
CUBISMO
O poeta francês Guillame Apollinarie foi o responsável pelo primeiro manifesto da literatura cubista em 1913 logo após as primeiras exposições de artistas como Pablo Picasso e Braque.Na sua obra Apollinaire procura aliar a visão destruidora dos futuristas à ideia de construção de algo novo.
A literatura cubista valorizava a proposta da vanguarda europeia: aproximar ao máximo as várias manifestações artísticas como a pintura, a música, a literatura e a escultura. Daí, a preocupação dos poetas cubistas com a construção do texto. Os versos eram compostos em linhas curvas, os espaços brancos entre as palavras eram usados de tal maneira a criar (com formas geométricas, tipo poema figurado) imagens.
Apollinaire defendia a liberdade das palavras e a invenção de palavras, O resultado são palavras soltas, escritas tanto na vertical, como na horizontal, sem a continuidade tradicional. Propunha a destruição das sintaxes já condenadas pelo uso criando um texto de substantivos desprendidos, em desordem, jogados de forma anárquica no texto. Incentivava o menosprezo por verbos, adjetivo e pontuação. Pregava a utilização dos versos livres, ou seja, sem a necessidade da estrofe, da rima e da harmonia. Assim, como na pintura, as colagens passaram a ser incorporadas pelos textos poéticos.
Apollinaire defendia a liberdade das palavras e a invenção de palavras, O resultado são palavras soltas, escritas tanto na vertical, como na horizontal, sem a continuidade tradicional. Propunha a destruição das sintaxes já condenadas pelo uso criando um texto de substantivos desprendidos, em desordem, jogados de forma anárquica no texto. Incentivava o menosprezo por verbos, adjetivo e pontuação. Pregava a utilização dos versos livres, ou seja, sem a necessidade da estrofe, da rima e da harmonia. Assim, como na pintura, as colagens passaram a ser incorporadas pelos textos poéticos.
A literatura cubista somente tomou forma através da poesia. A associação entre ilogismo, simultaneidade, instantaneísmo e humor foi explorado na busca de se criar novas perspectivas e afirmar a necessidade de se manter as coisas em permanente relação.
No Brasil a influência dessa vanguarda aparece na obra de Oswald Andrade:
Hípica
Saltos records
Cavalos da Penha
Correm jóqueis de Higienópolis
Os magnatas
As meninas
E a orquestra toca
Chá
Na sala de cocktails
(in: Poesias Reunidas. 5ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.)
Esse poema é claramente cubista. Para retratar uma corrida de cavalos na hípica, o eu lírico promove uma “sobreposição” de imagens que deslocam o olhar do leitor da pista e o dirige para o público.
O resultado é a criação de uma imagem plural composta de diferentes planos da própria realidade.
Veja as características do Cubismo na literatura:
•Ilogismo
Os textos cubistas são marcados pela supressão da lógica formal. O pensamento não é racional, ele aparece entre o consciente e o inconsciente do escritor.
Linguagem caótica
Como não há uma lógica, as palavras são soltas, dispostas aparentemente de uma forma aleatória.
No Brasil a influência dessa vanguarda aparece na obra de Oswald Andrade:
Hípica
Saltos records
Cavalos da Penha
Correm jóqueis de Higienópolis
Os magnatas
As meninas
E a orquestra toca
Chá
Na sala de cocktails
(in: Poesias Reunidas. 5ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.)
Esse poema é claramente cubista. Para retratar uma corrida de cavalos na hípica, o eu lírico promove uma “sobreposição” de imagens que deslocam o olhar do leitor da pista e o dirige para o público.
O resultado é a criação de uma imagem plural composta de diferentes planos da própria realidade.
Veja as características do Cubismo na literatura:
•Ilogismo
Os textos cubistas são marcados pela supressão da lógica formal. O pensamento não é racional, ele aparece entre o consciente e o inconsciente do escritor.
Linguagem caótica
Como não há uma lógica, as palavras são soltas, dispostas aparentemente de uma forma aleatória.
•Tempo presente
Para o escritor cubista, ansioso por viver o seu tempo, o tempo presente, tudo passa a ser tema para poesia, como por exemplo: viagens, paisagens e visões exóticas.
•Humor
Muito comum nos textos cubistas, provocado não só pelas ironias, mas pela própria disposição gráfica das palavras.
Referências: http://pt.scribd.com/doc/54713038/Na-Literatura-o-Cubismo-Nasceu-Com-o-Manifesto Acesso em: 10 de abril de 2013.
Livro didático: Abaurre, Maria Luiza M.
Português: contexto, interlocução e sentido/
Maria Luiza Abaurre, Maria Bernadete M. Abaurre,
Marcela Pontanara – São Paulo: Moderna, 2008.
Para o escritor cubista, ansioso por viver o seu tempo, o tempo presente, tudo passa a ser tema para poesia, como por exemplo: viagens, paisagens e visões exóticas.
•Humor
Muito comum nos textos cubistas, provocado não só pelas ironias, mas pela própria disposição gráfica das palavras.
Referências: http://pt.scribd.com/doc/54713038/Na-Literatura-o-Cubismo-Nasceu-Com-o-Manifesto Acesso em: 10 de abril de 2013.
Livro didático: Abaurre, Maria Luiza M.
Português: contexto, interlocução e sentido/
Maria Luiza Abaurre, Maria Bernadete M. Abaurre,
Marcela Pontanara – São Paulo: Moderna, 2008.
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